quarta-feira, 15 de julho de 2015



Quarto Diário: Salmo 137

Data: 15-07-15

Leitura Orante da Palavra – Citação: Salmo 137

1° passo – Leitura
O que o texto diz?

Fidelidade até no exílio

1* Junto aos canais de Babilônia nos sentamos e choramos, com saudades de Sião.

2 Nos salgueiros de suas margens penduramos nossas harpas.

3* Lá osque nos exilaram pediam canções,nossos raptores queriam diversão: «Cantem para nós um canto de Sião

4 Como cantar um canto de Javé em terra estrangeira?

5 Se eu me esquecer de você, Jerusalém, que seque a minha mão direita.

6 Que a minha língua se cole ao paladar, se eu não me lembrar de você,

e se eu não elevar Jerusalém ao topo da minha alegria!




você fez para nós!

9 Feliz quem agarrar e esmagar seus nenês contra o rochedo!


2° passo - Meditação 
O que o texto diz para mim?

1* Junto aos canais de Babilônia nos sentamos e choramos, com saudades de Sião.

2 Nos salgueiros de suas margens penduramos nossas harpas.

3* Lá osque nos exilaram pediam canções,nossos raptores queriam diversão: «Cantem para nós um canto de Sião

4 Como cantar um canto de Javé em terra estrangeira?

O amor de Israel pelo seu Deus deu-lhe a capacidade de tudo exprimir com honestidade, mesmo as reacções mais quentes face às situações de injustiça, tais como aquelas que este pequeno povo, rodeado de vizinhos poderosos, tantas vezes teve de enfrentar. Terá havido outro povo a levar tão longe a sua intimidade com Deus, a ponto de ousar exprimir a revolta até no meio do louvor? O Salmo 137 sobrepõe estes dois sentimentos com uma intensidade impressionante. A violência que jorra do grito do salmista deixa-nos hoje, que estamos sentados mais confortavelmente em sociedades pacificadas, pouco à vontade. Como se pode desejar o massacre dos recém-nascidos de um povo, mesmo sendo ele o opressor? Contudo, não se pode julgar depressa demais e sobretudo de tão longe. A fé também nos ensina que é preciso saber sentar-se e cantar «junto aos rios da Babilónia», ao lado daqueles que perderam a sua dignidade de homens e de mulheres livres. A queda de Israel no ano 586 antes de Cristo e a deportação de uma parte da população é mais do que uma derrota militar: é o risco de ver o próprio povo perder a sua identidade face às humilhações que o vencedor impõe. O salmo 137 foi provavelmente composto por músicos exilados do templo de Jerusalém, que, em sinal de luto, decidiram «suspender as suas harpas nos salgueiros». Embora os seus guardas os forcem a tocar, os músicos recusam utilizar os seus cantos de oração para divertir os que os retêm cativos. Contudo, obrigados a cantar, cantam que jamais poderão cantar numa terra estrangeira. Obrigados a fazer o que não querem, a sua oração, mesmo extorquida, permanece esse último espaço de liberdade onde toda a fatalidade é transformada e onde, para contentar o vencedor, até se chega a cantar-lhe ameaças! Os seus guardas caíram numa armadilha feita por eles próprios. A história mostrará aliás, muitas vezes, a força subversiva do canto. Quantos povos não começaram a sacudir as suas cadeias cantando!

3° passo - Contemplação 
O que a Palavra me leva a experimentar?

4 Como cantar um canto de Javé em terra estrangeira?

*Como pode o louvor nascer do desespero ? Como pode a oração tornar-se numa forma de resistir face ao que parece ser a fatalidade?

Nunca pensei desta forma. Nunca consegui ser alegre nas adversidades e contrariedades, não conseguia lutar e me afundava na tristeza até a depressão. Não sentia a força da Palavra, pois não vivia a mesma. Percebo o Senhor me dizendo, me convidando para fazer diferente desta vez; para “ cantar” em meio a dor, solidão, abandono e choro, “cantar” nas adversidades da minha história de vida. Já está mais que na hora de mudar de rota, olhar, a alma e os pensamentos para o alto céu, tomar uma decisão. Ser mais forte, não vacilar mais, não temer , não fugir e seguir. 

*”Cantar” para mim significa: orar, louvar a Deus mesmo nas tempestades, com a força da sua Palavra.

4° passo - Oração
O que o Palavra me leva a falar com Deus?

Meu Senhor, vou conseguir com a força da Tua Palavra que me acompanha e me ilumina.Obrigada, Deus de amor que me cuida, meu coração transborda de amor por Ti. Vos amo. Amém!

5° passo - Ação
O que a Palavra me leva a viver?

Me comprometo  a sair do silêncio, abrir meu coração e minha boca para “cantar” ao meu Senhor; Deus de amor, pois, só Ele é digno de toda honra, glória e louvor.

terça-feira, 14 de julho de 2015





Data: 14-07-15

Leitura Orante da Palavra – Citação: Is. 49,1-17

1° passo – Leitura
O que o texto diz?

Vocação e missão do Servo de Javé -* 1 Ilhas, escutem; prestem atenção, povos distantes. Eu ainda estava no ventre materno, e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas de minha mãe, e elepronunciou o meu nome. 2 Ele fez da minha língua uma espada afiada e me escondeu com a sombra de sua mão; ele me transformou numa seta pontiaguda e me guardou na sua caixa de flechas. 3 Ele medisse: «Você é o meu servo, Israel, e eu me orgulho de você». 4 Eu então respondi: «Cansei-me inutilmente, gastei minhas forças à toa, em nada. Enquanto isso, quem defendia os meus direitos era Javé, o meu pagamento estava na mão de Deus». 5 Agora fala Javé, que desde o ventre me formou para ser o seu servo, para eu lhe trazer de volta Jacó e reunir Israel para ele. (Serei glorificado aos olhos de Javé;Deus é a minha força.) 6 Ele diz: «É muito pouco você tornar-se o meu servo, só para reerguer as tribos de Jacó, só para trazer de volta os sobreviventes de Israel. Faço de você uma luz para as nações, paraque a minha salvação chegue até os confins da terra». 7 Assim diz Javé, o redentor e Santo de Israel, para aqueles cuja vida não vale nada, que são desprezados pelas nações, que são escravos dos poderosos: «Os reis verão e ficarão de , os chefes se ajoelharão, porque Javé é fiel, e o Santo de Israel escolheu você».

8 Assim diz Javé: Na ocasião favorável eu respondi a você, e no dia da salvação eu o ajudei; preparei e designei você para ser a aliança do povo, para reerguer o país, para redistribuir as propriedadesarrasadas, 9 para dizer aos cativos: «Saiam!» E aos que estão nas trevas: «Venham para fora


14 Sião dizia: «Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu!» 15 Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não meesquecerei de você. 16 Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim. 17 Aqueles que vão reconstruir você apertam o passo; os que a derrubaram e destruíram seforam embora.









2° passo - Meditação -O que o texto diz para mim?

13 Céus, gritem de alegria! Terra, alegre-se! Montanhas, rompam em aclamações, pois Javé consola o seu povo e se compadece dos seus pobres.14 Sião dizia: «Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu!» 15 Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não meesquecerei de você. 16 Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim 17 Aqueles que vão reconstruir você apertam o passo; os que a derrubaram e destruíram seforam embora.

Parece que Deus se esqueceu do seu povo. Neste momento, ele está exilado na Babilónia, abatido, nostálgico, deprimido. Sião, a sua terra natal, está muito longe, vazia e em ruínas.Esta experiência histórica, feita a dada altura pelo povo de Deus, pode trazer luz a experiências semelhantes que podem acontecer a qualquer grupo ou pessoa: a situação é desconfortável; tudo parece absurdo; Deus parece distante; a oração, se não foi abandonada, torna-se lamentação: «Deus esqueceu-se de mim.»

Pela boca do profeta, Deus responde a esta lamentação com muita força e uma delicadeza infinita. Se pensamos que Deus nos esquece, enganamo-nos redondamente. Deus compara-se a uma mãe (as imagens bíblicas de Deus não são exclusivamente masculinas) cuja atenção para com o filho nunca desfalece: o cuidado de Deus é ainda mais fiel. Noutra imagem, Deus grava o nome do seu povo não num monumento exterior, mas nas palmas das suas mãos, das quais não se pode separar. O estado das muralhas da cidade, em ruínas, não significa que Deus esteja ausente ou que já não cuida dele: não, o povo está sempre na sua presença, vai ser reconstruído e voltar a viver.O anúncio que o profeta faz do amor atento de Deus já transforma a situação, mesmo antes do regresso concreto do exílio. É uma boa notícia, e a alegria que ela traz já transborda do povo, derramando-se sobre as montanhas, a terra e em todo o universo.





3° passo - Contemplação 
O que a Palavra me leva a experimentar?

Volto no tempo e me coloco junto ao povo que lamenta, faço parte desse povo, sou um deles, sou filha. Penso nas experiências de dor e e abandono que estou vivendo, em que me parece Deus ter esquecido de mim. E minha vida, nos momentos de solidão e choro, se torna um rio de lágrimas, angústias e lamento feito ao povo da Palavra de Is 49. Nossas experiências são semelhantes, apenas mudou os tempos, mas os problemas continuam , as dores também.Porém, ao mesmo tempo sou levada a perceber pela Palavra, o imenso amor de Deus por mim, seu socorro mesmo quando eu não compreendo, quando me diz: 16 Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim.



4° passo - Oração
O que o Palavra me leva a falar com Deus?

Então, Senhor! Só posso dizer a vós que : quão grande és Tu, quão imenso é o seu amor que tatuou-me na palma de sua mão. Quanto amor me inunda a mente e o coração!! Obrigada por sua presença e amor!

5° passo - Ação 
O que a Palavra me leva a viver?



Me comprometo a ir em direção ao próximo, para ajudá-los. Pessoas que se sintam hostilizadas ou «no exílio» a compreender este amor que transforma.


Vocação e missão do Servo de Javé -* 1 Ilhas, escutem; prestem atenção, povos distantes. Eu ainda estava no ventre materno, e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas de minha mãe, e elepronunciou o meu nome. 2 Ele fez da minha língua uma espada afiada e me escondeu com a sombra de sua mão; ele me transformou numa seta pontiaguda e me guardou na sua caixa de flechas. 3 Ele medisse: «Você é o meu servo, Israel, e eu me orgulho de você». 4 Eu então respondi: «Cansei-me inutilmente, gastei minhas forças à toa, em nada. Enquanto isso, quem defendia os meus direitos era Javé, o meu pagamento estava na mão de Deus». 5 Agora fala Javé, que desde o ventre me formou para ser o seu servo, para eu lhe trazer de volta Jacó e reunir Israel para ele. (Serei glorificado aos olhos de Javé;Deus é a minha força.) 6 Ele diz: «É muito pouco você tornar-se o meu servo, só para reerguer as tribos de Jacó, só para trazer de volta os sobreviventes de Israel. Faço de você uma luz para as nações, paraque a minha salvação chegue até os confins da terra». 7 Assim diz Javé, o redentor e Santo de Israel, para aqueles cuja vida não vale nada, que são desprezados pelas nações, que são escravos dos poderosos: «Os reis verão e ficarão de , os chefes se ajoelharão, porque Javé é fiel, e o Santo de Israel escolheu você».

8 Assim diz Javé: Na ocasião favorável eu respondi a você, e no dia da salvação eu o ajudei; preparei e designei você para ser a aliança do povo, para reerguer o país, para redistribuir as propriedadesarrasadas, 9 para dizer aos cativos: «Saiam!» E aos que estão nas trevas: «Venham para fora

Volta para a pátria -* Como rebanho, eles pastarão em todos os caminhos, em qualquer colina seca encontrarão pastagem. 10 Não passarão fome nem sede; não serão molestados pelo calor nem pelo sol,pois aquele que se compadece deles os conduzirá e os guiará para onde fontes de água. 11 Transformarei meus montes em caminhos, minhas estradas serão niveladas. 12 Vejam! Uns vêm de longe, outrosdo norte e do ocidente, e outros da terra de Siene. 13 Céus, gritem de alegria! Terra, alegre-se! Montanhas, rompam em aclamações, pois Javé consola o seu povo e se compadece dos seus pobres.

14 Sião dizia: «Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu!» 15 Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não meesquecerei de você. 16 Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim. 17 Aqueles que vão reconstruir você apertam o passo; os que a derrubaram e destruíram seforam embora.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

PENSAMENTOS DE ANGELA DE FOLIGNO

PENSAMENTOS DE ANGELA DE FOLIGNO

"Sem a luz de Deus ninguém se salva. Ela ajuda o homem a dar os primeiros passos; ela o leva ao topo da perfeição. Por isso, aquele que quiser começar a possuir esta luz de Deus, reze".

"Sua vida pode ser, mesmo quando sua língua está em silêncio, um límpido espelho...".

"Quanto mais você rezar, mais luz receberá; e quanto mais luz receber mais profundamente verá o sumo bem e a bondade dele definida em todas as coisas. E, quanto melhor e mais profundamente ver, mais o amará; e quanto mais o amar, mais será feliz; e quanto mais for feliz, mais compreenderá Deus e será capaz de entendê-lo".

"A oração deverá ser feita na medida do possível, numa situação de serenidade de espírito e, portanto, é possível, no silêncio e com a alma livre de qualquer ansiedade".

"Não dormia. Ele chamou-me e disse-me que aplicasse os meus lábios sobre a ferida do seu lado. Pareceu-me que aplicava os meus lábios, e que bebia sangue, e neste sangue ainda quente eu compreendi que ficava lavada. Eu senti pela primeira vez uma grande consolação, misturada uma grande tristeza, porque tinha a Paixão diante dos meus olhos. E solicitei do Senhor a graça de derramar o meu sangue por Ele como Ele tinha derramado o seu para mim".

“Quando a morte te arrancar deste mundo, cheio de vaidades e luxos sem razão, e chegardes a Minha Presença para ser julgada... vendo os pecados que os homens cometeram ao olhar para o teu corpo escassamente coberto, tu própria ficarás envergonhada”.

"Se você já estiver no caminho da perfeição e quiser que esta luz aumente em você, reze; se você já alcançou a perfeição e quer mais luz para poder nela perseverar, reze; se você quisera fé, reze; se quiser a esperança, reze; se quiser a caridade, reze; se quiser a pobreza, reze; se quiser a obediência, a castidade, a humildade, a mansidão, a fortaleza, reze. Qualquer virtude que você queira, reze".

"É bom e muito agradável a Deus que tu ores com o fervor da graça divina, que veles e te fatigues ao realizar toda ação boa; mas é mais agradável e aceitável ao Senhor se, faltando a graça, não diminuas tuas orações, tuas vigílias, tuas boas obras. Atue sem a graça da mesma maneira como o fazias quando a possuías… tu fazes tua parte, filho meu, e Deus fará a sua. A oração forçada, violenta, é muito agradável a Deus".

"Seria mais tolerável para mim sofrer todas as dores, suportar as torturas mais horrorosas dos mártires, que me ver exposta às tentações diabólicas contra a pureza".

"Colocastes a humildade de coração e a mansidão por fundamento e firme raiz de todas as virtudes... Por isso, Senhor, quisestes que, de vós, principalmente, as aprendêssemos... Dai-me a graça de estabelecer-me em tal alicerce! Fundada nesta base, esforce-me por crescer. Se for a humildade meu alicerce, será minha conversação toda angelical, pura, benigna e pacifica. Serei benévolo e agradável a todos, e com todos mostrar-me-ei amável... Ó humildade, quantos bens trazes, tu que fazes pacíficos e serenos os que te possuem!”

"O supremo bem da alma é a paz verdadeira e perfeita... Quem quer, portanto, perfeito repouso trate de amar a Deus com todo o coração, pois Deus mora no coração. Ele é o único que dá e que pode dar a paz".

"Sepultei-me na paixão de Cristo, e me deu a esperança de que nela encontraria minha libertação".

"Ó nada desconhecido, ó nada desconhecido! Não pode a alma ter melhor visão neste mundo do que contemplar o próprio nada e habitar nele como a cela de um cárcere".

“Ó Deus-Homem doloroso, ensinai-me a considerar e imitar o exemplo de vossa vida e a aprender de vós, ó modelo de toda perfeição!... Fazei-me correr atrás de vós com todo o afeto de minha alma, para chegar, com vossa guia, felizmente, à cruz".

“Ó Jesus, vossa primeira companhia na terra foi a pobreza voluntária, contínua, perfeita, suprema... Quisestes viver e ser pobre de todas as coisas temporais... Das coisas deste mundo só quisestes a extrema indigência, com penúria, fome e sede, frio e calor, muita fadiga, dureza e austeridade... Quisestes viver pobre de parentes e amigos e de todo afeto deste mundo... Enfim, vos despojastes de vós mesmo, exteriormente despido de vosso poder, sabedoria e glória".

"Eu, Ângela de Foligno, tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitencia e conversão. A primeira foi me convencer de como o pecado é grave e danoso. A segunda foi sentir arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira me confessar de todos os meus pecados. A quarta me convencer da grande misericórdia que Deus tem para com os pecadores que desejam ser perdoados. A quinta adquirir um grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu por todos nós. A sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima aprender a orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus".