terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo


(Lib. 9,10-11: CSEL 33,215-219)


(Séc.V) 


"Procuremos alcançar a sabedoria eterna
Estando bem perto o dia em que ela deixaria esta vida – dia que conhecias e que ignorávamos – aconteceu por oculta disposição tua, como penso, que eu e ela estivéssemos sentados sozinhos perto da janela que dava para o jardim da casa onde nos tínhamos hospedado, lá junto de Óstia Tiberina. Ali, longe do povo, antes de embarcarmos, nos refazíamos da longa viagem.
Falávamos a sós, com muita doçura e, esquecendo-nos do passado, com os olhos no futuro, indagávamos entre nós sobre a verdade presente, quem és tu, como seria a futura vida eterna dos santos, que olhos não viram, nem ouvidos ouviram nem subiu ao coração do homem (cf. 1Cor 2,9). Mas ansiávamos com os lábios do coração pelas águas celestes de tua fonte, fonte da vida que está junto de ti.
Eu dizia estas coisas, não deste modo nem com estas palavras. No entanto, Senhor, tu sabes que naquele dia, enquanto falávamos, este mundo foi perdendo o valor, junto com todos os seus deleites. Então disse ela: “Filho, quanto a mim, nada mais me agrada nesta vida. Que faço ainda e por que ainda aqui estou, não sei. Toda a esperança terrena já desapareceu. Uma só coisa fazia-me desejar permanecer por algum tempo nesta vida: ver-te cristão católico, antes de morrer. Deus me atendeu coma maior generosidade, porque te vejo até como seu servo, desprezando a felicidade terrena. Que faço aqui?” O que lhe respondi, não me lembro bem. Cinco dias depois, talvez, ou não muito mais, caiu com febre. Doente, um dia desmaiou, sem conhecer os presentes. Corremos para junto dela, mas recobrando logo os sentidos, viu-me a mime a meu irmão e disse-nos, como que procurando algo semelhante: “Onde estava eu?”
Em seguida, olhando-nos, opressos pela tristeza, disse: “Sepultai vossa mãe”. Eu me calava e retinha as lágrimas. Mas meu irmão falou qualquer coisa assim que seria melhor não morrer em terra estranha, mas na pátria. Ouvindo isto, ansiosa, censurando-o como olhar por pensar assim, voltou-se para mim: “Vê o que diz”. Depois falou a ambos: “Ponde este corpo em qualquer lugar. Não vos preocupeis com ele. Só vos peço que vos lembreis de mim no altar de Deus, onde quer que estiverdes”. Terminando como pôde de falar, calou-se e continuou a sofrer com o agravamento da doença. Finalmente, no nono dia da sua doença, aos cinqüenta e seis anos de idade e no trigésimo terceiro da minha vida, aquela alma piedosa e santa libertou-se do corpo".
1Cor 7,29a.30b.31; 2,12a
"Meus irmãos, o tempo é breve.
Os que se alegram sejam, pois,
como se não se alegrassem;
os que usam deste mundo,
como se dele não usassem,
Porque passa a aparência perecível deste mundo
Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo".
Oração
"Ó Deus, consolação dos que choram, que acolhestes misericordioso as lágrimas de santa Mônica pela conversão de seu filho Agostinho, dai-nos, pela intercessão de ambos, chorar os nossos pecados e alcançar o vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
(Liturgia das Horas

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


Pequeno Guia para Praticar a Oração do Coração


Siga estas sugestões:

- Estabeleça um tempo certo para a sua oração; no começo é útil, pelo menos, uma meia hora.

- Escolha o lugar da oração; é necessário que seja silencioso e recolhido. Se possível, coloque-se diante de um crucifixo ou um ícone sagrado, ou melhor ainda, diante da Eucaristia.

- Coloque-se de joelhos, com os ombros bem eretos, os braços relaxados. Se aprende a rezar também com o corpo, a sua oração será mais atenta.

- Comece fazendo bem o sinal da cruz: tocando a fronte consagre ao Pai os seus pensamentos; tocando o peito consagre a Cristo o seu coração, a sua capacidade de amar; tocando os ombros consagre ao Espírito as suas ações, a sua vontade.

- Separe a oração em quatro momentos de quinze minutos cada um:

(Momento 1)
Concentre a sua mente e o seu coração na presença do Espírito em nós. É ele o mestre da oração. Converse com ele sobre o que mais lhe preocupa. Invoque-o com fé dizendo simplesmente: "Vem Espírito Santo" ou "Vem Espírito criador". Feche os olhos porque assim será mais facilitado na concentração; procure a posição do corpo que mais ajude a sua concentração e não favoreça a preguiça. Se aparecerem distrações volte à invocação que escolheu desde o início.

(Momento 2)
Concentre-se na presença de Jesus, se possível, olhando a Eucaristia. É o momento de ler a Palavra de Deus: leia com calma uma, duas, três vezes; peça luz para entender a Palavra que foi preparada para você, para a sua jornada. Repita muitas vezes: "Jesus Salvador!" ou simplesmente "Jesus".

(Momento 3)
É o momento do Pai. Concentre a sua atenção na presença amorosa do Pai. Ame! Permaneça em silêncio ou repita a simples palavra: "Pai" ou "Meu pai, eu me abandono em ti".

(Momento 4)
Faça ao Pai esta pergunta: "Pai, o que quer que faça hoje? Qual é a sua vontade para mim?" Agradeça, interceda pelos outros. Ao terminar a sua oração tome uma decisão concreta a fim de que a sua oração o leve à ação. Conclua pedindo a Nossa Senhora a graça de aprender a rezar.

Lembre-se: as invocações ritmadas com a respiração facilitam a concentração.

Para refletir

"A sua oração seja simples, porque tanto o publicano como o filho pródigo, ambos foram reconciliados com Deus através de poucas palavras. Repetir uma só palavra ajuda o recolhimento." (S. João Climaco)

"A atenção é a essência da oração. A qualidade da atenção está diretamente proporcionada com a qualidade da oração." (Simão Weil)

"Na oração não queira fazer outra coisa a não ser que ficar na presença de Deus." (S. Francisco de Sales)

"A oração do coração é essencialmente escolher estar só com Ele. É uma oração muito simples, as palavras que usamos não são conceitos de mente, mas são a voz do coração." (Thomas Merton)

Rezar é sobretudo amar. Muitas vezes a nossa oração é pobre de amor. Se a oração não é um ato de amor, não é oração. Jesus denunciou o nosso pouco amor quando disse: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" Na oração organizemos a nossa jornada decidindo procurar em tudo a vontade de Deus. A oração deve mudar a vida: quando isso não acontece, devemos duvidar que a nossa oração seja verdadeira. Amar é mudar. Amar é crescer. Amar é converter-se. A alma da oração é a escuta: quem escuta ama, quem não escuta não ama. A escuta de Deus se torna mais fácil se lhe perguntarmos: "Senhor, o que queres de mim hoje? Qual é a sua vontade sobre mim? O que devo fazer para lhe agradar?"

(fonte: Movimento Contemplativo Missionário Pe. De Foucauld)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ARTE: A necessidade da inútil transcendência

Ao contrário do que possam dizer os modernos críticos de arte e do que possa parecer ao observador da nossa arte e arquitetura contemporâneas, o fato é que a arte verdadeira não pode ser senão a arte do Belo. Qualquer outro objetivo para o qual se lhe empregue equivale a trair a sua missão, esvaziá-la de seu significado mais profundo.
A arte é uma atividade eminentemente humana: não há povo ou cultura que não a tenha em alguma medida desenvolvido e, simultaneamente, em nenhuma espécie animal nós encontramos sensibilidade artística. Como diria Chesterton, trata-se de atividade tão evidentemente humana que qualquer pessoa naturalmente acredita que o mais pré-histórico dos homens possa ter pintado macacos na parede da caverna, mas tomaria por hoax ou brincadeira de Primeiro de Abril que mesmo o mais evoluído dos macacos conseguisse um dia pintar a figura de um homem. Se a arte é portanto atividade propriamente humana, os seus fins devem estar ordenados e proporcionados à natureza do homem.
Que esta natureza esteja voltada para o exterior – para as pessoas com as quais nos relacionamos, para as coisas que fazemos no mundo, para as influências que exercemos sobre o ambiente ao nosso redor – é fato que me parece incontestável; que ela não esteja ao menos em alguma medida voltada também para o interior, contudo, é uma extrapolação indevida que repugna a mais básica consciência que qualquer um tem de si próprio. Que exista e seja digno de consideração o mundo material ao nosso redor – o espaço que transformamos, o tempo contra cujos limites lutamos, os objetos que construímos e dos quais nos utilizamos – é algo bastante evidente; que para além dessas coisas não exista nenhuma transcendência digna de atenção é um pressuposto sem sentido, não demonstrado e indemonstrável.
Vivemos em um mundo que preza a utilidade e a eficiência acima de tudo; é escusado dizê-lo. Este mundo nos proporcionou avanços técnicos com os quais os nossos antepassados sequer poderiam sonhar: hoje, usufruímos de facilidades teoricamente capazes de nos fazer felizes em um grau jamais antes alcançado pela humanidade. Mas, no entanto, ainda nos sentimos vazios. Desinteressamo-nos rapidamente das coisas – por extraordinárias que sejam – que o progresso deposita aos nossos pés. Deparamo-nos com maravilhas sem fim e, contudo, pouco caso fazemos delas, sempre descartando-as tão logo alguém nos acene de longe com um brinquedo mais moderno ou uma última novidade.
Não se trata meramente da eterna insatisfação humana, sempre voltada para aquilo que ainda não tem. O problema, temo, é mais grave. Sentimo-nos vazios e insatisfeitos porque o mundo moderno deliberadamente voltou as costas a uma importante dimensão de nossa existência, sem cujo cultivo nós nos tornamos acabrunhados, frustrados e deprimidos.
Trata-se precisamente daquela dimensão que produz em nós, seres humanos, a necessidade de beleza. Percebam os leitores que esta particular exigência é diametralmente oposta àquelas sobre as quais falávamos há pouco: a beleza nem sempre anda de mãos dadas com a utilidade, e dificilmente poderia ser diretamente proporcional à eficiência das coisas. Se fôssemos ser rigorosos, diríamos que, na verdade, é precisamente o oposto: há um quê de inutilidade nas coisas que são belas. Olhando melhor, percebemos que a beleza é detentora de um certo capricho mimado que a faz exigir ser desejada meramente por aquilo que ela é, e não como um meio para se obter alguma outra coisa.
Mas afinal o que é belo? Mistificações acadêmicas contemporâneas à parte, belo é aquilo que responde positivamente à sadia capacidade de admiração humana. Tomemos um exemplo concreto da natureza: digamos, um colorido pôr-do-sol. Na lógica consumista moderna, poucas coisas poderiam ser mais inúteis. Ele não custa nada e não provoca em nós nenhum efeito duradouro; não está sob nosso controle e não podemos nos utilizar dele como meio para obter nada de concreto. Dir-se-ia que não possui valor. Mais ainda, contém em si uma certa dose de "anti-eficiência", pois para ser admirado exige atenção dedicada, com a exclusão de tudo o que de "útil" se esteja fazendo naquela hora. O trabalhador de uma fábrica precisa parar a linha de produção para se dar ao luxo de contemplar um pôr-do-sol; se quer admirá-lo um homem do campo, precisa encostar a enxada e atrasar por algum tempo a aragem do solo. A beleza, portanto, parece não apenas em si mesma inútil, como ainda atrapalhar aquilo que é verdadeiramente útil: a solução – dirá um pensador moderno – é obviamente reduzí-la ao mínimo possível, somente àquilo que não formos capazes de eliminar do horizonte vital humano.
Isso explica o desterro sofrido pela beleza do nosso quotidiano. Tal solução, contudo, é um erro de proporções gigantescas: o ser humano não se reduz àquilo que ele faz. Permanece com necessidades transcendentes (ousemos chamá-las pelo seu nome tradicional: necessidades espirituais) que, absolutamente, não são supridas pelos bens materiais que o mundo moderno pode lhe proporcionar. 


Voltemos ao exemplo da arte: trata-se do engenho por meio do qual o homem é capaz de expressar a beleza; ou talvez seja melhor dizer que ela é o artifício mediante o qual o homem transforma o mundo ao seu redor (principalmente as coisas desagradáveis do mundo ao seu redor) em algo de valor, digno de admiração. A morte concreta de um inocente é uma coisa trágica, uma realidade com a qual nós, absolutamente, não queremos nenhum contato. Mas na Pietà de Michaelangelo, por exemplo, existe alguma coisa de sublime e que nos é útil, afinal de contas: na Virgem Santíssima com o Seu Filho morto aos braços nós encontramos consolo para as nossas próprias dores e dificuldades. Se o nosso vizinho espancasse sua esposa até a morte, por exemplo, isso seria para nós apenas uma brutalidade deprimente; se é Desdêmona quem morre sob os braços fortes do Mouro de Veneza, isso nos ensina a não sermos tão ligeiros em julgar os nossos próximos, isso nos torna de alguma maneira melhores.
O homem procura a beleza para fugir ao caos do mundo, para manter a sua sanidade em meio a um universo hostil, para suportar as agruras de uma vida que nem sempre é do jeito que ele gostaria. E, por isso, é digno de censura um certo movimento que pretende transformar a arte em apenas uma extensão da feiúra do mundo. Colocar a arte a serviço da feiúra equivale a transformá-la em uma anti-arte; pretender elevar o vulgar e o banal à categoria de valores artísticos é o mesmo que rebaixar a arte à sarjeta do que existe de pior no mundo. E fazê-lo é transformar a arte em alguma coisa sem sentido. De fato, nesses moldes não há razão para existir arte no mundo.
E a capacidade do homem de expressar a beleza em forma de arte anda lado a lado com a sua capacidade de reconhecer a beleza no mundo em que ele vive, de tal modo que um mundo em que não exista beleza artística equivale na prática a um mundo onde as pessoas não são capazes de reconhecer a beleza em si: no final das contas, trata-se de um mundo doente. Pretender que qualquer coisa possa deter igualmente o mesmo valor artístico é o mesmo que dizer que não existe valor artístico em nada: imaginar que tudo é belo conduz, no final das contas, à inelutável conclusão de que tudo é feio. E existe alguma coisa de terrivelmente assustadora na perspectiva de vivermos em um mundo pleno de feiúra, em um universo caótico sem fronteiras, completamente cercados por coisas horríveis das quais não temos nenhuma possibilidade de fugir. Viver em semelhante ambiente não pode ser de nenhuma maneira saudável. Existir em tais condições não é digno de nenhum ser humano.
Ao contrário, os homens de todos os tempos sempre souberam conservar a abertura ao transcendente por meio do cultivo da beleza, sempre foram capazes de reconhecer o seu valor e estimá-la como a um bem. O estreito laço (até onde me conste, existente em todas as culturas) entre manifestação artística e sentimento religioso não é fortuito: ele existe porque todos os homens de algum modo intuem que, se existe um Deus, Ele é digno daquilo que nós possuímos de melhor. Se existe um Deus, Ele não pode ser senão Belo. Se existe um Deus, expressar a Beleza é, de alguma forma, expressá-Lo a Si mesmo.
Na Idade Média, o Cristianismo erigiu em honra ao seu Deus as magníficas catedrais que até hoje podem ser encontradas por toda a Europa. À luz do que já falamos aqui, é fácil encontrar as razões pelas quais elas foram construídas e perceber o que possibilitou ao gênio humano alcançar tão vertiginosas alturas.
O Cristianismo é a Religião do Deus feito homem e, portanto, nada do que seja propriamente humano lhe é estranho. Ora, a arte é atividade humana por excelência, como dissemos; logo, era natural que a arte encontrasse proeminente lugar dentro do Cristianismo.
A Religião existe para levar os homens ao Céu por meio do desprezo das coisas terrestres. Ora, vimos que a Beleza opõe-se ao culto desmedido dos bens materiais, à sanha hipnótica por utilidade e eficiência terrestres. Assim, nada mais natural de que o Cristianismo, por meio da Beleza, acenasse aos homens as promessas do Céu.
A Religião existe para dar sentido à vida dos homens, ensinando-lhes a serem melhores. Como vimos, as obras de arte têm o condão de transformar as coisas desagradáveis da realidade em algo onde podemos encontrar conforto, que nos impele a sermos melhores. Portanto, era de se esperar que o Cristianismo se utilizasse também dela para conduzir os homens no caminho da perfeição.
O Cristianismo, por fim, é Religião, é movimento que se propõe a restaurar a unidade perdida entre o homem pecador e o Deus três-vezes Santo, é detentor de um Evangelho a anunciar a todos os homens, tem a missão de revelar Deus ao homem para Ele criado. Como vimos, existe alguma coisa de sagrada na Beleza, algo que a faz se aproximar de Deus; logo, é natural que o Cristianismo use também a Beleza para falar do Deus que ele tem para anunciar ao mundo.
A confluência de todas essas causas elevou a capacidade artística humana às alturas nos arcos das catedrais que, arremessados em direção ao Céu, elevavam consigo a Deus as almas que se punham a admirá-los. A Beleza é digna de falar de Deus porque Deus é Belo: e assim os templos religiosos eram belos também, como que para predispor as almas dos que neles adentravam para o encontro com Deus que eles existem para proporcionar.
Porque, assim como o gosto pela Beleza, a sede de Deus é também parte constituinte da natureza humana, como Santo Agostinho expressou de maneira lapidar: "criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós". A sede da Beleza e a sede do Infinito, assim, convergem para uma única sede, são ambas aspectos da mesma necessidade de transcendência que aflige todos os homens, e que simplesmente não pode ser saciada por simples negação. Por maior que seja a hostilidade do ambiente no qual vive, há no interior de cada homem certa capacidade de se relacionar com o infinito. E perceber que falta beleza no mundo moderno é, no fundo, também uma maneira de se deparar com a ausência de Deus nesses tempos cruéis em que vivemos.
Texto de Jorge Ferraz, analista de sistemas e proprietário, desde 2008, do blog "Deus lo Vult!"
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Imagem 1: Detalhe do "Nascimento de Vênus", de Botticelli / daystarvisions.com
Imagem 2: Pietà, de Michaelangelo /valdoresende.com
Imagem 3: Catedral de Orvieto, na Itália / aascj.org.br
http://revistavilanova.com/a-necessidade-da-inutil-transcendencia/
Visto em: http://revistavilanova.com/a-necessidade

-da-inutil-transcendencia/

sexta-feira, 16 de agosto de 2013


QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Para se preparar para esta quaresma é necessário:

* Acender uma vela abençoada diante de uma imagem ou estampa do Arcanjo;
* Oferecer uma penitência durante os 40 dias;
* Fazer o sinal da cruz;
* Rezar estas orações todos os dias:
* A Partir do dia 15-08-13, conta-se 40 dias!!

ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)

LADAINHA DE SÃO MIGUEL

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.


Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.



Oração: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.

Ao final, reza-se:

Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.

Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.

Oração: Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção. É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013


Maria Simma e as almas do purgatório

terça-feira, 13 de agosto de 2013





Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Continuamos a publicar alguns relatos de Maria Simma, uma alma mística dos nossos dias que, durante quase toda a sua vida, teve – e ainda tem – um contato frequente com as almas do purgatório. Esses relatos foram tirados do relatório sobre Maria Simma, escrito por seu diretor espiritual, Padre Alfonse Matt.


A VISÃO DO PURGATÓRIO
“‘O purgatório está em muitos lugares’, respondeu uma vez Maria Simma. ‘As almas não vêm do purgatório, mas vêm com o purgatório’. Maria Simma viu o purgatório de diferentes maneiras. Há enormes multidões de almas no purgatório. É um contínuo vaivém. Uma vez viu um grande número de almas, completamente desconhecidas. As que haviam pecado contra a fé traziam uma chama escura sobre o coração, outras, que haviam pecado por impureza, traziam uma chama vermelha.
Depois viu também as almas em grupos: padres, religiosos, religiosas, viu católicos, protestantes e pagãos. As almas dos católicos devem sofrer mais que as dos protestantes. Os pagãos, em compensação, têm um purgatório ainda mais leve, mas recebem menos ajuda e a sua pena dura mais tempo. Os católicos recebem mais ajuda e salvam-se muito mais depressa.
Viu ainda muitos religiosos e religiosas, condenados ao purgatório por sua tibieza e falta de amor. Até crianças de apenas seis anos podem precisar sofrer muito tempo no purgatório.
A maravilhosa harmonia existente entre o amor e a justiça de Deus no purgatório foi revelada a Maria Simma. Cada alma é castigada segundo a natureza de suas faltas e o grau de apego com que cometeu o pecado.
A intensidade do sofrimento não é a mesma para cada alma. Algumas devem sofrer como se sofre numa vida difícil sobre a terra e devem esperar para chegar à contemplação de Deus. Um dia de purgatório pesado é mais terrível que 10 anos de purgatório leve. A duração das penas é bem variável. Há ainda almas que devem sofrer duramente até o Juízo Final. Outras têm apenas meia hora para sofrer ou ainda bem menos; a bem dizer, atravessam voando o purgatório.
O demônio pode torturar almas do purgatório, principalmente as que foram causa da condenação de outras. As almas do purgatório sofrem com admirável paciência e louvam a misericórdia de Deus, graças à qual escaparam do inferno. Sabem que mereceram sofrer e se arrependem de seus pecados. Imploram Maria, a Mãe de Misericórdia. Maria Simma viu também muitas almas que esperavam o socorro da Mãe de Deus. Quem acha durante a vida que o purgatório não é tão mau assim e disso se prevalece para pecar, deve pagar duramente por isso.


COMO PODEMOS AJUDAR AS ALMAS DO PURGATÓRIO?
1. Principalmente pelo Santo Sacrifício da missa, que é insubstituível.
2. Pelos sofrimentos expiatórios: todo sofrimento físico ou moral oferecido para as almas, traz grande alívio.
3. O rosário é, depois da missa, o meio mais eficaz de ajudar as almas. Através do rosário são libertadas diariamente numerosas almas que, sem essa ajuda, deveriam sofrer muitos anos ainda.
4. A Via-Sacra também pode lhes trazer grande reconforto.
5. De inestimável valia são as indulgências, dizem as almas.
São elas uma apropriação da expiação oferecida por Jesus a Deus, seu Pai. Todo aquele que, durante a vida, ganha muitas indulgências para os mortos, receberá também mais do que os outros na sua última hora; pois receberá a graça de ganhar inteiramente a indulgência plenária. Não tirar proveito desses tesouros da Igreja para as almas do purgatório é uma crueldade. Vejamos! Se você se encontrasse diante de uma montanha de moedas de ouro, com a possibilidade de pegar quantas quisesse para ajudar um pobre infeliz, incapaz, por si mesmo, de pegá-las, não seria cruel você recusar o trabalho de estender a mão para fazê-lo? Em muitos lugares, diminuem ano a ano o uso das orações indulgenciadas. Os fieis deviam ser exortados a fazê-las com frequência.
6. As esmolas e as boas obras, principalmente as doações para as Missões, ajudam as almas do purgatório.
7. Acender velas ajudam-nas também, primeiro por ser um ato de atenção e amor para com elas; depois, porque se são bentas, as velas iluminam a escuridão em que se encontram as almas.
Uma criança de 11 anos, da família Kaiser, pediu orações a Maria Simma. Estava no purgatório por ter, no Dia de Finados, apagado as velas sobre os túmulos e roubado a cera para brincar. Velas bentas têm muito valor para as almas. No dia de Nossa Senhora das Cadeias, Maria Simma teve que acender duas velas por uma alma enquanto suportava por ela sofrimentos expiatórios.
8. A aspersão de água benta também alivia os sofrimentos dos mortos. Certa vez, aspergindo água benta para as almas ao sair de casa, Maria Simma ouviu uma voz dizer-lhe: ‘Mais!’.
Todos esses meios de consolação não ajudam as almas na mesma proporção. Se alguém em vida deu pouco valor à santa missa, também quando estiver no purgatório a missa lhe será de pouco proveito. Quem durante a vida teve o coração insensível, recebe pouca ajuda. Duramente devem expiar também aqueles que pecaram por difamação. No entanto, quem teve um bom coração durante a vida, recebe muita ajuda. Uma alma que havia negligenciado sua frequência às missas pôde pedir oito missas para alívio de seu sofrimento porque, durante sua vida, havia mandado celebrar oito missas por uma alma do purgatório.


MARIA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
Maria é, para as almas do purgatório, a Mãe de Misericórdia.
Quando Seu nome ressoa no purgatório, as almas experimentam grande alegria. Uma alma disse que, ao morrer, Maria pediu a Jesus a libertação de todas as almas que se encontravam então no purgatório. Jesus atendeu esse pedido de sua Mãe e, no dia da Assunção, essas almas acompanharam Maria ao céu, por ter sido Ela, nessa ocasião, coroada Mãe de Misericórdia e Mãe da Divina Graça. No purgatório, Maria distribui as graças de acordo com a vontade de Deus; passa frequentemente pelo purgatório. Isso foi o que viu Maria Simma.


AS ALMAS DO PURGATÓRIO E OS AGONIZANTES
Na noite de Todos os Santos uma alma lhe disse: ‘Hoje, dia de Todos os Santos, vão morrer, no Vorarlberg, duas pessoas que estão em grande perigo de se perderem para a eternidade. Só poderão ser salvas se rezarmos por elas com insistência’. Maria Simma rezou, sendo ajudada ainda por outras pessoas. Na noite seguinte, uma alma veio dizer-lhe que as duas tinham escapado do inferno e chegado no purgatório. Um dos dois doentes deixou-se ainda administrar no último momento; o outro recusou a unção dos enfermos. As almas do purgatório dizem que muita gente vai para o inferno porque pouco rezamos por elas. Deveríamos rezar de manhã e à noite a seguinte oração indulgenciada:
Jesus, Tu que amas de um amor tão ardente as almas, peço-te e conjuro-te, pela agonia de teu Sacratíssimo Coração e pelas dores de tua Santíssima Mãe, lava, em teu sangue, os pecadores do mundo inteiro que se encontram agora em agonia e que vão morrer nesta noite ainda.
Divino Coração de Jesus, que sofreste a agonia, tem misericórdia dos agonizantes. Amém.
Maria Simma viu uma vez muitas almas sobre a balança entre o inferno e o purgatório.”
Fonte: “Maria Simma, Segredos revelados pelas almas do Purgatório”, Associação Maria Porta do Céu

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Meditações para a Sexta-feira: Grandes penas de Jesus sobre a Cruz



Despectum et novissimum virorum, virum dolorum et scientem infirmitatem – “O mais desprezado e o último dos homens; homem de dores e experimentado nos trabalhos” (Is. 53, 3).


Sumário. Contemplemos Jesus suspenso no madeiro infame, cheio de dores e tormentos. Por fora está dilacerado pelos açoites, pelos espinhos e cravos; cada um de seus membros tem seu sofrimento particular. Por dentro está aflito e triste, desolado e desamparado de todos, mesmo do seu divino Pai. O que, porém, o atormenta mais é a vista dos pecados a serem cometidos pelos homens, remidos ao preço de seu sangue. Ah! Meu Redentor, eu também sou um dos ingratos que então vistes. Quem me dera ter morrido e nunca mais Vos ter ofendido!


I. Jesus na cruz! Que espetáculo foi para os anjos do céu verem um Deus crucificado! Que impressão nos deve também fazer contemplarmos o Rei do céu suspenso num patíbulo, coberto de chagas, desprezado e amaldiçoado de todos, em agonia e morrendo de dor, sem consolação! Ó céus, porque é que padece tanto o divino Salvador, inocente e santo: padece para pagar as dívidas dos homens. Onde se viu jamais tal espetáculo? O Senhor morrer por seus servos! O Pastor morrer por suas ovelhas! O Criador sacrificar-se todo pelas suas criaturas!


Jesus na cruz! Eis aí o homem de dores, predito por Isaías: virum dolorum. Ei-lo sobre esse madeiro infame, atormentado exterior e interiormente. Exteriormente está dilacerado pelos açoites, pelos espinhos e pelos cravos; de toda a parte corre o sangue e cada um de seus membros tem o seu sofrimento particular. Interiormente está aflito e triste, desolado e abandonado de todos, até de seu próprio Pai. – Mas o que mais o atormenta no meio de tantas dores é a vista horrenda de todos os pecados, que ainda depois de sua morte seriam cometidos pelos homens remidos ao preço de seu sangue.


Sim: os ódios, os pecados impuros, os furtos, as blasfêmias, os sacrilégios, numa palavra, todos os pecados se apresentaram então aos olhos de Jesus Cristo e cada um deles, com a sua malícia própria, veio, qual fera cruel, dilacerar-lhe o Coração. – Queixava-se então Jesus: É assim, ó homens, que se me pagais o meu amor? Ah, se vos soubesse agradecidos, morreria satisfeito! Mas, o ver tantos pecados depois de tantas dores; tamanha ingratidão depois de tão grande amor – eis o que me faz morrer de pura tristeza. – Ah, meu Redentor! Entre esses ingratos me vistes também a mim com todos os meus pecados.


II. Meu amabilíssimo Jesus! Eu também concorri grandemente para Vos atormentar na cruz, sobre a qual estáveis morrendo por mim. Oxalá tivesse eu morrido e jamais Vos tivesse ofendido! Meu Jesus e minha esperança, assusta-me a morte pela lembrança de que então terei de dar contas de todas as injúrias com que paguei o amor que me haveis tido; anima-me, porém, a vossa morte e me faz esperar o perdão. Pesa-me de todo o coração de vos ter desprezado. Se pelo passado não Vos amei, quero amar-Vos durante todo o resto da minha vida, e quero ser e padecer tudo para Vos agradar. Ajudai-me, meu Redentor, que morrestes na cruz por meu amor.


Senhor, dissestes que, quando fôsseis exaltado sobre a Cruz, havíeis de atrair-Vos todos os corações: Et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum (1). Pela vossa morte na Cruz já arrebatastes ao vosso amor tantos corações, que por Vós deixaram tudo, bens, pátria, parentes e vida. Suplico-Vos, arrebatai também o meu coração, que, pela vossa graça já suspira por Vos amar; não permitais que ainda ame o lodo da terra, como no passado tenho feito.


Quem me dera, ó meu Redentor, ver-me despojado de todo afeto terrestre, afim de que, esquecendo tudo, só me lembre de Vós e só a Vós ame! Espero tudo da vossa graça. Conheceis a minha impotência; ajudai-me, eu vô-lo peço, pelo amor que Vos fez aceitar uma morte tão dolorosa no monte Calvário. Ó morte de Jesus, ó amor de Jesus, apossai-vos de todos os meus pensamentos, de todos os meus afetos, e fazei que de hoje em diante não pense em outra coisa senão em amar a Jesus. Amabilíssimo Senhor, atendei-me pelos merecimentos de vossa morte. – atendei-me também vós, ó Maria, que sois Mãe de misericórdia. Rogai a Jesus por mim; as vossas súplicas podem fazer-me santo e é isso o que espero. (I 728.)
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1. Io. 12, 32. 

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 17-19.)

Grifos nossos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FRASES DE SANTOS CARMELITAS


365 Frases de Santos Carmelitas XIII


365 FRASES DE SANTOS CARMELITAS X
... continuação

342. A comunhão é um céu na terra para a alma que se compenetra bem do ato que faz…Tiremos Jesus de sua fria prisão e abriguemo-lo em nosso coração, tão pobre, mas cheio de amor. (Santa Teresa dos Andes)

343. A vida divina acesa na alma é a luz vinda nas trevas, é o milagre da noite santa. (Santa Teresa Benedita da Cruz)

344. Repare o método para dar brilho nos metais. Esfrega-se com lama, com matérias que os sujam e os tornam foscos; depois dessa operação, resplandecem como o ouro. Pois bem ! As tentações são como esta lama para a alma: servem apenas para fazer brilhar nelas as virtudes opostas a estas mesmas tentações. (Santa Teresinha do Menino Jesus)

345. Jesus permanece no sacrário para que O amemos e O imitemos e, para ser nosso consolo e fortaleza. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

346. Quando é o coração que reza, Ele sem dúvida nos atende. (Santa Teresa de Jesus)

347. Nosso Senhor tem sede de nosso amor. Sofreu desde Belém até o Calvário e forjou cadeias para viver no tabernáculo junto de nós. Não teremos um pouquinho de amor por este Divino mendigo? (Santa Teresa dos Andes)

348. Quanto mais te apartas das coisas terrenas, mais te aproximas das celestiais e mais te achas em Deus . (São João da Cruz)

349. Jamais chegaremos a conhecer-nos, se juntos não procurarmos conhecer a Deus. (Santa Teresa de Jesus)

350. Une a tua vontade à de Deus e serás feliz. (Serva de Deus Madre Maria José de Jesus)

351. Pode haver mais doce ocupação na terra do que procurar o amor de nosso Deus ? Emprega nisso tua alma inteira, neste único momento que é a vida. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

352. Quanto mais elevado é o grau de união amorosa ao qual Deus destina a alma, tanto mais profunda e persistente deverá ser a sua purificação. (Santa Teresa Benedita da Cruz)

353. Nosso Senhor vê com tanta boa vontade quando o amamos e procuramos a sua companhia, que, de vez em quando, nos chama para que a Ele nos dirijamos. (Santa Teresa de Jesus)

354. Na comunhão está a vida de nossa alma. É o momento de céu em nosso desterro. Suspiremos por ela. (Santa Teresa dos Andes)

355. Eis tudo o que Jesus reclama de nós: Ele não tem nenhuma necessidade de nossas obras, mas somente de nosso amor. (Santa Teresinha do Menino Jesus)

356. Considerando que Deus se fez homem por nosso amor, não sei como não ficamos todos, loucos de amor por Ele. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

357. Devemos guardar-nos em querer entender as coisas de Deus e procurar quais são as suas razões. (Santa Teresa de Jesus)

358. Deus é o teu fim. Fazendo-se Homem, tornou-se teu caminho; para que não desfalecesses na jornada, fez-se teu alimento, teu viático para o céu. (Serva de Deus Madre Maria José de Jesus)

359. A virtude do Espírito Santo cobriu a Virgem Maria enquanto esta, sozinha, rezava e realizou a Encarnação do Redentor. (Santa Teresa Benedita da Cruz)

360. Tudo nos pode faltar. Todos os outros amores, um dia nos faltarão, mas o amor do Coração Divino jamais nos faltará. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

361. Se Deus está na tua alma, que deves fazer senão amá-Lo de todo teu coração? (Serva de Deus Madre Maria José de Jesus)

362. Conserve sempre sua confiança. É impossível que Deus não corresponda, pois ele mede sempre seus dons pela nossa confiança. (Santa Teresinha do Menino Jesus)

363. A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor. (Santa Teresa de Jesus)

364. Somente no momento em que a alma, por amor a Deus , se despojar de tudo o que não é Deus , e o amor é isso, poderá ser iluminada e transfigurada em Deus. (Santa Teresa Benedita da Cruz)

365. É mister procurar o quanto possível a união com o Senhor . Esta vida de intimidade com Ele é que sustenta o exercício das virtudes que tanto agradam a Quem, com infinito amor, habita em nós. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

Desculpem, mas no original faltam as frases de 329 a 341. Se as encontrar, publicarei depois.


JOANA D'ARC: "PREFIRIRIA ESTAR FIANDO JUNTO DE MINHA POBRE MÃE... PORÉM... É PRECISO QUE EU FAÇA ISTO"


Vaucouleurs


"Ela me falava duas ou três vezes por semana: é preciso que você vá à França! A voz me dizia: vá à França! Eu não poderia mais ficar!..."
"Ela me dizia: vá levantar o sítio que está diante de Orleans".
"Ela acrescentava: vá a Roberto de Baudricourt, capitão de Vancouleurs, ele fornecerá pessoas para marchar contigo". 
"Mas, eu sou uma pobre moça, que não sabe nem cavalgar nem guerrear!"[1]
"Tome audaciosamente o estandarte, da parte do Rei do Céu[2], Deus te ajudará[3]. E quanto estiver diante do Rei, ele fará um prodígio, para que ele creia em tua missão e te dê uma boa acolhida"[4].


Diante de semelhante injunção, só restava obedecer, e é isto o que ela fez:
"Fui à casa de meu tio (Durand Laxart), e lhe disse: "Tenho que ir a Vaucouleurs!" Ele me conduziu para lá. Quando cheguei, conheci Roberto de Baudricourt, ainda que eu nunca o tivesse visto: eu o conheci, graças à minha voz que mo apresentou[5]".
"Eu disse a Robert: "tenho que ir à França!" Por duas vezes[6] Robert se recusou a me ouvir... a voz me tinha dito que seria assim".[7]
É nesta data, sábado, 12 de fevereiro de 1429, que a deixamos mais acima, junto de Roberto de Baudricourt. Retomemos o fio de sua história:


Ela está instalada em Vaucouleurs, há oito dias, na casa do casal Leroyer.


Baudricourt, que a observa, está vivamente atingido pela notícia confirmada, do dia dos Harengs, já predita a ele por Joana, no mesmo dia, 12 de fevereiro.


Ela é inspirada, isto está claro! Trata-se de saber se esta inspiração vem de Deus ou do diabo.


E ele pede ao pároco de Vaucouleurs, Jean Fournier, seu amigo, para se assegurar disto... pelo exorcismo!


O que ele faz, do que Joana se queixa amargamente à senhora da casa: "O padre, diz ela, estava com sua estola, e diante de Roberto, ele me adjurou dizendo: Se sois um mau espírito, afaste-se, se sois um bom espírito, aproxime-se. Então eu caminhei até ele e me joguei aos seus joelhos. Porém o padre errou ao agir assim, pois ele me conhecia, visto que eu tinha me confessado com ele". (Testemunho de Chaterine Leroyer)


Nesse meio tempo, mandaram-na conversar e ela se prestou a isso voluntariamente: "Quando ela viu, acrescenta Catherine, que Roberto se recusava a conduzi-la ao rei, ela me disse: Contudo, tenho que ir encontrar o Delfim! Não conheceis então a profecia que anuncia que a França, perdida por uma mulher, será salva por uma virgem das Marcas de Lorraine?"[8] "Eu me lembrava, com efeito, desta profecia, e fiquei surpresa!


Henri Leroyer acrescenta este detalhe: "Quando ela falava de partir, a gente lhe perguntava como ela poderia realizar tal viagem e escapar dos inimigos:"[9]
"Eu não os temo, respondia ela, tenho um caminho assegurado; se os inimigos estão sobre meu caminho, Deus ali também está, que saberá me preparar a via para ir até o Senhor Delfim. Eu fui criada e colocada no mundo para isto". (Testemunho de Henri Leroyer)Um dia, o cavaleiro Jean de Novelomport[10] se dirige a ela assim na rua:

"Que fazes aqui, minha amiga? Eu lhe disse".
"É preciso, ela me respondeu, que o rei seja expulso do reino e que nos tornemos ingleses?...
"Vim aqui, em uma cidade real, falar com Roberto de Baudricourt, afim que ele me leve ou mande me conduzir ao rei; porém Roberto não se preocupa nem comigo, nem com minhas palavras".
"Contudo é preciso que antes da quinta-feira da terceira semana da quaresma[11] eu esteja junto do rei; isto é necessário e eu estarei lá...
"Ninguém no mundo, nem reis, nem duques, nem a filha do rei da Escócia[12], nem outros podem reaver o reino da França; ele só pode esperar socorro de mim; todavia, preferiria estar fiando junto de minha pobre mãe, pois não nasci para isto, porém isto é necessário, é preciso que eu faça isto, porque esta é a vontade do Senhor".
"Como lhe perguntara de qual Senhor ela queria falar".
"De Deus, me disse ela". 
"Então eu lhe dei, com um firme aperto de mão, minha palavra de levá-la ao rei, com a ajuda de Deus!"
"Quando queres partir? Eu lhe disse".
"De preferência imediatamente amanhã, e antes amanhã do que mais tarde".[13]
"O tempo lhe parecia longo, como à uma mulher grávida", acrescenta Catherine Leroyer.
É porque ela tinha pressa, a pobre menina, em salvar "o santo reino da França"!


No fim de quinze dias, toda Vaucouleurs tinha sido conquistada por Joana d'Arc.








Extraído de: Marie-Léon Vial, Jeanne d'Arc et la Monarchie. Tournais, Établissements Casterman, 1910.


[1] 2º Int..
[2] A bandeira que ela iria mandar confeccionar em Tours.
[3] 9º Int..
[4] 1º Int..
[5] 1º visita, por volta da Ascensão, 13 de maio de 1428.
[6] A segunda vez no início da quaresma, 12 de fevereiro de 1429.
[7] 2º Int..
[8] Profecia de Merlin, publicada por Geoffroi de Montmouth, historiador gaulês (1100-1154), bispo de Asaph.
[9] Todas as guarnições entre Vaucouleurs e Chinon são inglesas. 
[10] Dito Jean de Metz
[11] Ou seja, em três semanas.
[12] Margarida, 5 anos, filha de Tiago da Escócia.

LEIS DO AMOR

TE AMO...

domingo, 4 de agosto de 2013

ANIVERSÁRIO DO PAPAI, 4 DE AGOSTO DE 2013


ANIVERSÁRIO DO PAPAI, SEBASTIÃO ROMUALDO CASTILHO, 4 DE AGOSTO DE  2013 - 71 ANOS, ACHO QUE É ISSO...

PAPAI, QUE DELÍCIA O TEMPO QUE NOSSO SENHOR ME PERMITE VIVER CONTIGO. NAS DORES E ALEGRIAS TUDO FOI MUITO BOM E CONTINUA SENDO, POIS, TEM A PERMISSÃO DO CÉU E ASSIM VAMOS GLORIFICANDO A DEUS. OBRIGADA POR TER ME APRESENTADO O MUNDO NA COLEÇÃO DE LIVROS CONHECER. OBRIGADA PELA MALA DE TESOUROS QUE VC ME PERMITIU ABRIR E CONHECER O MUNDO DAS ARTES, DESENHO, PINTURA, ARQUITETURA, MÚSICA ETC. OBRIGADA POR ME AMAR INCONDICIONALMENTE CUIDANDO DE MIM, QUANDO EU QUASE SEM VIDA, DESTE A SUA PARA QUE EU VIVESSE. OBRIGADA POR ME DESEJAR ANTES DE ESTAR NO VENTRE DA MAMÃE, E, QUANDO EU GHEGUEI... DEIXOU DE VIVER A SUA VIDA PARA VIVER SÓ PARA MIM. O QUE EU PODERIA MAIS DIZER... TE AMO PAPAI PARA SEMPRE!! DIGO ISSO COM O CORAÇÃO APERTADO E EM LÁGRIMAS... PORQUE TE AMO MUUUITO... OBRIGADA POR SER ESSE HOMEM TÃO SIMPLES... E É NESSA SIMPLICIDADE APRENDIDA E VIVIDA CONTIGO, É QUE EU QUERO SEGUIR MEU CAMINHO GUARDANDO EM MEU CORAÇÃO TODOS OS TESOUROS QUE ME DESTE, E A MAIOR DELAS JESUS!!! DEUS O ABENÇOE TODOS OS DIAS DE SUA VIDA, E DÊ AO SENHOR O CÊNTUPLO DE MUITAS BENÇÃOS E A MAIOR DELAS A ETERNIDADE, POIS DESSA VIDA O QUE TE DESEJO ENTRE TANTAS BOAS COISAS, A PRINCIPAL: A SALVAÇÃO ETERNA!
DE SUA: FIIIIIIIAAAA
PS:É ASSIM QUE VC ME CHAMA E EU AMO TUDO ISSO, PARABÉNS MEU QUERIDO E AMADO PAPAI!!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

FAÇAMOS MUUUITOS ATOS DE AMOR P A SALVAÇÃO DAS ALMAS...
QUARTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2007
TRATADO DO ATO DE AMOR COM JESUS E COM MARIA
Jesus, meu doce Salvador, Virgem Santíssima, minha querida Mãe, rogo-vos, pelos vossos Santíssimos Corações, que vos digneis aceitar o pacto que nesta manhã desejo fazer convosco: que em cada respiração minha, eu tenciono fazer com tanto afeto, tantos Atos de Amor quantas são as estrelas do firmamento, os átomos do ar, as partículas da terra, as folhas, as flores, os frutos das árvores, as pétalas de rosas dos jardins, as gotas d'água dos rios e oceanos, os grãos de areia das praias, as palavras dos homens que existiram, que existem e que hão de existir, cada batida de nossos corações, pensamentos, palavras e ações, como Atos de Amor a Jesus e a Maria. Finalmente, uno-me aos Sagrados Corações e a todos os Anjos e Santos do céu. E todos esses Atos de Amor, desejo renová-los no decurso do dia, cada vez que rezar: Jesus, Maria, eu Vos amo, salvai almas!

(Tratado ditado por Jesus à Irmã Margarida Maria de Oliveira O.S.B., falecida em Belo Horizonte em 01/05/96. Ofereceu-se ela a Deus, como alma-vítima em favor da Obra das Almas Pequeníssimas. Pode ser pronunciado todos os dias, pela manhã.)
A QUEM INTERESSAR POSSA: quem Jesus ensinou o Ato de Amor?


A Irmã Consolata Beltrone (1903 - 1946), religiosa capuchinha italiana, foi escolhida por Deus para confirmar ao mundo a doutrina do Caminho da Infância Espiritual já ensinada por Santa Teresinha do Menino Jesus, dando-lhe agora uma forma simples, concreta e fácil de ser praticada por todos, homens e mulheres, leigos e religiosos.


Deveres das Almas Pequenísimas


Ser alma pequeníssima e participar da Obra significa cumprir estes três deveres:


1. O Ato de Amor: "Jesus, Maria, eu Vos amo, salvai almas!", repetido incessantemente ou freqüentemente, com o coração (não é necessário mover os lábios), no decorrer do dia, desde o despertar até o adormecer;


2. A Caridade com um sorriso, vendo e tratando Jesus em todos;


3. A aceitação da Vontade de Deus, com um "Obrigado, meu Jesus!"


Promessas de Jesus para cada Ato de Amor
Cada vez que se pronuncia o Ato de Amor: "Jesus, Maria, eu Vos amo, salvai almas!", uma alma é salva!


É ato puro e perfeito de amor, com o qual se dá a Deus o que mais Lhe agrada: amor e almas.


É ato de caridade perfeita pela incessante súplica em favor de todas as almas, as da Igreja Militante (que somos nós, os vivos) e as da Igreja Padecente (as almas do Purgatório).


Repetido freqüentemente, a todo momento e em qualquer lugar, atrai uma chuva de graças particulares, e, sobretudo, prepara o triunfo da Misericórdia Divina nos corações humanos: um novo Pentecostes em escala mundial.


O Ato de Amor é para todos e para tudo. Pode-se rezar:


"Jesus, Maria, eu Vos amo, salvai almas e curai-me!"
ou: "... e curai (nome do doente)";
"... e libertai (nome) do vício do álcool, das drogas";
"... e protegei... (iniciativas, viagens,...)";
"... e iluminai... (estudos, falta de fé)";
"... e convertei... (ateus, espíritas, esotéricos...)";
"... e uni... (casais separados...)";
"... e confortai-me (falecimento de parentes)...


Como participar da Obra


A pessoa que se interessar em participar desta Obra deve proceder sem precipitação, procurando certificar-se de que tal impulso seja realmente fruto da graça de Deus e não proveniente de efêmero entusiasmo.


Pedirá luz a Deus, com oração mais assídua.


Meditará sobre os três deveres das almas pequeninas.


Observará que os deveres de nº. 2 e 3 já integram a vida espiritual de todo cristão consciente e cumpridor de seus deveres.


Restará, pois, aceitar e cumprir a obrigação de pronunciar o Ato de Amor, sem abandonar os deveres de seu estado ou suas devoções particulares.
Iniciará, de imediato, a exercitar-se por algum tempo, sem compromisso formal, pronunciando mais com o coração, o ato incessante de amor: "Jesus, Maria, eu Vos amo, salvai almas!", repetido o dia inteiro, desde o acordar até o adormecer. Em qualquer lugar e em qualquer circunstância, sempre há oportunidade para pronunciar o Ato de Amor, mesmo no desempenho de nossos deveres, no lar, estudo ou trabalho.


Divulgue a Obra, entregando folhetos e esclarecendo os três deveres. Rezem em conjunto o Terço do Amor, continuação do Ato de Amor, pois este se inicia logo ao despertar até o adormecer.


As pessoas que por qualquer motivo não podem tributar a Jesus o Ato de Amor de forma ininterrupta podem participar com o Ato de Amor freqüente. Recorrendo ao auxílio e proteção de Nossa Senhora Menina, quem se propuser seguir este caminho de amor conseguirá entrar em contínua intimidade com Nosso Senhor e não lhe será difícil aumentar cada vez mais o número de vezes em que repetirá o Ato de Amor, até conseguir pronunciá-lo em todos os momentos e em qualquer lugar, hora por hora, minuto a minuto.


Não cometeria pecado, nem mesmo venial, quem, por inadvertência, ainda que voluntária, se descuidasse da prática do Ato Incessante de Amor. Somente se privaria do mérito e dos frutos dos atos de amor omitidos.


Protetores das Almas Pequeníssimas


*Nossa Senhora Menina é a Protetora das Almas Pequeníssimas. Ela é a primeira e a mais perfeita das pequeníssimas. A festa da Natividade de Nossa Senhora é dia 8 de setembro. É a festa das almas pequeninas, a nossa festa.
*São José é o Patrono da Obra e zela para que nada falte. Sua festa é 19 de março.
*Santos Anjos - participam intensamente dos trabalhos da Obra. Festa em 2 de outubro.
Postado por Marcos Ágape às 17:44 Nenhum comentário: Marcadores: ATO INCESSANTE DE AMOR

quinta-feira, 1 de agosto de 2013



Vai começar o Perdão de Assis - Meio-dia de 01 de Agosto - Indulgência da Porciúncula

Salve Maria!
Ao meio dia de hoje, 1 de agosto, começará o "Perdão de Assis", que se estenderá até o entardecer do dia 02 de agosto.
Abaixo o relato do acontecido e as Indulgências da Porciúncula estendidas à humanidade inteira.
Boa Leitura.


Certa noite do mês de Julho de 1216, como acontecia em tantas outras noites, na silenciosa solidão da pequena Igreja da Porciúncula, São Francisco ajoelhado, estava profundamente mergulhado nas suas orações, quando de súbito, uma luz vivíssima e fulgurante encheu todo o recinto e no meio dela, apareceu Jesus ao lado da Virgem Maria sorridente, sentados num trono e circundados por diversos Anjos. 
Jesus perguntou-lhe:“Qual o melhor auxílio que desejarias receber, para conseguir a salvação eterna da Humanidade?”


Sem hesitar Francisco respondeu: “Senhor Jesus, peço-Vos que, a todos os arrependidos e confessados, que visitarem esta Igreja, lhes concedais um amplo e generoso perdão, uma completa remissão de todas as suas culpas.”


“O que pedes Francisco, é um benefício muito grande,”disse-lhe o Senhor, “muito embora sejas digno e merecedor de muitas coisas. Assim, acolho o teu pedido, com uma condição, deverás solicitar essa indulgência ao meu Vigário na Terra.”


No dia seguinte, bem cedinho, Francisco acompanhado de Frei Masseu, seguiu para Perúgia, a fim de se encontrar com o Papa Honório III. Chegando disse-lhe:“Santo Padre, há algum tempo, com o auxílio de Deus, restaurei uma Igreja em honra a Santa Maria dos Anjos. Venho pedir a Vossa Santidade que concedais, nesta Igreja uma indulgência a quantos a visitarem, sem a obrigação de oferecerem qualquer coisa em pagamento (naquela época, toda indulgência concedida a uma pessoa, estava ligada à obrigação dessa pessoa fazer uma oferta), a partir do dia da dedicação da mesma.”


O Papa ficou surpreendido e comoveu-se com o tal pedido. Depois perguntou: “Por quantos anos pedes esta indulgência?”


“Santo Padre, não peço anos, mas penso em muitos homens e mulheres que precisam sentir o perdão de Deus”, respondeu Francisco.


“Que pretendes, em concreto, dizer com isto?” retorquiu o Papa.


“Se aprouver a Vossa Santidade, gostava que todas as pessoas que venham a visitar a Porciúncula, contritos de seus pecados, em “estado de graça”, confessado e tendo recebido a absolvição sacramental, obtenham a remissão de todos os seus pecados, na pena e na culpa, no Céu e na Terra, desde o dia de seu batismo até ao dia em que entre na Porciúncula.”


“Mas não é um costume a Cúria Romana conceder tal indulgência!"


“Senhor, disse o “Poverello”, este pedido não o faço por mim, mas por ordem de Cristo, da parte de quem estou aqui.”


Ouvindo isto o Papa cheio de amor repetiu três vezes:“Em nome de Deus, Francisco, concedo-te a indulgência que em nome de Cristo me pedes.”


Tendo alguns Cardeais, ali presentes, manifestado algum desacordo, o Papa reafirmou: “Já concedi a indulgência. Todo aquele que entrar na Igreja de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, sinceramente arrependido das suas faltas e confessado, seja absolvido de toda pena e de toda culpa. Esta indulgência valerá somente durante um dia, em cada ano, “in perpetuo”, desde as primeiras vésperas, incluída a noite, até às vésperas do dia seguinte.”


A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do mesmo ano de 1216.


A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre a tarde do dia 1 Agosto e o pôr-do-sol do dia 2 Agosto. Em 9 de Julho de 1910, o Papa Pio X concedeu autorização aos Bispos de todo o mundo, só naquele ano de 1910, para que designassem qualquer Igreja Pública das suas Dioceses, a fim de que também nelas, as pessoas recebessem a Indulgência da Porciúncula. (Acta Apostolicae Sedis, II, 1910, 443 sq.; Acta Ord. Frat. Min., XXIX, 1910, 226). Este privilégio foi renovado por um tempo indefinido por decreto da Sagrada Congregação de Indulgências, em 26 março de 1911 (Acta Apostolicae Sedis, III, 1911, 233-4).Significa que, atualmente, qualquer Igreja Católica de qualquer país, tem o benefício da Indulgência que São Francisco conseguiu de Jesus para toda humanidade. Assim ganharão a Indulgência, todas as pessoas que estando em "estado de graça", visitarem uma Igreja nos dias mencionados, rezarem um Credo, um Pai-Nosso e um Glória, suplicando ao Criador o benefício da indulgência, e rezando também, um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória, pelas intenções do Santo Padre. Poderão utilizar a Indulgência em seu próprio benefício, ou em favor de pessoas falecidas ou daquelas que necessitam de serem ajudadas na conversão do coração.


Por outro lado, a Indulgência é "toties quoties", quer dizer, pode ser recebida tantas vezes quantas a pessoa desejar, isto é, em cada ano, fazendo visitas a diversas Igrejas das 12 horas do dia 1 de Agosto até o entardecer do dia 2 de Agosto.




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