domingo, 29 de dezembro de 2013

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - CAPÍTULO III PRINCÍPIOS DOS ESCRÚPULOS


TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - CAPÍTULOIII PRINCÍPIOS DOS ESCRÚPULOS

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TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854




CAPÍTULO III
PRINCÍPIOS DOS ESCRÚPULOS


Se tomarmos a tentação do escrúpulo separada do consentimento, achamos que ela deve a sua origem a vários princí­pios; às vezes vem de nós mesmos, do nos­so próprio fundo, de um princípio inte­rior e natural, e às vezes vem de fora, de um princípio exterior e violento, do de­mônio; outras vezes, enfim, vem do alto, pela permissão do próprio Deus.



1.º- O nosso próprio fundo é, muitas ve­zes, a única fonte do escrúpulo, que nas­ce ora de um temperamento frio, me­lancólico e naturalmente disposto à dú­vida e ao temor; ora de um temperamen­to fleumático ou de uma imaginação de­masiado viva, ou de fragilidade ou de pe­quenez de espírito; de uma falsa idéia que se forma de Deus, de Sua justiça, da Sua conduta para com as Suas criaturas; às vezes, de austeridades demasiadamen­te grandes, da frequentação de pessoas escrupulosas; não raro, do orgulho, que produz a obstinação; outras vezes, da ig­norância, que resiste àquilo que ela não sabe; da leitura de livros teológicos ou demasiadamente eruditos, que só deixam no espírito aquilo que pode embaraçar, embora lisonjeando o amor-próprio que pretende compreender tudo e tudo sa­ber. O escrúpulo vem também da falta de discernimento entre o pecado mortal e o pecado venial, entre o pensamento e a re­flexão, entre a inclinação e a vontade, entre a negligência e o consentimento; vem, muitas vezes, de um grande esquentamento de cabeça que dá uma tensão forte às fibras do cérebro, e que com isso torna a pessoa susceptível de diversos mo­vimentos, de diversos pensamentos confu­sos; ou vem da timidez natural, que facilmente se alarma, ou da vivacidade da imaginação, que pinta vivamente tudo o que se receia, ou, enfim, de um desejo excessivo de certeza naquilo que concerne à salvação.


2.º- A tentação do escrúpulo vem, não raras vezes, de um princípio exterior e vio­lento, quero dizer, do demônio. É o sen­timento de Santo Antonino, de Cajetan e de todos os teólogos. Isso sucede princi­palmente quando a pessoa escrupulosa não tem os defeitos naturais de que acabamos de falar, mas, ao contrário, tem o espírito bom, esclarecido, e os humores bastante temperados. Os escrúpulos vêm também do demônio, quando empolgam uma alma com tal impetuosidade que ela não pode resistir, e quando lhe representam os objetos com uma vivacidade sobre-hu­mana. É esse um indício de um princípio extraordinário e violento; porquanto a na­tureza age mais brandamente e perma­nece senhora de si mesma quando quer. Se o inimigo das almas as aflige pelas tentações, é que quer fazê-las cair em todos os desregramentos que diremos ao falarmos dos maus efeitos produzidos pe­los escrúpulos.


3.º- Em certo sentido pode-se dizer que Deus é, às vezes, a causa dos escrúpulos, por isto que, tirando o bem do mal, se serve deles, numa conduta misericordiosa, para fazer progredir ou para castigar as almas. Sem dúvida, Ele não é o princípio e o autor das nossas ilusões; mas, por vistas reservadas à Sua suma sabedoria, Ele não dá as luzes que as dissipariam. Por esta privação de luzes, Deus pune certas almas, faz-lhes expiar as suas infi­delidades, como vemos que Ele punia ou­trora os Egípcios enviando-lhes um espí­rito de aturdimento e de vertigem que os fazia errar em todas as suas obras e cambalear como um homem ébrio: Dominus miscuit in medio ejus spiritum vertiginis, et errare fecerunt Egyptum in omni ope­re suo, sicut errat ebrius et vomens (Is 19, 14).


Deus permite, principalmente, esta ten­tação para punir os soberbos; às vezes Ele sofre que potências cheias de luz e de capacidade para conduzir os outros se tor­nem cegas e incapazes de conduzir-se a si mesmas, e permite-o quer para man­tê-las na humildade, quer para lhes en­sinar, por sua própria experiência, a con­duta que devem seguir para com os ou­tros. Por esse meio, ainda, Deus reanima o fervor e o zelo nas pessoas tíbias, e dis­põe certas almas para as mais altas vir­tudes, porque esse estado as confunde, lhes faz perder a confiança em si mesmas, as coloca na trilha dos méritos, fazendo-lhes procurar, não as consolações de Deus, po­rém o Deus das consolações. Foi assim que Santa Teresa e tantos outros foram elevados ao auge da perfeição.


Deus serve-Se também dos escrúpulos, não como um remédio para curar o mal que já se fez, mas como um antídoto para prevenir o mal que se poderia fazer, con­soante o pensamento de S. Gregório sobre Job:Nonnunquam quisque percutitur, non ut praeterita corrigat, sed ne ventura committat. Era assim que Ele provava S. Paulo, com medo de que a grandeza das Suas revelações cansasse a este sentimen­tos de elevação.


Enfim, muitas vezes Deus Se serve dos escrúpulos como de um crisol para purifi­car nele ainda mais as almas, e para lhes aumentar o mérito, como muito bem o diz o célebre João de Jesus Maria, geral dos Carmelitas, no seu Tratado da Oração. É também o que S. João da Cruz confirma no capítulo quarto da sua Noite escura, onde diz: “Quando Deus quer admitir uma alma à perfeita união e à noite do espí­rito, fá-la passar por trabalhos espanto­sos: ora permite que ela seja afligida pe­lo espírito de fornicação, que ateia um fogo infernal na carne; ora pelo espírito de blasfêmia, que põe na boca palavras que a gente não ousaria pronunciar; ora pelo espírito de vertigem, que obscurece a alma por mil escrúpulos e perplexidades; o que, diz ainda o mesmo santo, faz um dos mais rudes aguilhões, um dos mais tristes horrores dessa noite”. Eis aí por que Deus permite que os Seus melhores amigos sejam às vezes atormentados por escrúpulos. Que este pensamento console as almas que passam a vida nessa espécie de purgatório; que as excite a suportar pacientemente essa provação.


Conquanto a tentação do escrúpulo ve­nha, as mais das vezes, do demônio, é no entanto verdadeiro que o consenti­mento no escrúpulo vem sempre do es­crupuloso; vem da sua imaginação viva e mal fortificada, que recebe sem distinção todos os fantasmas que se lhe apresentam, ao invés de rejeitar os que são con­trários à razão; vem do seu entendimento desregrado, que se conduz pelos movimen­tos de uma imaginação escaldada, em vez de conduzir-se pelas luzes da razão e da fé. Vem ainda do amor desregrado que ele tem a si mesmo; vem, enfim, de não sa­ber ele compreender os bons conselhos tais como os que daremos em falando dos meios de curar os escrúpulos.


Os escrúpulos de temperamento fazem-se ordinariamente conhecer por uma me­lancolia profunda, por uma timidez exces­siva em todas as coisas, por uma vã su­tileza que chicaneia sobre tudo, por uma obstinação, por uma teimosia que os faz sempre voltar às suas primeiras idéias, e que impede as melhores idéias de lhes repontar na mente; donde resulta uma grande indocilidade que não lhes permite render-se à verdade.


Conhece-se que os escrúpulos vêm do demônio por um negror particular que lhes aparece nos efeitos; eles arrefecem sempre a alma para o bem, e dão-lhe aversão a este; representam-lhe os seus males como incuráveis, e inspiram-lhe sentimentos de desespero; enfim, fazem-na cair numa estranha contradição consigo mesma, de sorte que ela se proíbe, como gravíssimas, coisas leves, e permite-se sem remorso outras, às vezes, muito criminosas.


Para reconhecer os escrúpulos que vêm de Deus, deve-se prestar atenção aos mo­tivos que os fazem nascer e aos efeitos que eles produzem. O motivo deles é um grande temor de ofender a Deus; e, em­bora esse temor exceda os limites, todavia parte de um bom princípio que, no fundo, é a caridade. Os seus efeitos são: um hor­ror mais sensível ao pecado, uma fuga exata das ocasiões, uma reforma sempre mais perfeita da vida passada, esforços mais generosos para avançar na virtude.



A duração desses escrúpulos, diz o au­tor da Ciência do confessor, não é, ordiariamente, muito longa: mal Deus vê que essas almas de escol estão bastante depuradas e que as uniu perfeitamente a Si, segundo a sua promessa Ele dissipa a tempestade que as agitava, e faz-lhes de­gustar uma calma profunda. Non dabit in aeternum, fluctuationem justo (Sl 54).
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TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - CAPITULO - DIFERENTES ESPÉCIES DE ESCRÚPULOS. SEUS OBJETOS.


TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - CAPITULOII - DIFERENTES ESPÉCIES DE ESCRÚPULOS. SEUS OBJETOS.

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TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854





CAPITULO II
DIFERENTES ESPÉCIES DE ESCRÚPULOS. SEUS OBJETOS.


Podem-se distinguir diversas espécies de escrúpulos: uns são em matéria de fato, e outros em matéria de direito. Há escrúpulo em matéria de fato quando, por exemplo, a pessoa receia ter consentido num mau pensamento, não haver confes­sado bem um pecado, ou ter esquecido al­guma circunstância, etc. Há escrúpulo em matéria de direito quando, por exemplo, se acredita que há pecado quando não o há; que uma coisa é proibida, quando não o é; que uma ação é culposa, posto que o não seja.

Há escrúpulos em matéria grave quan­do, por exemplo, se receia que uma ação que se fez ou que se deve fazer seja pe­cado mortal; donde vem que, depois de a haver feito, a pessoa se considera como um inimigo de Deus e como objeto de sua aversão. Há-os em matéria leve quando se receia que uma ação que se fez ou que se quer fazer, mesmo a mais inocente, é desa­gradável a Deus, e se considera a Deus como um amo severo, sempre irritado e descontente, que só tem para o escrupu­loso censuras e ameaças, e que breve deve abandoná-lo para puni-lo das suas infide­lidades.


Há, finalmente, a tentação do escrúpulo e o consentimento na tentação. A tenta­ção consiste no temor e na angústia que empolgam o coração do escrupuloso e lhe fazem ver pecado onde absolutamente não o há. O consentimento na tentação consis­te em que o escrupuloso, em vez de resis­tir aos seus escrúpulos, a eles se deixa arrastar, escuta-os, examina-os e rola-os cem e cem vezes na mente, embora fique sempre igualmente embaraçado. Final­mente, deixa-se ele persuadir de haver pecado, e não tem repouso enquanto não depositar o seu escrúpulo aos pés de um confessor. — Eis agora os principais ob­jetos dos escrúpulos:


1.º- As orações. — Os escrupulosos tor­turam-se no tocante à maneira como fa­zem as suas orações: desatenção, distra­ções, omissões, dissipação, tibieza; ra­cham a cabeça, enleiam-se, acabrunham o espírito com isso; e tantos esforços, ao invés de lhes afastar os temores, só são próprios para produzi-los em turba.


2.º- As confissões. — Quantas inquieta­ções não têm os escrupulosos sobre as suas confissões passadas! que desejos de reiterá-las incessantemente! que tormentos e são impedidos disso! Confissões gerais, confissões anuais, confissões particulares, confissões sem dor, confissões sem fruto, eis aí outras tantas inquietações que roem os escrupulosos.


3.º- correções fraternas. — Menos há­beis não são eles em forjar mil quimeras no tocante às maledicências ouvidas, às maledicências repetidas, às maledicências não impedidas, do que sobre a curiosidade excessivamente grande para com a con­duta do próximo, e sobre o excesso de co­vardia em repreender os que fazem mal.


4.º- Os motivos das ações. — Novo mo­tivo de aflição e de tristeza para o escru­puloso: o motivo das ações, sobretudo nas coisas indiferentes e de conselho. O gran­de desejo que eles têm, de referir tudo à glória de Deus, leva-os a crer que eles nun­ca têm intenção pura, e que só têm inten­ções contrárias. Se dão esmola, imaginam ser por vaidade; se comem, é por sensuali­dade, etc.


5.º- Sobre a predestinação. — O quin­to objeto dos escrúpulos, pelo qual as al­mas são trabalhadas, é dos mais desola­dores, porque lhes abate o ânimo lan­çando-lhes trevas no espírito. O escrupu­loso não compreende o mistério da pre­destinação; procura compreendê-lo; acre­dita-se reprovado, e ei-lo sem coragem, caindo às vezes numa espécie de demên­cia.


6.º- As perguntas perigosas que ele se faz a si mesmo. — O escrupuloso lança-se de vez em quando em tentações delicadíssi­mas, pelas perguntas perigosas que faz a si mesmo: Que faria eu se me achasse em tal ou tal caso? Estaria disposto a cumprir o meu dever, a derramar o meu sangue, etc., etc.? E sobre isto se ator­menta, e julga-se culpado daquilo que ima­gina haver entrevisto nas suas disposições.

7.º- Das tentações. — Quem não sabe que o escrupuloso teme sempre haver consen­tido em molestas tentações que o demô­nio lhe suscite? Ele confunde o senti­mento com o consentimento, a tentação com a vontade; daí um motivo inesgotá­vel de perturbações.
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TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - PARTE 1: DEFINIÇÃO E NATUREZA DOS ESCRÚPULOS, SEUS SINTOMAS.


TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA- PARTEI: DEFINIÇÃO E NATUREZA DOS ESCRÚPULOS, SEUS SINTOMAS.

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854




I- DEFINIÇÃO E NATUREZA DOS ESCRÚPULOS, SEUS SINTOMAS.


O escrúpulo, diz Santo Afonso de Ligório, não passa de um vão temor de pe­car causado por apreensões que não têm motivo algum.


Por sua vez, Bergier diz que o escrú­pulo é uma pena de espírito, uma an­siedade de alma que faz que a pessoa creia ofender a Deus em todas as suas ações e nunca se quitar dos seus deveres assaz perfeitamente.
Enfim, o escrúpulo, dizem os autores da Ciência do confessor, é uma dúvida que não é fundada, ou que só o é mui ligei­ramente, e que perturba a consciência e a enche de inquietações. É um vão ter­ror, um receio extremado de achar pecado onde realmente não o há, nascendo daí na alma uma angústia que a torna irresoluta e inquieta.

O escrupuloso, pois, como diz o P. Quadrupani nas suas instruções, só vê uma série de pecados em todas as suas ações, e em Deus vingança e cólera.


Ora, esse temor de pecar ou de haver pecado em tudo e a toda hora, esse con­tínuo pavor que só repousa nos mais fra­cos indícios, enche entretanto o coração de angústias e de perplexidades, falseia o juízo, destrói a paz interior, gera a des­confiança e a tristeza, afasta dos sacra­mentos, altera a saúde do espírito e até mesmo a do corpo. Nada é mais nocivo, diz ainda S. Afonso de Ligório, naquele que tende à perfeição e que se deu a Deus, do que os escrúpulos. “Essas almas são loucas, dizia Santa Tereza, pois, com os seus escrúpulos, acabarão por não mais ousar dar um passo na trilha da perfei­ção”.


Todavia, não se deve confundir a dúvida com o escrúpulo, nem o escrúpulo com a consciência timorata. Na dúvida, a alma, por prudência, julga dever ficar indecisa entre dois partidos, atendendo às razões de ambas as partes que lhe parecem con­trabalançar-se. O mesmo já não se dá com o escrúpulo. Se o temor não dominasse o escrupuloso, ele acharia bastantes luzes em si mesmo para se resolver e para jul­gar que o oposto do escrúpulo é mais pro­vável. Aliás, a dúvida propriamente dita não inquieta nem aflige o espírito, ao pas­so que o escrúpulo se torna o tormento incessante do escrupuloso. A razão desta diferença é, aliás, fácil de apreender: é que a dúvida tem um fundamento ao menos aparente, e o escrúpulo não o tem; o que faz os teólogos dizerem que nunca é lícito agir contra a consciência duvidosa, e que, ao contrário, se pode e se deve agir contra o escrúpulo, como se verá mais adiante.


Pessoas há que, confundindo o escrúpulo com a delicadeza de consciência, conside­ram-no como uma virtude, enganam-se estranhamente; porquanto, longe de ser uma virtude, ele é um defeito, e dos mais perigosos. O sábio e piedoso Gerson não se arreceia de avançar que, muitas vezes, uma consciência escrupulosa prejudica mais a alma do que uma consciência de­masiado fácil e por demais relaxada.


Também se confunde amiúde a cons­ciência timorata com a consciência escru­pulosa; a diferença é, entretanto ; bem de­finida. A consciência timorata evita os menores pecados, com juízo e tranquili­dade; a escrupulosa, ao contrário, age sem fundamento, com perturbação e inquieta­ção; o que faz que esteja sempre agitada e transtornada.

Eis aqui os sinais ou sintomas pelos quais se conhecem as almas escrupulosas:

1.º Recear incessantemente, nas suas confissões, não ter uma verdadeira dor; 2.º recear pecar nas menores coisas, como, por ex., fazer um juízo temerário, faltar à caridade ou ceder aos maus pensamen­tos; 3.º, ser inconstante nas suas dúvi­das, mudar incessantemente de sentimen­to sob a mais leve aparência, julgando uma mesma ação ora lícita, ora ilícita; 4.º fartar-se frequentemente de reflexões minuciosas e mesmo extravagantes sobre as mais ligeiras circunstâncias das suas ações; 5.º, não se ater, sobre isso, ao pa­recer do seu confessor, e mostrar muito apego ao próprio senso; consultar várias pessoas, pesar-lhes as razões, e só se ater a si mesmo; 6.º, agir com ansiedade, com certa perturbação que tira a atenção e o discernimento, que embaraça a liberdade e retém a alma cativa. Tais são os princi­pais sintomas das consciências escrupulo­sas. Mas a quem é que pertence pronun­ciar-se em semelhante matéria? Ao con­fessor; porquanto o escrupuloso nunca acredita que o é; acredita sempre que os seus escrúpulos são verdadeiros pecados. Está na sombra, não vê a sua consciência: só o juiz espiritual é que pode vê-la; e é por isto que o penitente deve seguir-lhe os conselhos, e, se for reconhecido como escrupuloso, deixar-se tratar como aco­metido desta moléstia. Pelo contrário, se quiser decidir por si mesmo, quanto mais quiser tranquilizar-se tanto mais se perturbará e se porá em risco de perder-se.
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013






VIRGEM MARIA ADORANDO JESUS EUCARÍSTICO, SEU FILHO...
 Prof. Felipe Aquino
A Maior História de Amor

Antes que Eu criasse o mundo e todas as coisas, Eu já pensava em você...

Eu já o conhecia pelo nome e desejava que você viesse ao banquete da vida. Queria que você participasse da Minha Vida e desfrutasse de toda a riqueza da Minha divindade...

Foi por isso que Eu o criei. Eu o teci no ventre de sua mãe, cuidadosamente, e o amei com amor eterno.

Eu o fiz à Minha semelhança para que você pudesse compartilhar Comigo de todos os Meus bens inefáveis. Dei-lhe faculdades e potências que não coloquei em nenhum dos outros seres criados: inteligência, vontade, memória, consciência, capacidade de amar; de sonhar; de sorrir; de chorar, de cantar; de falar...

Não sei se você já percebeu que você é o único ser vivo capaz de sorrir, abraçar e derramar lágrimas de emoção diante da dor e do belo.

Como Eu fiz você belo!

As pedras não sonham como você, as árvores não falam como você e os animais não podem sorrir e cantar como você. Só a você Eu permiti que fosse assim tão cheio de dons, porque só você foi feito à Minha Imagem.

Eu o fiz para Mim.Eu o fiz para viver Comigo sempre, na terra e no céu. Eu sou o Seu Senhor. Você é Meu.

Sou louco de amor por você e não aceito perdê-lo(a) de forma alguma, porque você é Minha criatura predileta, Minha glória sobre a terra, Minha maior honra.

Eu o amei tanto que quis lhe dar o maior dom: a liberdade.
Meu amor por você exigia que Eu o fizesse livre, capaz de decidir pela inteligência, e não escravo dos instintos como os animais irracionais.

O amor exige que se dê a liberdade!

Eu sabia que você poderia usar mal desta liberdade. Eu sabia, sim, que você poderia até Me rejeitar, Me abandonar e não querer ouvir a Minha voz e nem ouvir os Meus conselhos... e até me virar as costas. Mas, se Eu não lhe desse a liberdade, você não seria Minha Imagem; seria apenas como um robô ou como uma marionete. Por isso Eu o fiz livre. Não quis você limitado e frio como um computador ou como um tele-guiado.

Na verdade, fiquei desesperado quando você Me rejeitou, Me abandonou e achou que podia ser feliz sem Mim. Fiquei angustiado quando você matou em si mesmo a vida eterna que lhe dei, separando-se de Mim que sou a fonte da Vida. Sofri demais quando você virou-Me as costas e abandonou o céu e a Mim para sempre.

Então, no Meu amor infinito por você, resolvi vir ao mundo para salvá-lo.

Me fiz como você, de carne e osso. Nasci de uma santa mulher, que o Pai tinha escolhido e preparado desde a eternidade. Eu assumi a sua natureza humana e nela escondi a Minha divindade para poder falar com você e mostrar-lhe ansiosamente o Caminho da vida.

E depois, depois de lhe ter mostrado todo o Meu amor, com Minhas palavras e milagres, quis amá-lo até o extremo Sacrifício, para que você nunca duvidasse do meu amor por você.

Como disse uma vez ao Meu querido filho Santo Antônio: "Eu vim até você para que você pudesse voltar para Mim".

Feliz Natal!
Do livro – Em busca da perfeição, www.cleofas.com.br)

sábado, 21 de dezembro de 2013




SOBRE O NATAL...


Passei diante de um escritório. Estava enfeitado para o Natal. Não havia imagem do Menino Jesus, nenhum símbolo religioso. Nada. Havia luzes, uma árvore da Natal e uma guirlanda com um Papai Noel no centro; em baixo, em dourado, bem grande, a palavra “paz”... De que paz estão falando? Que paz estão pensando? Que paz um bizarro e inexistente Papai Noel pode trazer? Que Natal se celebra quando não se celebra Cristo?

Arte de nossa sociedade pagã e vulgar: a capacidade de banalizar tudo, de festejar tudo sem celebrar nada! As luzes do Natal, que significam de profundo? Nada! As mensagens de Natal, com palavras gastas: paz, amor, realizações, felicidade, prosperidade, sonhos... Que significam, além de vagos desejos e sentimentos açucarados? Nada! Os eventos natalinos: ceias, presentes, roupas novas, reuniões familiares? Que estarão simbolizando? Nada!
Sem Jesus não há Natal. Sem Ele o Natal é uma mentira; apenas mais uma comemoração de nada para dar a ilusão de que estamos de bem com a vida... Sem Jesus, que fazer com a vida, a doença, a fome de tantos, a tristeza, a solidão, as feridas de nosso coração, nossas derrotas, nossos fracassos e os problemas de nossa existência? Sem Jesus, que fazer com a morte que, cedo ou tarde, enfrentaremos?
O Ocidente encheu este período de uma atmosfera de doçura, bondade, esperança e amor. Cânticos belíssimos foram compostos; símbolos e costumes sublimes foram criados... Mas, tudo isso tinha um sentido, era expressão de um profundo estado interior: o Ocidente sabia que o mundo tinha um sentido e uma esperança: Aquele Menino que nasceu em Belém, que é Deus perfeito e homem perfeito. Sabia-se claramente que ele nos trouxera a salvação porque nos trouxera o sentido da vida e a vitória sobre a morte. Sabia-se bem que esse Menino é sinal de contradição e que segui-lo requer maturidade, amor, renúncia...
Os presentes recordavam que em Jesus Deus se fez presente; o pinheiro de Natal recordava que a vida veio ao mundo no ventre da Sempre Virgem Maria; as luzes nos diziam a Luz do mundo que dissipou a treva do pecado e da morte, a ceia natalina nos falava da Eucaristia e do desejo de participar do Banquete do Reino que esse Menino nos abriu. E o amor, a paz, a harmonia de que se falavam nasciam da paz desse Menino.
Mas, agora, sem o Menino, tudo isso não passa de ilusão, de consumismo, de mais uma fantasia tola. Assim vai nossa sociedade: de futilidade em futilidade, de vazio em vazio...
Mas, para os que creem no Menino e nos Seus passos aprumam sua vida, para esses o Natal ainda é uma doce verdade. A esses, feliz Natal! Para os demais, com toda amizade e sinceridade de coração, um bom 2014.  DOM HENRIQUE SOARES

sábado, 14 de dezembro de 2013


FAZEMOS NOSSAS ESSAS PALAVRAS
"Eu espero nunca ter ensinado nenhuma verdade que não tenha aprendido de Vós. Se, por ignorância, fiz o contrário, eu revogo tudo e submeto todos meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana"
(Sto. Tomás de Aquino).
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sábado, 14 de dezembro de 2013

Escapulário Marrom de Nossa Senhora do Carmo
Segundo a Tradição no dia 16 de julho, há 750 anos, o mais extraordinário penhor de salvação jamais dado ao homem — o Escapulário do Carmo — era entregue a São Simão Stock.

Segundo ele próprio relatou ao Pe. Pedro Swayngton, seu secretário e confessor, de repente “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me: ‘Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno’...”. 
A partir da Aparição de Nossa Senhora a São Simão Stock, esta devoção Mariana foi se espalhando por toda parte e tornando-se uma devoção muito popular. 

O Papa Pio XII escreveu uma Carta Apostólica, dizendo: “Na verdade, não se trata de um assunto de pouca importância, mas trata-se da consecução da vida eterna em virtude da promessa feita, segundo a tradição, pela SS. Virgem. A importância do santo Escapulário como uma veste Mariana, é prenda e sinal da proteção da Mãe de Deus. Mas que não pensem aqueles que se revestem do Escapulário que possam alcançar a salvação eterna, entregando-se à inércia e à preguiça espiritual" (Pio XII, 6 de março de 1950). 

Dois são os privilégios da irmandade do escapulário, privilégios deveras extraordinários, que mereceram à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão.

Além dessa graça específica da salvação eterna, ligada ao Escapulário, Nossa Senhora concedeu outra, que ficou conhecida como privilégio sabatino, segundo o qual:

“Todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em vida usado o escapulário, conservado a castidade própria do estado, recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora” (Bula sabatina de João XXII. 3, III 1322)

Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII.

“A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se limitou a cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria Celestial”.


Para se tornar membro da Irmandade

É necessário que se cumpra as seguintes condições: 

1. Inscrição no registro da Irmandade.

2. Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente.

3. Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória. As bulas pontifícias nada prescrevem a este respeito desde o princípio, porém, se tem observado a praxe de fazer essas devoções diárias.

4. O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de carnes nas quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em outras equivalentes.

5. Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade respectiva. Não se exige para eles a cerimônia da recepção e da inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem rezar diariamente algumas orações em honra de Maria Santíssima. (4-1-1908).

A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é enriquecida de muitas indulgências, podendo todas ser aplicadas às almas do Purgatório, com exceção da indulgência plenária na hora da morte.


Como receber e usar o Escapulário

1 - Qualquer padre tem poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.

2 - Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.

3 - Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.

4 - Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.

5 - Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.

6 - Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.

7 - Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.

8 - O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.



Onde encontrar o Escapulário: http://edicoescristorei.blogspot.com.br

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Meios para conservar a graça de Deus.

Non omnis qui dicit mihi: Domine, Domine, intrabit in regnum coelorum; sed qui facit voluntatem Patris mei, qui in coelis est — “Não todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas sim o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Matth. 7, 21).


Sumário. Para a salvação não basta a resolução de não mais ofendermos a Deus, é indispensável também empregar os meios para isso. Estes são: o evitar as ocasiões, a frequência dos sacramentos, a oração mental, a devoção à Santíssima Virgem. É sobretudo necessária a oração contínua, recorrendo sempre a Jesus e Maria e invocando os seus santos nomes, especialmente no tempo das tentações. Quem fizer assim, certamente se salvará; quem não o fizer, certamente se condenará. Oh, quantos estão agora a arder no inferno, apesar da boa vontade de se salvarem!


I. É necessário, a quem quiser verdadeiramente salvar-se, robustecer e renovar continuamente a sua resolução de nunca mais se separar de Deus, repetindo muitas vezes esta máxima dos santos: Antes perder tudo que perder a Deus. Mas não basta só a resolução de O não perder mais, é indispensável também empregar os meios para O não perder.


O primeiro meio é evitar as ocasiões. O que não procura evitar as ocasiões do pecado, especialmente no tocante aos prazeres sensuais, cairá necessariamente no pecado, ainda que tenha feito mil propósitos e mil promessas a Deus. Demonstra-o cada dia a desgraça de tantas pobres almas, caídas por não terem evitado as ocasiões. Pelo que São Filipe Neri dizia: Na guerra com os sentidos só são vencedores os poltrões que fogem.


O segundo meio é a frequência dos sacramentos da confissão e da comunhão. Casa que se varre muitas vezes não pode deixar de ser asseada. A confissão conserva a alma pura, e alcança não só a remissão das faltas, mas também a força para resistir às tentações. — A comunhão é chamada pão celeste, porque, assim como o corpo não pode viver sem o sustento terrestre, assim a alma não pode viver sem este alimento celeste. Eis porque Jesus Cristo disse: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.” (1) Pelo contrário, a vida eterna é prometida ao que come muitas vezes este pão divino: Si quis manducaverit ex hoc pane, vivet in aeternum (2) — “Se alguém comer deste pão, viverá eternamente”.


O terceiro meio é a meditação ou oração mental. Memorare novissima tua, et in aeternum non peccabis (3) — “Lembra-te de teus fins últimos, e nunca pecarás”. O que não perder de vista as verdades eternas, a morte, o juízo, a eternidade, não cairá no pecado. Na meditação Deus nos ilumina, fala conosco e ensina-nos o que temos a evitar e o que temos a fazer. Numa palavra, a meditação é essa doce fornalha na qual se acende o fogo do amor divino: In meditatione mea exardescet ignis (4).


Enfim, como já muitas vezes se tem observado, para nos sustentarmos na graça de Deus, é absolutamente necessário rezar e pedir as graças de que temos necessidade. O que não pratica a oração mental, dificilmente reza, e não se rezando, é certa a perda.


II. É preciso, portanto, empregar os meios para nos salvarmos e passarmos uma vida regrada. Pela manhã, ao levantar, depois do sinal da cruz, façamos os atos cristãos de agradecimento, de amor, de oferecimento e bom propósito, como uma oração a Jesus e a Maria, para nesse dia nos preservar do pecado. Façamos depois a meditação e assistamos à missa. No correr do dia façamos uma leitura espiritual, uma visita ao Santíssimo Sacramento e à divina Mãe. À noite rezemos o Terço e examinemos a nossa consciência, indagando se o Senhor pode estar contente com o modo por que nos houvemos durante o dia. — Devemos sobretudo pedir sempre a Deus a santa perseverança e especialmente na hora das tentações, invocando então mais freqüentemente os santíssimo nomes de Jesus e Maria, enquanto persistir a tentação. Se fizerdes assim, ficai certos que vos salvareis, e se não o fizerdes, tende a certeza de que vos condenareis. Oh! Quantos ardem agora no inferno, porque à boa vontade de se salvarem não uniram o uso dos meios necessários!


Meu querido Redentor, agradeço-Vos as luzes que me dais, e os meios que me fazeis conhecer para me salvar. Prometo praticá-los constantemente; ajudai-me a ser-Vos fiel. Vejo que me quereis salvo, e eu quero salvar-me principalmente para agradar ao vosso Coração, que tanto deseja a minha salvação. Não, meu Deus, não quero mais resistir ao amor que me tendes. Por esse amor me suportastes com tamanha paciência, quando Vos ofendia. Convidais-me a amar-Vos e eu não desejo outra coisa senão amar-Vos.


Amo-Vos, Bondade infinita, amo-Vos, Bem Infinito. Ah! Pelos merecimentos de Jesus Cristo Vos rogo que não permitais que Vos seja ainda ingrato: ou ponde fim à minha ingratidão, ou fim à minha vida. Senhor, começastes a obra, completai-a agora: Confirma hoc, Deus, quod operatus es in nobis (5). Dai-me luz, dai-me força, dai-me amor. — Ó Maria, vós, que sois a tesoureira das graças, socorrei-me. Declarai-me vosso servo, como quero ser, e rogai a Jesus por mim. Depois dos merecimentos de Jesus Cristo, são as vossas orações que me devem salvar. (II 147.)


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1. Io. 6, 54.
2. Io. 6, 52.
3. Ecclus. 4, 70.
4. Ps. 38, 4.
5. Ps. 67, 29.


(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 446-449.







SANTO DO DIA   -  Santa Bárbara 

Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Por Cristo, nosso Senhor. Amém