segunda-feira, 29 de abril de 2013

SANTA MISSA


IMPORTÂNCIA DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA E CUIDADO QUE ELE EXIGE DO PADRE


Todo o pontífice eleito dentre os homens é estabelecido a favor dos homens, para desempenhar as funções do culto divino, e oferecer dons e sacrifícios em expiação dos pecados. Oferecer sacrifícios, eis pois o fim para que Deus colocou o padre na sua Igreja; é propriamente a função dos sacerdotes da lei da graça, aos tais foi dado o poder de oferecer o grande sacrifício do Corpo e Sangue do próprio Filho de Deus; sacrifício supremo e perfeito, infinitamente acima dos sacrifícios antigos, que outro mérito não tinha outrora senão o de serem desse a sombra e figura. As vítimas que então se imolavam eram novilhos e bodes; hoje a nossa Vítima é o Verbo eterno feito homem.

Por isso mesmo, os sacrifícios da lei antiga não tinham poder algum; também o apóstolo os chama observâncias defeituosas e incapazes; o nosso, ao contrário, tem o poder de operar a remissão das penas temporais devidas ao pecado, e além disso — ao menos mediatamente, — de aumentar a graça e obter socorros mais abundantes àqueles por quem é oferecido.


O padre que não está compenetrado da grandeza do sacrifício da missa, jamais o oferecerá como deve. Nada fez de maior na terra Jesus Cristo. É a missa a ação mais santa e mais agradável a Deus que se pode realizar, tanto em razão da Vítima oferecida, que é Jesus Cristo, Vítima duma dignidade infinita, como em razão do sacrificador principal, que é o mesmo Jesus Cristo, a oferecer-se pela mão dos sacerdotes, como no-lo ensina o Concílio de Trento. E S. João Crisóstomo diz paralelamente: Quando virdes o sacer dote a oferecer o sacrifício, não penseis no padre, representai-vos antes a mão de Jesus Cristo que obra dum modo invisível.
Todas as honras que têm prestado a Deus os anjos com as suas homenagens, e os homens com as suas virtudes, austeridades, martírios e santas obras, não podem render a Deus tanta glória como uma só missa; porque todas as homenagens das criaturas são finitas, ao passo que a que se presta a Deus com o sacrifício dos nossos altares, é dum valor infinito, por lhe ser prestada por uma pessoa divina. Necessário é pois reconhecer com o Concílio de Trento que a missa é de toda as obras a mais santa e divina.
É pois o sacrifício da missa a obra mais santa e agradável a Deus, como acabamos de ver; é a obra mais capaz de aplacar a cólera de Deus contra os pecadores e abater as forças do inferno; é a obra que obtém graças mais abundantes para os homens na terra, e maior alívio para as almas do Purgatório; é finalmente a obra a que está ligada a salvação do mundo inteiro,
segundo o pensamento de Sto. Odon, abade de Cluni. E Timóteo de Jerusalém diz que é à missa que a terra deve a sua conservação; a não ser ela, os pecados dos homens a teriam há muito aniquilado.

Segundo S. Boaventura, em cada missa faz o Senhor ao gênero humano um benefício não inferior ao que lhes dispensou, fazendo-se homem. O que é conforme com a célebre exclamação de Sto. Agostinho: Ó dignidade venerável a dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna, como encarnou no seio da Virgem! De mais, não sendo o sacrifício do altar senão a aplicação e renovação do sacrifício da cruz, Sto. Tomás ensina que, para o bem e salvação dos homens, tem cada missa toda a eficácia do sacrifício da cruz. E S. João Crisóstomo escreveu: A celebração da missa tem o mesmo valor que a morte de Jesus Cristo na cruz. A Igreja plenamente confirma esta verdade, quando diz nas suas orações: Cada vez que se celebra no altar a memória deste sacrifício, renova-se a obra da nossa redenção. De fato, ajunta o Concílio de Trento, o mesmo Redentor, que se ofereceu por nós na cruz, é quem se oferece no altar por ministério dos sacerdotes.

Numa palavra, segundo a expressão do profeta Zacarias, é a missa o que há de mais excelente e belo na Igreja: Que há de bom, que há de belo, senão o pão dos escolhidos e o vinho que gera virgens? No sacrifício da missa, dá-se Jesus Cristo a nós, mediante o sacramento do altar, que é o fim e consumação de todos os outros sacramentos, como ensina o Doutor angélico. Razão tem pois S. Boaventura em chamar à missa o resumo de todo o amor divino e de todos os benefícios de que o Senhor há cumulado os homens. Eis por que o demônio sempre se tem esforçado por arrebatar ao mundo a santa missa por meio dos hereges, como por tantos outros precursores do Anticristo que, antes de tudo, cuidará de abolir e de fato abolirá, em punição dos pecados dos homens, o sacrifício do altar, segundo esta profecia de Daniel: Por causa dos pecados, ser-lhe-á dada força contra o sacrifício perpétuo. Grande razão tem pois o Concílio de Trento para exigir que os padres ponham todo o seu cuidado, em celebrar a missa com a máxima devoção e pureza de coração que seja possível. Como não menos razão adverte no mesmo lugar, que é precisamente sobre os padres, que celebram com negligência e sem devoção, que recai a maldição anunciada por Jeremias:

Maldito o que faz indignamente a obra do Senhor! Segundo S. Boaventura, celebra-se ou comunga-se indignamente, quando se chega ao altar com pouco respeito e consideração. Assim, para evitarmos essa maldição, examinemos o que deve fazer o padre antes, durante e depois da celebração da missa: preparação, antes de celebrar; respeito e devoção, enquanto celebra; ação de graças, depois de celebrar. São obrigações indispensáveis para o sacerdote. Segundo o pensamento dum servo de Deus, deveria a vida dum padre ser apenas uma preparação para a missa e uma ação de graças.

Fonte: A Selva - Sto Afonso de Ligório

terça-feira, 23 de abril de 2013


O tempo é um tesouro que só se acha nesta vida

Valor do tempo

Fili, conserva tempus.
Filho, aproveita o tempo (Sr 4,23)

PONTO I

Diligencia, meu filho, — diz o Espírito Santo, —  em empregar bem o tempo, porque é a coisa mais preciosa, riquíssimo dom que Deus concede ao homem mortal. Até os próprios gentios tinham conhecimento de seu valor. Sêneca dizia que nada pode equivaler ao valor do tempo. Com maior estimação ainda o apreciaram os Santos. Afirma São Bernardino  de Sena  que um só momento vale tanto como Deus,  porque nesse instante, com um ato de contrição ou de amor perfeito, pode o homem adquirir a graça divina e a glória eterna.
O tempo é um tesouro que só se acha nesta vida, mas não na outra, nem no céu, nem no inferno. É este o grito dos condenados: Oh! Se tivéssemos uma hora!... Por todo o preço comprariam uma hora a fim de reparar sua ruína; porém, esta hora jamais lhes será dada. No céu não há pranto; mas se os bem-aventurados pudessem sofrer, chorariam o tempo perdido na sua vida mortal, o qual lhes poderia ter servido para alcançar grau mais elevado na glória; porém, já se passou a época de merecer. Uma religiosa beneditina, depois da morte, apareceu radiante de glória a uma pessoa e lhe revelou que gozava plena felicidade, mas,se algo pudesse desejar, seria unicamente voltar ao mundo para sofrer mais e assim alcançar maior mérito. Acrescentou que de boa vontade sofreria até ao dia do juízo a dolorosa enfermidade que a levou à morte, contanto que conseguisse a glória que corresponde ao mérito de uma só Ave-Maria.
E tu, meu irmão, em que empregas o tempo?...  Por que sempre adias para amanhã o que podes fazer hoje? Reflete que o tempo passado desapareceu e já não te pertence; que o futuro não depende de ti.
Só dispões do tempo presente para agir... Ó infeliz! — adverte São Bernardo, — por que ousas contar com o vindouro, como se Deus tivesse posto o tempo em seu poder?”. E Santo Agostinho disse:  Como te podes prometer o dia de amanhã, se não dispões de uma hora de vida? “Daí conclui Santa Teresa: “Se não estiveres preparado hoje para morrer, teme morrer mal...

PONTO II

Nada há mais precioso que o tempo e não há coisa menos estimada nem mais desprezada pelos mundanos. Isto deplora São Bernardo, dizendo: "Passam rapidamente os dias de salvação, e ninguém reflete que esses dias desaparecem e jamais voltam”. Vede aquele jogador que perde dias e noites na tavolagem. Perguntai-lhe o que fez e responderá: “Passar o tempo”. Vede o ocioso que se entretém horas inteiras na rua a ver quem passa, ou a falar em coisas obscenas ou inúteis. Se lhe perguntam o que está fazendo, dirá que não faz mais do que passar o tempo. Pobres cegos, que assim vão perdendo tantos dias, dias que nunca mais voltam! Ó tempo desprezado! tu serás a coisa que os mundanos mais desejarão no transe da morte... Queremos então dispor de mais um ano, mais um mês, mais um dia; mas não o terão, e ouvirão dizer que já não haverá mais tempo (Ap 10,6). O que não daria então cada um deles para ter mais uma semana, um dia de vida, a fim de poder melhor ajustar as contas da alma!... Ainda que fosse para alcançar só uma hora — disse São Lourenço Justiniano — dariam todos os seus bens. Mas não obterão essa hora de trégua... Pronto, dirá o sacerdote que o estiver assistindo, apressa-te a sair deste mundo; já não há mais tempo para ti.
Por isso, exorta o profeta a que nos lembremos de Deus e procuremos sua graça antes que a luz se nos extinga (Ecl 12,1-2). Que apreensão não sentirá um viajante ao notar que se transviou no caminho, quando, por ser já noite, não lhe é possível reparar o engano!... Tal será a mágoa na morte do que tiver vivido muitos anos sem empregá-los no serviço de Deus. “Virá a noite em que ninguém poderá fazer mais nada” (Jo 9,4). Então o momento da morte será para ele o tempo da noite, em que nada mais poderá fazer. “Clamou contra mim o tempo” (Lm 1,15). A consciência recordar-lhe-á todo o tempo que teve e que empregou em prejuízo de sua alma; todas as graças que recebeu de Deus para se santificar e de que não quis aproveitar; e ver-se-á depois privado de todos os meios de fazer o bem. Por isso exclamará gemendo: Como fui insensato!... Ó tempo perdido, em que podia ter-me santificado!... Mas não o fiz e agora já não é tempo de o fazer... De que servem tais suspiros e lamentações, quando a vida está prestes a terminar e a lâmpada se vai extinguindo, vendo-se o moribundo próximo do solene instante de que depende a eternidade?

PONTO III

Devemos caminhar pela via do Senhor enquanto temos vida e luz, porque esta logo desaparece na morte (Lc 12,40). Então já não é tempo para preparar-se, mas de estar pronto (Jo 12,35). Quando chega a morte, não se pode fazer nada: o que está feito está feito... Ó Deus! Se alguém soubesse que em breve se decidiria a causa de sua vida ou morte, ou de toda a sua fortuna, com que ardor não procuraria um bom advogado, diligenciaria para que os juízes conhecessem nitidamente as razões que lhe assistem, e trataria de empregar os meios para obter sentença favorável!... O que fazemos nós? Sabemos com certeza que muito brevemente, no momento em que menos o pensamos, se há de julgar a causa do maior negócio que temos, isto é, do negócio de nossa salvação eterna... e ainda perdemos tempo? Dirá talvez alguém: “Sou ainda moço; mais tarde me converterei a Deus”. Sabe — respondo — que o Senhor amaldiçoou aquela figueira que achou sem frutos, posto que não fosse estação própria, como observa o Evangelho (Mc 11,13). Com este fato quis Jesus Cristo dar-nos a entender que o homem, em todo tempo, sem excetuar a mocidade, deve produzir frutos de boas obras, senão será amaldiçoado e nunca mais dará frutos no futuro. Nunca jamais coma alguém fruto de ti (Mc 11,14). Assim falou o Redentor àquela árvore, e do mesmo modo amaldiçoa a quem ele chama e lhe resiste... Circunstância digna de admiração! Ao demônio parece breve a duração de nossa vida, e é por isso que não deixa escapar ocasião de nos tentar. “Desceu a vós o demônio com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo” (Ap 12,12). De sorte que o inimigo não perde nem um instante para desgraçar-nos e nós não aproveitamos, o tempo para nos salvar! Outro dirá: Qual é o mal que faço?... Ó meu Deus! E já não é um mal perder o tempo em jogos e conversações inúteis, que de nada servem à nossa alma? Acaso nos dá Deus esse tempo para que assim o percamos? Não, diz o Espírito Santo: Particula boni doni non te praetereat (Ecl 14,14). Aqueles operários de que fala São Mateus não faziam nenhum mal; somente perdiam o tempo, e é por isso que o dono da vinha os repreendeu: “Que estais aqui todo o dia ociosos?” (Mt 20). No dia do juízo, Jesus Cristo nos pedirá conta de toda palavra ociosa. Todo o tempo que não é empregado para Deus, é tempo perdido. E o Senhor nos diz: “Qualquer coisa que possa fazer tua mão, fá-la com instância; porque nem obra, nem razão de sabedoria, nem ciência haverá no sepulcro, para onde caminhas célere” (Ecl 9,10). A venerável irmã Joana da Santíssima Trindade, filha de Santa Teresa, dizia que na vida dos Santos não há dia de amanhã; só o há na vida dos pecadores, que dizem sempre “mais tarde, mais tarde” e é assim que chegam à morte. “É agora o tempo favorável” (2 Cor 6,2). “Se hoje ouvirdes a sua voz, não queirais endurecer vossos corações” (Sl 94,8). Hoje Deus te chama a fazer o bem; faze-o hoje mesmo, porque amanhã talvez já não terás tempo, ou Deus não te chamará.
E, se por desgraça na vida passada empregaste o tempo em ofender a Deus, procura agora expiar essa falta no resto de tua vida mortal, como resolveu fazer o rei Ezequias: “Repassarei diante de ti todos os meus anos com a amargura de minha alma” (Is 38,15). Deus te prolonga a vida para que resgates o tempo perdido: “Recobrando o tempo, pois que os dias são maus” (Ef 5,16); ou ainda, segundo comenta Santo Anselmo: “Recuperarás o tempo se fizeres o que descuidaste de fazer”.
São Jerônimo diz de São Paulo que, não obstante ser o último dos apóstolos, tornou-se o primeiro em méritos pelos seus trabalhos depois da vocação. Consideremos ao menos que em cada instante podemos ganhar maior cópia de bens eternos. Se nos cedessem a propriedade do terreno que pudéssemos percorrer num dia, ou o dinheiro que pudéssemos contar num dia, que de esforços não faríamos! Pois, se podemos adquirir em um instante tesouros eternos, por que havemos de mal gastar o tempo? O que podes fazer hoje não diga que o farás amanhã, porque o dia de hoje se perderá e não mais voltará.
Quando São Francisco de Borja ouvia falar das coisas mundanas, elevava o coração a Deus com tão santos afetos que não sabia responder quando lhe perguntavam qual era o seu sentir acerca do que haviam dito. Repreenderam-no por isso, e ele contestou que antes preferia parecer homem rude do que perder futilmente o tempo.

 Santo Afonso Maria de Ligório




1 Cor 7, 29
"O que quero dizer é que o tempo é curto..."


"Quando penso no modo como tenho empregado 'o tempo de Deus', temo não me queira dar sua eternidade, pois ele a reserva para aqueles somente que fazem bom uso do tempo" (São Francisco de Sales)

Santa Joana de Chantal consagrara-se a Deus e era tão avara do tempo que, quando lhe perguntaram um dia por que não se dava algum repouso, respondeu: "Porque o tempo não é meu; consagrei-o a Deus, e não posso perder nem um minuto sem cometer uma injustiça contra Aquele a quem pertence".

"O mundo inteiro não é digno de um só pensamento do homem, porque só a Deus ele é devido; assim qualquer pensamento posto fora de Deus é um roubo que se lhe faz" (São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 114).

"Compreendo perfeitamente aquela exclamação que São Paulo escreve aos de Corinto: 'O tempo se fez curto!' (1 Cor 7, 29), que breve é a nossa passagem pela terra! Para um cristão coerente, estas palavras soam, no mais íntimo do seu coração, como uma censura à falta de generosidade e como um convite constante a ser leal. Realmente é curto o nosso tempo para amar, para se doar, para desagravar. Não é justo, portanto, que o malbaratemos, nem que atiremos irresponsavelmente este tesouro pela janela fora. Não podemos desperdiçar esta etapa do mundo que Deus confia a cada um de nós" (São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, n° 39).

"O tempo vale tanto como o céu, como o Sangue de Jesus Cristo, como o mesmo Deus, porque, bem empregado, põe-nos na posse d'Ele" (São Bernardo de Claraval).

"Nada há mais precioso que o tempo e não há coisa menos estimada nem mais desprezada pelos mundanos" (Santo Afonso Maria de Ligório).

Santo Tomás de Vilanova, arcebispo de Valência e, em geral os santos todos, consideravam a perda do tempo como um furto feito a Deus

A brevidade da vida terrena (cfr. Rm 13, 11-14; 2 Pd 3, 8; 1 Jo 2, 15-17)

23 de abril de 2013

UMA BELA IMAGEM


SANTA MISSA, PRECISA MAIS???

segunda-feira, 22 de abril de 2013


22 de abril de 2013

PELA SANTA MISSA PODEMOS SATISFAZER A JUSTIÇA DIVINA PELOS PECADOS COMETIDOS

 
A segunda obrigação que temos para com DEUS é de satisfazer à sua justiça por tantos pecados cometidos. Oh! Que dívida imensa esta! Um único pecado mortal pesa tanto na balança da Justiça Divina que não bastariam, para expiálo, todas as boas obras de todos os mártires e de todos os santos passados, presentes e futuros.

No entanto com o Santo Sacrifício da Missa, se considerarmos o seu valor intrínseco e seu preço, pode-se satisfazer plenamente por todos os pecados cometidos.


E aqui buscai compreender quanto de reconhecimento deveis a JESUS . Pensai-o bem: é Ele o ofendido; entretanto, não contente de no Calvário ter satisfeito por nós à Justiça Divina, deu-nos e continua a dar-nos incessantemente o meio de apaziguá-la no sacrifício da Santa Missa, pois ai renova a oferenda que, na Cruz, fez a DEUS PAI, pelos pecados do Mundo inteiro. O mesmo sangue que derramou para resgatar o gênero humano é aplicado e oferecido especialmente na Santa Missa pelos pecados daquele que a celebra ou manda celebrar, e de todos os que participam deste augusto Sacrifício. Não que o Sacrifício da Santa Missa apague por si mesmo e imediatamente nossos pecados, como é o caso do sacramento da Confissão; mas obtém que eles nos sejam apagados, proporcionando-nos, seja no momento mesmo da Santa Missa, seja em outra ocasião oportuna, boas inspirações, movimentos salutares e graças atuais que nos são indispensáveis para nos arrependermos dignamente de nossas faltas. Só DEUS sabe quantas almas escaparam das garras do pecado pelos socorros extraordinários que lhes provieram deste divino Sacrifício!


Assim conquanto às almas em estado de pecado mortal não lhes aproveite o valor no que tem de propiciatório, todos os pecadores deviam assistir muitas vezes à Santa Missa para alcançar mais facilmente a graça da conversão. Quanto às almas vivendo em paz com DEUS, o Sacrifício da Santa Missa lhes dá uma força surpreendente para se manterem nesse estado e, conforme a opinião comum, são apagados todos os pecados veniais, casso tenham ao mesmo tempo um arrependimento geral.

É o que ensina claramente Santo Agostinho: “Se alguém assiste devotamente à Santa Missa, não cairá em pecado mortal e os pecados veniais lhe serão perdoados”.

Narra São Gregório que uma pobre mulher encomendava a celebração de Santas Missas, todas as segundas-feiras, em ação de graças, para o seu marido, que ela julgava morto, pois ele caíra nas mãos dos bárbaros.

Estava vivo, porém, e durante o tempo em que se celebravam essas Santas Missas, a cadeias se lhe soltavam dos pés e das mãos e lhe caíam as algemas, e ele ficava livre e desembaraçado, como, ao libertar-se da escravidão, pôde contar a sua mulher. Quanto mais devemos crer na eficácia deste Sacrifício para desatar os laços espirituais, isto é, os pecados veniais, que de certo modo mantém cativa a alma, impedindo-a de agir com a liberdade e o fervor que ela teria, não fossem esses entraves.

Ó bem-aventurada Santa Missa, que nos restitui a liberdade de filhos de DEUS, e satisfaz todas as penas devidas por nossos pecados!

Mas então, me direis, basta assistir ou encomendar uma única Santa Missa para pagar as maiores dívidas com DEUS, em vista de tantos pecados cometidos, pois, sendo infinito o seu valor, com ela daremos a DEUS uma satisfação infinita. – Devagar!, eu vos peço.

Realmente, se bem que o valor do Santo Sacrifício seja infinito, deveis saber entretanto, que DEUS o aceita numa medida limitada e finita, mais ou menos, conforme a devoção maior ou menor de quem o celebra, manda celebrar, ou a ele assiste.

Quorum tibi fides cógnita est et nota devotio, diz a Santa Igreja no Cânon da Santa Missa, e, por esta linguagem, dános a entender o que ensinam expressamente os Doutores, e é, que a maior ou menor satisfação proporcionada pela Santa Missa, quanto à pena devida por nossos pecados, depende da disposição de quem a celebra ou a ela assiste.

Note-se aqui o erro daqueles que preferem as missas mais curtas e menos devotas, ou, o que é pior, que a elas assistem com pouca ou nenhuma devoção. É verdade que todas as Missas são iguais do ponto de vista do Sacramento, como ensina São Tomás; não o são, porém, quanto aos efeitos que delas provêm. Quanto maior a piedade atual ou habitual do celebrante, maior será o fruto de seu sacrifício. Assim, não fazer diferença entre um padre mais fervoroso e outro menos, seria o mesmo que, para pescar, lançar mão indiferentemente de uma rede de malhas pequenas ou grandes.

Diga-se o mesmo dos que assistem à Santa Missa. E ainda que eu vos exorte, o mais que posso, a assistir muitas vezes à Santa Missa, advirto-vos de procurar, sobretudo assistir a cinqüenta, mais glória dais a DEUS com aquela única Missa, e retirais mais fruto, mesmo desse que chamamos ex opere operato, do que o outro há de tirar de cinqüenta, apesar do número considerável.


“Na satisfação, olha-se mais a piedade do oferente que a quantidade da oblação”. “In satisfactione magis attenditur affectus offrentis quam quantitas oblationis”, diz São Tomás.

Pode acontecer, sem dúvida, (como afirma um sério autor) que, com uma única Missa, assistida com extraordinária devoção, se dê satisfação à Justiça de DEUS, por todos os pecados ainda do maior pecador, conforme se depreende do Santo concílio de Trento, que diz: “Graças à oferenda deste santo Sacrifício, DEUS concede o dom da verdadeira penitência, e por ela o perdão dos pecados, ainda os mais graves”.

No entanto, visto que conhecermos claramente a disposição interior com que assistimos à Santa Missa, nem a satisfação correspondente devemos ter o cuidado em assistir a muitas, o mais que pudermos, e assistir com todo o amor e devoção possíveis. Felizes de vós se depositardes uma grande confiança em DEUS, que tão admiravelmente exerce Seu Amor neste Divino Sacrifício, e se assistirdes com fé, fervor e reverência, a todas as Santas Missas que puderdes!

Afirmo-vos que podeis alimentar a doce esperança de alcançar diretamente o Paraíso, sem passar pelo Purgatório.

À Santa Missa, portanto, à Santa Missa! E que jamais se ouça de vossos lábios esta palavra escandalosa: “Uma missa a mais, uma missa a menos não tem importância”.


Livro "As Excelências da Missa", de São Leonardo de Porto Maurício, págs 21-24





Da Tibieza.


Quia tepidus es, et nec frigidus nec calidus, incipiam te evomer


e ex ore meo – “Porque és morno, e nem frio nem quente, começarei a vomitar-te da minha boca” (Apoc. 3, 16).


Sumário. A verdadeira tibieza consiste em que a alma cai em pecados veniais plenamente voluntários, dos quais pouco se arrepende, e que menos ainda se esforça por evitar, dizendo que são coisas de pouca monta. Temamos cair nesta tibieza, porque é semelhante à febre héctica, que não inspira muito cuidado, mas é tão maligna que não deixa quase esperança de cura. Infeliz da alma que faz as pazes com os pecados, posto que leves; a desgraçada irá de mal a pior. Sendo ela tão avarenta para com Deus, como pode pretender que o Senhor seja liberal para com ela?


I. Há duas espécies de tibieza, uma inevitável, outra evitável. A inevitável é a da qual na vida presente nem conseguem isentar-se as almas espirituais, que pela fragilidade humana não podem evitar que não caiam de vez em quando, sem vontade plenamente deliberada, em alguma falta leve. Desta espécie de culpas nenhum homem pode ficar livre sem uma graça especialíssima, que foi somente concedida à Mãe de Deus, porque a nossa natureza humana ficou corrompida pelo pecado original. – Deus permite tais manchas até mesmo nos Santos, para conservá-los humildes. Muitas vezes sentem-se estes frios, aborrecidos e desgostosos em seus exercícios de devoção, e em semelhante tempo de aridez caem facilmente em muitos defeitos, ao menos indeliberados.


Quem estiver em tal estado, não omita as suas devoções habituais, nem perca o ânimo, nem creia que já caiu na tibieza, porque isso não é propriamente tibieza. A tibieza verdadeira e deplorável é a que faz a alma cair em pecados veniais plenamente refletidos, de que quase não se arrepende e que se esforça menos ainda por evitar, sob o pretexto de que são coisas de pouca monta o ofender a Deus? Dizia Santa Teresa a suas religiosas: Minhas filhas, Deus vos livre do pecado cometido refletidamente, por leve que ele seja.


Dizem: os pecados veniais não nos privam da graça de Deus. Quem fala desta maneira, está em grande perigo de ver-se um dia cair em pecado mortal e privado da graça divina. Escreve São Gregório, que quem cai em pecados veniais deliberados e habituais sem fazer caso deles e sem pensar em emendar-se, nunca para no sítio em que caiu, mas afinal cairá no precipício: Nunquam illic anima quo cadit iacet. – As enfermidades mortais não provêm sempre de graves desordens, mas de muitas desordens leves e continuadas. Do mesmo modo a queda de certas almas em pecados graves, muitas vezes provem do hábito de pecar venialmente, pois este torna a alma tão débil, que, quando assaltada por alguma tentação mais forte, não tem força para resistir, e cai.


II. Que spernit modica, paulatim decidet (1) – “Quem despreza as coisas pequenas, de pouco a pouco cairá”. Quem não faz caso das quedas leves, facilmente se verá um dia caído num precipício. Diz o Senhor: Porque és tépido, começarei a vomitar-te de minha boca (2). Estou a vomitar-te, quer dizer, para abandonar-te, ou ao menos te privarei dos auxílios divinos especiais que são necessários para te conservar na graça. – Compreendamos bem este ponto. O Concílio de Trento condena àquele que diz que nós podemos perseverar na graça sem um auxílio especial e extraordinário de Deus; mas este auxílio especial Deus o negará com justiça àquele que comete de olhos abertos pecados veniais, sem fazer caso deles. Qui parce seminat parce et metet (3) – “Quem pouco semeia, pouco colhe”. Se nós formos avarentos para com Deus, como podemos esperar que Deus seja liberal para conosco?


Infeliz, portanto, da alma que fez as pazes com os pecados, posto que veniais; irá de mal a pior. As paixões, arraigando-se cada vez mais, facilmente obcecarão a alma, e um cego facilmente cairá num precipício, quando menos o suspeita. Temamos, pois, cair na tibieza. A tibieza voluntária é qual febre héctica, que inspira pouco cuidado, mas é tão maligna, que dificilmente dela se sara.


Senhor, tende piedade de mim. Vejo que já mereço ser vomitado por Vós por causa das muitas imperfeições com que Vos sirvo. Ai de mim! É por isso que me vejo sem amor, sem confiança, e sem desejos. Meu Jesus, não me abandoneis; estendei a vossa mão poderosa e tirai-me do abismo da tibieza em que caí. Fazei-o pelos méritos de vossa Paixão, na qual confio. – Virgem Santíssima, os vossos rogos podem levantar-me; rogai por mim (4). (II 311.)


----------
1. Ecclus. 19, 1.
2. Apoc. 3, 16.
3. 2 Cor. 9, 6.
4. “Posto que seja difícil um tíbio emendar-se, não faltam remédios para os que quiserem usar deles. Estes remédios são: 1. Resolver-se a sair a todo custo de tão lastimoso estado. 2. Fugir das ocasiões das quedas, sem o que não há esperança de emenda. 3. Recomendar-se freqüentemente a Deus, pedir-Lhe fervorosamente que dê forças para livrar-se de um estado tão deplorável; e não deixar de rezar, enquanto se não esteja inteiramente fora de todo o perigo.” (II 311.)

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 57 - 60.

Read more: http://www.saopiov.org/#ixzz2RDtHmWJi

sexta-feira, 19 de abril de 2013


Aprendendo o Catecismo:


 Dos Sacramentos em geral.



OS SACRAMENTOS EM GERAL



Para nos transmitir a graça, para nos fazer andar no caminho da salvação, Jesus instituiu sete cerimônias sagradas, que a Igreja chama de Sacramentos. São elas:

1 – Batismo
2 – Crisma ou Confirmação
3 – Eucaristia
4 – Confissão ou Penitência
5 – Extrema Unção
6 – Ordem
7 – Matrimônio 

 

Sacramento é um sinal sensível, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica.
 
sinal sensível – é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os Sacramentos têm uma parte sensível porque podemos vê-los e ouvi-los. Por exemplo, quando vemos a água derramada na cabeça da criança, na Igreja, sabemos que se trata de um Batismo. Chamamos o sacramento de sinal porque esta parte visível indica que se realizou uma parte invisível:
 
graça santificante e graça do Sacramento – é o que, no Sacramento, não pode ser percebido pelos sentidos. É a sua parte invisível, espiritual, é a parte mais importante. É a presença de Deus na nossa alma: sua presença santificante e sua ajuda especial ligada a cada Sacramento. Não se pode ver que uma alma fica limpa do pecado original, mas nós sabemos que aquele sinal sensível que nós vemos (a água e as palavras do Batismo) mostra que a alma ficou limpa do pecado original (graça do Batismo).
Na Crisma, a unção do óleo (sensível) representa a força da Fé, seu aperfeiçoamento (a graça invisível), mas é essa unção que realiza esse fortalecimento da Fé.
 
- O sacramento realiza aquilo que ele significa. Esta é a mais impressionante característica dos sacramentos. Eles são cerimônias eficazes, eles conferem a graça pela força própria que eles têm. Não é um sinal que dependa da nossa convicção, da nossa fé, como acontece com a água benta e os demais sacramentais. É um sinal que realiza, que faz aquilo que ele exprime. Se o rito do batismo é sinal da alma limpa do pecado original, nós sabemos com certeza de fé que, de fato, a alma batizada foi limpa do pecado original. Que a alma crismada tornou-se Soldado de Cristo, que a alma que morreu recebendo a extrema-unção foi para o juízo final preparada pela Igreja, que os nossos pecados foram verdadeiramente perdoados. E assim para todos os sacramentos.
Assim, todos os Sacramentos, com uma cerimônia percebida pelos sentidos, significam uma graça invisível, dada por Deus.

Mas de onde vem esse poder dos Sacramentos, de dar a graça? Eles têm essa força porque foi Jesus Cristo quem os instituiu. Jesus realizou cada um deles pela primeira vez e deu aos Apóstolos o poder de continuar a realizá-los.
Devemos respeitar os Sacramentos, a graça e o poder de Jesus Cristo que está neles, e recebê-los sempre dignamente. Na Missa, na Comunhão, na Confissão e em todas as cerimônias na Igreja, devemos ficar sérios, compenetrados, sem brincadeiras. Dentro da Igreja, andar devagar, mãos postas, em sinal de oração, bem vestidos por respeito às coisas sagradas que vivemos naqueles momentos. Peçamos ao Espírito Santo o dom de Piedade, para receber sempre dignamente os Sacramentos.

“O rei da França, Carlos Magno, desejava a dignidade e os direitos de Imperador e pediu-os ao Papa. Numa grande Igreja de Roma, o Papa pôs uma coroa de ouro na cabeça de Carlos Magno. Assim o Papa dava a Carlos Magno os direitos e a dignidade de Imperador. A imposição da coroa podia se ver. A dignidade e os direitos de Imperador não se podiam ver. A imposição da coroa designava a colação da dignidade de Imperador. Mas, por esta coroação, o Papa não só representava a dignidade Imperial, mas também dava verdadeiramente aquela dignidade. Na cabeça, Carlos Magno recebeu a coroa visível. Na alma, recebeu a dignidade invisível.
A coroação era um sinal sensível que dava a dignidade imperial invisível.”

A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas: a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos, a matéria usada pelo ministro.
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento.
 
A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Vamos estudar, para cada Sacramento, a matéria, a forma e a graça sacramental.
Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos

BATISMO:   
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.
 
CRISMA:

Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.
  
EUCARISTIA:

Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.
 
CONFISSÃO:

Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu  te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.
  
EXTREMA UNÇÃO:

Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.
 
ORDEM:

Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.
 
MATRIMÔNIO:

Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim". Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.

 (Catecismo de São Pio X

quinta-feira, 18 de abril de 2013


A vida dos grandes santos contada aos pequeninos

Santa Teresa do Menino Jesus
Tradução - Pe. Fausto Santa Catarina
Livro de 1998 - 71 págs

Em cada página uma lição para todos os tempos:
a santidade ao alcance de todos.




Oração que Santa Teresinha compôs no dia da sua profissão
(ela trazia sempre sobre o coração)



“Ó Jesus, meu Divino Esposo! Que nunca eu perca a segunda veste do meu batismo. Arrebata-me antes que eu cometa a mais leve falta voluntária. Que não procure e não encontre nunca senão a ti somente; que as criaturas não sejam nada para mim e eu não seja nada para elas, mas tu, Jesus, sejas tudo!… Que as coisas da terra nunca possam perturbar a minha alma, nada perturbe a minha paz; Jesus, eu não te peço senão a paz, e também o amor, o amor infinito, sem outro limite além de ti, o amor que já não seja mais eu mesma e sim tu, meu Jesus!”




OBS.: Agradeço a gentileza de uma leitora pelo envio deste arquivo. Que Santa Teresinha seja cada vez mais conhecida e invocada pelos pequeninos!



As promessas aos devotos das Dores de Nossa Senhora.




Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.





1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria. 

 
Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:

1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.


ORAÇÃO INICIAL

Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à devoção de vossas Dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora, de vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas Dores e Lágrimas a graça...


Medite abaixo cada uma das Sete Dores de Nossa Mãe Maria Santíssima: