quarta-feira, 14 de maio de 2014





Amigo, veja com atenção estas palavras de São Perdro Crisólogo, Bispo do século V:

"Ó inaudito mistério do sacerdócio cristão, em que o ser humano é para si mesmo vítima e sacerdote!
O ser humano não precisa ir buscar fora de si a vítima que deve oferecer a Deus; traz consigo e em si o que irá sacrificar a Deus.
Permanecem intactos tanto a vítima como o sacerdote; a vítima é imolada mas continua viva, e o sacerdote que oferece o sacrifício não pode matar a vítima!"


O santo Bispo aqui explica que nós mesmos, cristãos, devemos nos oferecer como sacrifício vivo, agradável a Deus.
Pergunta-se: o Bispo de Ravena está negando o sacerdócio ministerial e o Sacrifício eucarístico tornado presente no Sacrifício da Missa?

De modo algum! É só ler outros textos do mesmo Doutor!

O que o santo Bispo deseja exprimir aqui é que, precisamente por sermos uma só coisa com Cristo pelo Batismo (e Crisma) e pela comunhão no Corpo eucarístico do Senhor, Sacerdote e Vítima verdadeiro e perfeito, nós, em Cristo e com Cristo morto e ressuscitado, podemos e devemos fazer da nossa vida um sacrifico racional, como diz a Escritura Santa no capítulo 12 da Epístola aos Romanos.

Assim, celebrar digna e frutuosamente o Mistério pascal é ir configurando sacerdotalmente nossa inteira existência ao Cristo Pascal, no Seu mistério de Imolação, Morte e Ressurreição.

segunda-feira, 5 de maio de 2014




Na Liturgia Latina, o mais belo e significativo símbolo pascal é o Círio. Ele simboliza o próprio Cristo ressuscitado. 
Em geral, não é muito valorizado por falta de catequese litúrgica, mal gravíssimo da Igreja latina atual. 
Nunca se deve, no âmbito da Liturgia, utilizar uma imagem de Cristo Ressuscitado. Numa procissão sim, pois não se trata de um ato litúrgico, mas gesto da religiosidade popular. 
Por que representar o Ressuscitado por uma vela gigante? 
Nos evangelhos, o Cristo ressuscitado não pode ser descrito ou representado: Seu aspecto é glorioso, Ele não pode mais ser visto, apreendido pelos sentidos, a não ser que Se faça ver. O Ressuscitado não voltou a esta vida, ao estado e à fisionomia que tinha antes, nos dias de Sua humilhação. Ele agora é Senhor, é Adon, como o Adonai, o Senhor Deus, Ele agora é Kyrios! Por isso mesmo a Igreja O representa no Círio, para deixar claro que Ele agora é todo Misterioso, todo Senhor glorioso na Sua santíssima humanidade divinizada. O Círio Pascal! 
Virgem, como é Virgem o Ressuscitado, Novo Adão, Princípio da nova criação. 
Nele se inscrevem o Alfa e o Ômega, primeira e última letras do alfabeto grego, pois o Ressuscitado é Princípio e Fim da história e de todas as coisas. 
Uma grande cruz com cinco cravos domina todo o Círio, pois a Ressurreição é fruto da Paixão, de modo que o Ressuscitado traz e trará para sempre no Seu corpo glorioso as gloriosas chagas, como troféus. 
Vem também inscrito os algarismos do ano em curso, pois, na Santa Liturgia, o Mistério Pascal torna-se presente, continuamente contemporâneo a cada geração de cristãos e atuante na vida da Igreja. A Igreja e cada cristão encontram realmente, na Liturgia pascal, o Vencedor da Morte, feito Senhor e Cristo! 
O fogo que consome o Círio e ilumina as trevas é símbolo do próprio Espírito Santo, no qual o Pai ressuscitou o Filho Amado; Espírito que vivifica, aquece, ilumina! É este Espírito o grande Dom que o Ressuscitado faz continuamente à Sua Igreja, vivificando-a, iluminando-a, aquecendo-a de Vida divina e transfigurando-a como presença do Reino de Deus neste mundo e semente de Vida Eterna. 
Por isto mesmo, o Círio deve ser conservado com respeito sagrado. Será sempre incensado ao início das missas de Tempo Pascal nas quais se use o incenso (não é incensado nem ao Evangelho nem ao ofertório). 
Deve ficar próximo ao ambão, como sinal eloquente da luz de Cristo ressuscitado que ilumina as Escrituras. 
Somente é retirado após as segundas vésperas da Solenidade de Pentecostes. Deve ser, então, colocado no Batistério, ao lado da pia batismal. 
Existe um belo costume de se retirar alguns fragmentos da cera do Círio e colocá-los num pequeno relicário precioso - de ouro ou prata - que é levado no pescoço, como medalha, em geral com a imagem do Cordeiro do Apocalipse, e se chama Agnus Dei. Que bela relíquia: um pequeno fragmento da cera do Círio, imagem Daquele que esteve morto, mas agora vive e vivifica para sempre!

sábado, 3 de maio de 2014

ORAÇÕES PARA A DEVOÇÃO DO MÊS DE MARIA - 2014





V. Deus in adjutorium meum intende. 
R. Domine, ad adjuvandum me festina. 
V. Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto. 
R. Sicut erat in principio et nunc et semper et in secula saeculorum. Amen.


Invocação ao Espírito Santo
Veni, Sancte Spiritus, reple tuorum corda fidelium et tui amoris in eis ignem accende. 
V. Emitte spiritum tuum et creabuntur. 
R. Et renovabis faciem terrae. 


Oremus 
Deus qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti; da nobis in eodem Spiritu recta sápere, et de ejus semper consolatione gaudere. Per Christum Dominum nostrum. Amen 


Oferecimento
Maria Santíssima, nossa Rainha, nossa Mãe e nosso tudo, eis-nos prostrados, humildemente, aos vossos pés, em união com os anjos e santos do céu e com os justos da terra, para vos consagrar todos os dias deste mês, especialmente o dia de hoje.
Nós vos oferecemos, como se só a nós pertencessem, as flores, as virtudes, as orações, os sacrifícios e demais exercícios de piedade, que, por toda a terra, vos são oferecidos pelas almas que vos veneram. Oferecemo-vos os cânticos e louvores que no céu e na terra se entoam, neste mês, em vossa honra. Mas é principalmente o amor das criaturas que vos amam, que nós vos oferecemos, como se saísse só do nosso coração. Também nos entregamos, inteiramente, a vós: os nossos sentidos, o nosso corpo, a nossa memória, a nossa inteligência, a nossa vontade, o nosso coração. Aceitai, ó Mãe querida, a oblação de vossos filhos.
Em troca, vos pedimos que nos alcanceis humildade, pureza e concentração, para que, contemplando, por instantes, a vossa alma gloriosa, a nossa alma se torne semelhante à vossa. Fazei que compreendamos e vivamos esta verdade: que toda a nossa glória deve vir, como a vossa, da nossa alma, purificada e unida a Deus N. S. — Anjos e Santos, ajudai-nos a nos transformar, por Maria, em Jesus Cristo. Assim seja.



Segue-se a leitura do dia do livro 
"A Alma Gloriosa de Maria"






Ladainha de Nossa Senhora






O “Lembrai-vos” de S. Bernardo


Lembrai-os, ó piissima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, ó Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de vós me valho, e gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas suplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amen.

sexta-feira, 2 de maio de 2014