quarta-feira, 28 de novembro de 2012


                                 
Masturbação
via redes sociais



Anos 90. Era muito comum nas propagandas de televisão sobre rodas de amizade por telefone 0900 em que consistia que os interlocutores se masturbassem motivados pela voz do outro lado da linha telefônica. Com o avanço tecnológico dos meios de comunicações, principalmente com a internet, o jogo sujo do demônio para perder as almas também se fez presente de um modo muito forte nesses meios.

Sobre a masturbação em si, ela é uma das práticas mais nocivas à alma. Torna o praticante egoísta, incapaz de amar, covarde, fraco, tira as suas esperança, aumenta a concupiscência em todos os pecados carnais, atrapalha orelacionamento humano. 

A matéria é grave e o caráter ilícito é intrínseco. Tendo conhecimento disso, a masturbação será pecado mortal sempre que houver o pleno consentimento. Não há relativização.

Questões hormonais não justificam a masturbação, tampouco, por si, lhe atenua a gravidade a ponto de torná-la venial, especialmente se a prática já se tornou um vício. Assim como a adrenalina não serve de justificativa ao homicídio. Os sentidos devem estar sempre sob o domínio da razão. Não é lícito fazê-la sucumbir.



O Catecismo evidencia que há atenuantes que devem ser levados em conta para eximir a culpabilidade moral do pecado.

Esses atenuantes não podem ser encarados como um conformismo, uma desculpa para atenuarmos a nós mesmos de nossos pecados. Não é válido para mim, por exemplo, me refugiar no pretexto de que "ah, o Catecismo diz que os hábitos contraídos atenuam, eu já estou acostumado, então mais uma vez não tem problema". Deve-se ler os atenuantes sempre na ótica de quem realmente sofre com esse mal, mas não usa suas fraquezas de forma desonesta com a própria consciência.

Vou arriscar analisar um por um os atenuantes que o Catecismo indica.


Imaturidade afetiva: uma pessoa na adolescência que está entrando na puberdade e ainda não compreende o que significa a liberação da libido, evidentemente não poderá ser culpado por cometer pela primeira vez algo que nem sabe ao certo como se dá. Não se trata apenas de mera ignorância, mas de imaturidade para julgar em que consiste a gravidade de algo que ainda não aprendeu a lidar.

Força de hábitos contraídos: Aqui entra a questão do vício. Sabe-se que qualquer vício age como um atenuante para o pecado. Ele pode ou não atenuar uma culpa moral se for realmente forte. Sabe-se que há pessoas ninfomaníacas, que adquirem um vício ao apetite sexual muito maior do que o seu controle natural de disciplina, e em tais casos o vício pode atenuar a culpa a ponto de torná-la venial.


Estado de angústiaFoi o que eu disse acima. Se há uma busca sincera pela castidade mas a pessoa é levada a circunstâncias extremas, as quais não buscou, e é confrontada com uma tentação que está largamente acima das suas forças de combate espiritual, o pecado pode ser relevado. Evidentemente pressupõe-se uma luta para evitar a consumação do ato aqui.


Outros fatores psíquicos ou sociaispoderíamos citar alguma patologia, tais como autismo, que não colocam a pessoa em situação de juízo moral adequado para certos atos, ou uma formação inadequada do juízo por parte da família e da escola, como a maldita "educação sexual" que está aí em quase todas as salas de aula desde a 5ª série. Também pode-se citar a condição social que uma pessoa se encontra em geral, de modo que ela mesma não saiba distinguir o grau de "pecado" que comete devido a uma vida totalmente desregrada, e que já inculcou este ato como algo absolutamente normal.

Há que se levar em conta aqui que o "pleno conhecimento" não se restringe ao comunicado formal. Pessoas adquiriram conhecimento sim, mas talvez não pleno. Para isso é pressuposto que esse conhecimento seja aceito pelo juízo moral, que faça sentido, que pareça sensato, e nem sempre isso é evidente na vida de uma pessoa.

Uma coisa é a gravidade objetiva do pecado, outra é a postura que se deve ter para com ele. Uma coisa é avaliarmos a questão abstratamente, outra bem diferente é achar que podemos julgar a gravidade de nosso próprio pecado nos casos particulares, o que evidentemente é falso.


Pecado de masturbação sempre exige confissão e, via de regra, deve sempre ser tido por falta grave, a não ser que a pessoa realmente não conhecesse a posição da Igreja. Não podemos procurar escusas em nós mesmos para atenuar nossa própria consciência. Como batemos no peito ao proclamar o confietor: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa, tomamos por nossa responsabilidade o consentimento último de nos entregarmos ao pecado, mesmo sabendo que pode ter havido vários atenuantes.  Embora a culpa seja minorada, não devemos levantar isso ao confessarmos o pecado.


Mas isso não significa que a culpa é objetivamente irrelevante. Ela pode sim ser atenuada. A culpa é um estado objetivo da alma no momento em que se cometeu o pecado. Não depende do confessor definir a culpa, ele pode mo máximo tentar identificá-la. O confessor tem juízo sobre a pena, não a culpa propriamente dita.


Aliás, tratar o nosso próprio pecado com a máxima severidade e procurar compreender o pecado do próximo com brandura e temperança é quase que uma obrigação do bom confessor. O Sacramento da Penitência restaura o estado de graça, suprindo esse estado de separação. Para que não reste ambiguidade, a confissão não apaga as penas temporais devidas por pecados, mas a culpa. 


A Confissão, por si, não apaga penas temporais. Ela apaga a culpa. Por isso, em geral, após a absolvição, os sacerdotes estipulam penitências. 


Quanto à contrição perfeita, trata-se da ação sublime pela qual, por amor - não por temor - odeia-se o pecado; pelo fato em si de ter ofendido a Deus, sumamente bom. Ela perdoa a culpa, não penas temporais, inclusive dos pecados mortais, mas é acompanhada do propósito de se confessar o quanto antes, onde todos esses pecados devem ser explicitados. 


Para manter a castidade e uma boa saúde da alma: oração e jejum! E sobre as redes sociais, nós, como católicos, devemos consagrar nosso computador e nossas páginas ao Imaculado Coração de Maria para que não sejamos atingidos pelas setas de Satanás.

A castidade tem por fim reprimir tudo quanto há de desordenado nos prazeres voluptuosos. Ora, estes prazeres não têm senão um único fim: perpetuar a raça humana, transmitindo a vida pelo uso legítimo do matrimônio. Fora dele, toda a luxúria é estritamente proibida.


A castidade chama-se com razão virtude Angélica, porque nos aproxima dos anjos, que são puros por natureza. É uma virtude austera, porque ninguém chega a praticá-la, sem disciplinar e domar o próprio corpo e sentidos por meio da mortificação. É uma virtude delicada, que as mais pequenas faltas voluntárias embaciam; e por isso mesmo dificil, porque não pode guardá-la senão quem luta generosa e constantemente contra a mais tirânica das paixões.


Tem muitos graus: o primeiro consiste em evitar com cuidado consentir em qualquer pensamento, imaginação, sensação, ou ação contrária a esta virtude. O segundo tende a afastar imediata e energicamente qualquer pensamento, imagem ou impressão que porventura pudesse deslustrar o brilho desta virtude. (...) (A. Tanquerey, Teologia Ascética e Mística, nº 1100-1101)



PARA CITAR ESTE ARTIGO:


Masturbação via redes sociais David A. Conceição 11/2012 Tradição em Foco com Roma.

                Desespero dos réprobos no inferno.

Mortuo homine ímpio, nulla erit ultra spes – “Morto o homem ímpio, não restará mais esperança alguma” (Prov. 11, 7).
Sumário. Enquanto o pecador vive, há sempre esperança de conversão; mas quando a morte o arrebatou no estado de pecado, não lhe resta mais esperança alguma e verá sempre diante dos olhos a sentença de sua eterna condenação. Sim, porque o inferno tem uma porta de entrada, mas não de saída. O que o réprobo começa a sofrer no primeiro dia da sua entrada, terá de sofrê-lo sempre. Qual não seria, pois, o nosso desespero, se por desgraça nos viessemos a condenar!... Ó Pai Eterno, pelo amor de Jesus Cristo, castigai-me como quiserdes, mas poupai-me na eternidade.
I. Quem entra uma vez no inferno, nunca mais dele sairá. Este pensamento fazia Davi exclamar tremendo: “Ó Senhor, não me afogue a tempestade, nem me absorva o mar profundo, nem cerre o poço a sua boca sobre mim.”(1) Mal cai um réprobo neste poço de tormentos, logo se fecha a entrada e não se abre mais. O inferno tem uma porta de entrada, mas não de saída, diz Eusébio Emisseno: Descensus erit, ascensus non erit. Eis como ele explica as palavras do salmista: Não cerre o poço a sua boca sobre mim: Enquanto vivo, pode o pecador ter esperança de conversão, mas se a morte o surpreender no estado de pecado, perdê-la-á para sempre: Morto o homem ímpio, não restará mais esperança alguma.
Se os condenados pudessem ao menos embalar-se em alguma falsa esperança e assim achar algum alívio na sua desesperação! O homem enfermo mortalmente e estendido no leito, apesar de desenganado pelos médicos, ainda busca iludir-se e consolar-se dizendo: “Quem sabe se ainda não se encontra um médico ou um remédio que me possa curar?” Um criminoso condenado às galés perpétuas acha também uma consolação neste pensamento: “Quem sabe se algum acontecimento não me tirará destas cadeias?” Se o réprobo pudesse ao menos dizer igualmente: “Quem sabe se um dia não sairei desta prisão?” e assim iludir-se com alguma falsa esperança. Mas não: no inferno não há esperança, nem verdadeira nem falsa; não há o quem sabe.
Satatuam contra faciem (2) – “Eu t´o porei diante de tua face”. O desgraçado réprobo terá incessantemente diante da vista a sentença que o condena a gemer eternamente nesse abismo de sofrimentos. O condenado não sofre somente a pena de cada instante, mas sofre a cada instante a pena da eternidade, vendo-se obrigado a dizer: O que sofro atualmente, sofrê-lo-ei sempre. Pondus aeternitatis sustinent, diz Tertuliano: os réprobos gemem sob o peso da eternidade.
II. Dirijamos ao Senhor a súplica que lhe fazia Santo Agostinho: “Meu Deus, queimai e cortai aqui, não me poupeis, a fim de que possais perdoar-me na eternidade.” As penas da vida presente são passageiras: Sagittae tuae transeunte; mas os castigos da outra vida nunca têm fim. Temamo-los, pois, temamos esse trovão: Vox tonitrui tui in rota (3); esse trovão da condenação eterna, que, no dia do juízo, sairá contra os réprobos da boca do divino Juiz: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno (4). Diz-se: in rota; porque a roda é a imagem da eternidade, que não tem fim. Será grande o suplício do inferno, mas o que mais nos deve assustar é ser o castigo irrevogável.
Ó meu Redentor, se eu atualmente estivesse condenado, como mereci tantas vezes, não haveria para mim esperança de perdão. Ah, Senhor, agradeço-Vos o tempo e as luzes que ainda me concedeis e prometo mudar de vida. Como? Esperarei porventura que me mandeis ao inferno? Eis-me aqui prostrado aos vossos pés; recebei-me na vossa graça. Outrora fugia de Vós; mas agora estimo a vossa amizade mais do que a posse de todos os reinos da terra. Não quero mais resistir aos vossos convites. Vós me quereis todo para Vós; todo inteiro me consagro a Vós. Sobre a cruz Vos destes todo a mim, eu me dou todo a Vós.
Prometestes: Si quid petieritis me in nomine meo, hoc faciam (5) – “Se me pedirdes alguma coisa no meu nome, fá-lo-ei”. Ó meu Jesus, confiado na vossa bela promessa, no vosso nome e pelos vossos merecimentos peço-Vos a vossa graça e o vosso amor. Fazei que na minha alma reine a vossa graça e o vosso santo amor, assim como nela reinou o pecado. Graças Vos dou por me terdes animado a fazer-Vos este pedido; pois isto me afiança que serei atendido. Atendei-me, ó meu Jesus, e dai-me um grande amor para convosco, dai-me um grande desejo de Vos agradar e a força para o executar. – Ó minha poderosa Advogada, Maria, atendei-me também vós, e rogai a Jesus por mim. (*II 124.)
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1. Ps. 68, 16.
2. Ps. 49, 21.
3. Ps. 76, 19.
4. Matth. 25, 41.
5. Io. 14, 14.

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 287- 290.)

terça-feira, 27 de novembro de 2012


                                                                     

DAS SECURAS ESPIRITUAIS: Sumário. O Senhor prova os que o amam com securas e tentações. Quando, pois, te achares em tal provação, não percas a coragem, mas entrega-te com abandono inteiro à misericórdia divina. Faze continuamente atos de humildade e resignação, confessando que mereces ser tratado assim e ainda pior. Não omitas sobretudo nenhuma das tuas boas obras e orações, muito embora as faças sem gosto e contra vontade. Virá o tempo em que serás bem pago por tudo.Posuit me desolatam, toto die moerore confectam – “Pos-me em desolação, afogada em tristeza todo o dia” (Thren. 1, 13).
I. Diz São Francisco de Sales que a verdadeira devoção e o verdadeiro amor de Deus não consistem em sentir consolações espirituais nos exercícios de piedade, mas em ter uma vontade resoluta de só querer e fazer aquilo que Deus quer. É só para este fim que devemos orar, comungar, praticar a mortificação e qualquer outra virtude que agrada a Deus, muito embora façamos isso sem satisfação alguma e no meio de mil tentações e aborrecimentos de espírito. “Pelas securas e tentações”, diz Santa Teresa, “o Senhor experimenta os que o amam. Posto que a secura continue durante toda a vida, não deixe a alma de fazer oração; virá tempo em que será bem paga por tudo.”
Segundo o aviso dos mestres da vida espiritual, devemos, no tempo da desolação, exercitar-nos principalmente em fazer atos de humildade e de resignação. Não há tempo mais próprio para conhecermos a nossa fraqueza e miséria como quando na oração estamos áridos, aborrecidos, distraídos e desgostosos, sem fervor sensível, mesmo sem desejo sensível de progredirmos no amor divino. – Então a alma diz: Senhor, tende compaixão de mim! Vede como sou incapaz de fazer qualquer ato de virtude. Ela deve também praticar a resignação e dizer: Meu Deus, deixai-me ficar nesta escuridão e aflição; seja sempre feita a vossa vontade! Não desejo consolações; basta-me estar aqui para Vos agradar. E assim deve ela perseverar na oração todo o tempo determinado.
A maior pena, porém, das almas amantes da oração, não é tanto a secura, como a escuridão, na qual a alma se vê privada de toda a boa vontade, e tentada contra a fé e contra a esperança. Eis porque nesse tempo a solidão lhe é um horror, e a oração lhe parece um inferno. Então ela deve criar coragem e lembrar-se que esses temores de ter consentido na tentação ou na desconfiança, não são senão temores vãos e tormentos da alma, mas não atos da vontade e por isso são isentos de pecado.
II. No tempo da desolação e escuridão não quer a alma assegurar-se de que está na graça de Deus e isenta de pecado. Tu então queres saber e estar certo de que Deus te ama; mas Deus nesse tempo não t´o quer fazer conhecer. Quer que te apliques à humildade, à confiança na sua bondade, e à resignação à sua vontade. Tu então queres ver, e Deus não quer que vejas. – A este respeito diz São Francisco de Sales que a resolução que tens (ao menos com a ponta da vontade) de amar a Deus e de lhe não dar deliberadamente o menor desgosto, te afiança que estás na graça de Deus. Nesse tempo, abandona-te todo nos braços da misericórdia divina, protesta que não queres outra coisa senão Deus e sua santa vontade, e não temas. Oh, quanto agradam a Deus os atos de confiança e de resignação feitos no meio dessas trevas pavorosas!
Santa Joanna de Chantal sofreu por espaço de 41 anos penas interiores, acompanhadas de tentações horrorosas e do temor de estar em pecado e abandonada de Deus. Pelo que dela dizia São Francisco de Sales, que a sua bendita alma era como um músico surdo, que canta bem, mas não pode gozar da voz, porque a não ouve. – A alma que é provada pelas securas, por mais densas que sejam no sangue de Jesus Cristo, resigne-se à vontade divina e diga:
Ó Jesus, minha esperança e único amor da minha alma, eu não mereço as vossas consolações. Guarde-as para aqueles que Vos têm amado sempre; eu só mereci o inferno, abandonado para sempre de Vos e sem esperança de Vos poder ainda amar. Privai-me de todas as coisas, mas não de Vós. Amo-Vos, miserável como sou. Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas; consagro-me todo a Vós e não quero mais viver para mim mesmo. Dai-me força para Vos ser fiel. – Ó Virgem Santíssima, esperança dos pecadores, tenho confiança na vossa intercessão; fazei que eu ame a meu Deus, meu Criador e Redentor. (II 306.)

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(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 285- 287.)


                                    FLORES DA EUCARISTIA

A maior graça que Deus concede a um povo é o sacerdote, o sacerdote segundo o seu Coração.
Pedi Sacerdotes, bons sacerdotes. Toda família que conta entre seus membros um Sacerdote será eternamente enobrecida. Nosso Senhor a abençoa e protege com amor privilegiado.
As famílias de outrora, convencida desta verdade, queriam dar à Igreja o cavalheiro de Deus, como davam à pátria soldados, cavalheiros e reis.
Uma família que deu à Igreja um de seus filhos queridos terá como recompensa nesta terra saber que, diariamente, o céu há de se abrir á voz desse filho de predileção, a fim de derramar sobre ela graças escolhidas.
No dia de sua primeira Missa, o Sacerdote envia ao céu, pela primeira vez, a Vítima de graça e de salvação, que, em seu nome, também pela primeira vez bate no Coração do Pai Celestial.
Jesus, nosso divino Medianeiro, entra assim no céu por um novo caminho, por uma nova porta que se abre nesse dia e que somente se fechará com a morte do Sacramento que a abriu!





Deus Imenso

Deus não está compreendido no tempo: é eterno. Com razão se diz que Deus é eterno, pois carece de princípio e de fim, e também porque seu ser não se varia no passado ou no futuro. Nada se lhe subtrai, nada lhe pode advir de novo. Por isso disse a Moisés (Ex 3,14) : Sou aquele que sou, pois o ser dele não conhece nem passado nem futuro, mas encontra-se no presente.
A magnitude de Deus excede incomparavelmente a magnitude de todas as criaturas, pois é imenso. Toda coisa pode ser medida por outra, a qual, se excede em magnitude, o faz segundo alguma proporção, conforme o binário mede o senário, que é o triplo dele. Ora, Deus, pela magnitude de sua dignidade, excede toda criatura infinitamente. Por isso é dito imenso, pois não há medida comum ou proporção de nenhuma criatura com Ele. Por isso diz o salmista: Grande é o Senhor, muito digno de louvor, e a sua grandeza é insondável (Sl 144,3). E mais: É vasto, não tem limites, é elevado e imenso (Br 3,25). Deus está acima de tudo - é imutável, uma vez que nele não há variação, conforme diz as Escrituras : no qual não há mudança nem sombra de vicissitude (Tg 1,17). A tudo transcende pelo seu poder: é onipotente, uma vez que simplesmente pode tudo. Por isso disse (Gen 17,1): Eu o Deus onipotente.
Ultrapassa a razão e o intelecto de todos, pois é incompreensível. Dizemos compreender algo quando conhecemos perfeitamente quanto lhe é conhecível. Ora, nenhuma criatura pode conhecer Deus tanto quanto possível, e por isso nenhuma criatura o pode compreender. Donde a Escritura (Jó 11,7): Porventura alcançarás os caminhos de Deus, e conhecerás perfeitamente o Onipotente? - E pergunta como quem nega. Noutro lugar (Jr 32,18): Ó Deus grande e poderoso, Senhor dos exércitos é teu nome.
Grande em teus conselhos e incompreensível em teus pensamentos. Enfim, Deus desafia toda palavra: é inefável, pois ninguém pode dizer-lhe um louvor suficiente. Por isso, está escrito (Ecle 43,33): Exaltai-o quanto puderdes, porque ele está acima de todo louvor.
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Postado por Danilo Badaró

Sobre a Comunhão frequente - Parte 1 - Santo Afonso de Ligório



Disse Santo Afonso Maria de Ligório:


"Com que ardor deseja Jesus Cristo vir a nós pela santa Comunhão!"Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco antes de sofrer".Desejei ardentemente, falou ele naquela noite em que instituiu este sacramento de amor.Diz São Lourenço JustinianoO amor que nos tinha o forçou a falar assim.


Para que facilmente cada um pudesse recebê-lo, quis ficar sob as aparências de pão.Se ele tivesse ficado sob a aparência de algum alimento raro, ou de preço elevado, os pobres ficariam privados dele.Mas não, Jesus quis ficar sob as aparências de pão: custa pouco, em toda parte se encontra, todos poderão achá-lo e recebê-lo em qualquer lugar do mundo.


Para que nos animemos a recebê-lo na Sagrada Comunhão ele nos exorta com muitos convites: "Vinde comer o pão e beber o vinho que vos preparei.Comei, amigos e bebei", referindo-se à eucaristia.Impõe-nos ainda como preceito: "Tomai e comei: isto é o meu corpo".Atrai-nos ainda com a promessa do paraíso para que o recebamos: "Quem come a minha carne, tem a vida eterna.Quem come este pão viverá para sempre".Ameaça-nos com o inferno, com a exclusão do céu, se nos recusarmos a comungar: "se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós".Estes convites, promessas e ameaças, nascem todos do grande desejo que ele tem de vir a nós neste Sacramento.


Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/

sexta-feira, 23 de novembro de 2012



                    CRUCIFIXO  DE  SAN  GIOVANNI  ROTONDO, ONDE PE. PIO RECEBEU OS ESTIGMAS...

Frutos que produz a meditação de Jesus crucificado.
Sub umbra illius quem desideraveram sedi; et fructus eius dulcis gutturi meo – “Eu me sentei debaixo da sombra daquele a quem tanto tinha desejado; e o seu fruto é doce ao meu paladar” (Cant. 2, 3).
Sumário. Representemo-nos muitas vezes Jesus agonizante sobre a cruz; detenhamo-nos em contemplar algum tempo as suas dores e o afeto com que sofreu, e disso tiraremos copiosos frutos de vida eterna. Da cruz de Jesus parte uma aragem celeste que suavemente nos desliga das coisas terrenas e nos torna leves todos os nossos trabalhos; acenderá em nós um santo ardor para sofrer e morrer por amor daquele que quis padecer e morrer por nosso amor. É sobre o Calvário que se formaram e ainda se formam os santos.
I. Ó almas devotas, procuremos imitar a Esposa dos Cânticos sagrados, que se assentou debaixo da sombra daquele que era o único objeto dos seus desejos. Representemo-nos frequentes vezes, especialmente nas sextas-feiras, Jesus moribundo sobre a cruz; ponhamo-nos a contemplar algum tempo com ternura as suas dores e o afeto que nos teve; e então bem poderemos dizer: E o seu fruto é doce ao meu paladar. É sobre o Calvário e pela contemplação de Jesus crucificado que se formaram em todos os tempos e ainda hoje se formam os santos.
No meio do tumulto deste mundo, das tentações do inferno e dos temores dos juízos divinos, oh! Quão doce repouso acham as almas amantes de Deus, ao contemplarem, a sós e em silêncio, o nosso amantíssimo Redentor, quando está em agonia ou derrama o seu divino sangue gota a gota, por todos os membros feridos e dilacerados pelos açoites, pelos espinhos e pelos cravos. Ah! Quão doces frutos ali colhem e que progressos tão rápidos fazem então no caminho da perfeição! – Sim, porque à vista de Jesus Cristo esvaecem-se do nosso espírito todos os desejos de grandezas mundanas, de riquezas terrestres, de prazeres dos sentidos! Sopra da Cruz uma aura celestial, que nos desprende docemente de todas as coisas da terra e nos faz reputar leves todos os nossos sofrimentos; mais: acende em nós um santo desejo de sofrer e morrer por amor daquele que tanto quis sofrer e morrer por nosso amor. Pelo que dizia São Francisco de Sales: “Fixai Jesus crucificado em vosso coração, e todas as cruzes e espinhos deste mundo se vos afigurarão como rosas.”
O meu Jesus, se Jesus Cristo não fosse, como deveras é, o Filho de Deus e Deus verdadeiro, o nosso Criador e soberano Senhor, mas tão somente um homem qualquer, quem não sentiria compaixão à vista de um jovem nobre, inocente e santo que morre sobre um patíbulo infame à força de tormentos, não para expiar os seus delitos próprios, mas para expiar os dos seus inimigos, a fim de os livrar da morte que lhes era devida? Como é, pois, que não há de atrair o afeto de todos os corações um Deus que por amor de suas criaturas morre num mar de desprezos e de dores? Como é que as criaturas hão de amar alguma coisa que não seja Deus, e pensar em outra coisa senão em serem gratas a seu tão amoroso benfeitor?
II. Oh, si scires mysterium Crucis! Quando o tirano quis induzir Santo André a renegar Jesus Cristo, por ser este crucificado como um criminoso, respondeu-lhe o Santo: “Ó tirano, se soubesses o amor que te mostrou Jesus Cristo, morrendo sobre a cruz para satisfazer por teus pecados e obter-te uma felicidade eterna, de certo não te esforçarias por m´O fazeres renegar; antes tu mesmo havias de abandonar tudo o que possuis e esperas sobre a terra, afim de agradares e contentares a um Deus que tanto te amou.”
É isso o que tem feito santos e tantos mártires que abandonaram tudo por Jesus Cristo. Oh, que vergonha para nós! Quantas tenras virgenzinhas renunciaram às alianças com os grandes, às riquezas dos palácios, e a todos os gozos terrestres, e de boa mente sacrificaram a vida, a fim de retribuírem de alguma maneira, com o seu afeto, o amor que lhes mostrou o seu Deus crucificado! D´onde vem, pois, que tantos cristãos ficam insensíveis à Paixão de Jesus Cristo? É porque pouco consideram no muito que Jesus Cristo padeceu por nosso amor.
Ah, meu Redentor, eu também fui um desses ingratos! Com a lembrança dos meus pecados, o demônio quisera representar-me a salvação como por demais difícil; mas, meu Jesus, a vista do Crucifixo assegura-me que não me repelireis de diante da vossa face, se eu me arrependo de Vos ter ofendido e Vos quero amar. Sim, arrependo-me e quero amar-Vos de todo o meu coração. Detesto os malditos prazeres que me fizeram perder a vossa graça. – Amo-Vos, ó Bem infinitamente amável, e sempre Vos quero amar. A lembrança dos meus pecados servir-me-á tão somente para me abrasar mais no vosso amor, visto que viestes atrás de mim, quando eu fugia de Vós. Não, não quero mais separar-me de Vós, nem deixar de Vos amar, ó meu Jesus. – Ó refúgio dos pecadores, Maria, vós, que tão grande parte tivestes nas dores de vosso Filho, quando ia morrer, rogai a Jesus que me perdoe e me conceda a graça de o amar. (I 648.)
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(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 274- 277.)

Postado por Klaus Kürten às 08:12



quinta-feira, 22 de novembro de 2012






SE UMA PEQUENA PARTE DO CORPO DE CRISTO É ATINGIDO, TODO O CORPO É ESMAGADO...

Tesouro de Exemplos - Parte 235

UM TIRO SACRÍLEGO


Perto de Valença, na Espanha, celebrava-se um festa em honra do Santo Cristo numa ermida. Muita gente desfilara durante o dia, rezando diante de Jesus. À tarde, quando todos se tinham retirado, voltava da fábrica um operário, o qual, parando, puxou do revólver e com riso satânico, apontou para a imagem e atirou, esmagando-lhe o dedo do pé direito, e depois retirou-se.
À noite, indo a um baile, enquanto se divertia, deixou cair o revólver, saiu um tiro e bala esmagou-lhe um dedo do pé direito, como esmagara o do Cristo da ermida.
Um médico o tratou, mas a ferida nunca se fechava. Foi necessário cortar-lhe o dedo, depois o pé, mais tarde a perna, e a gangrena caminhava sempre, e ninguém compreendia por que aquela ferida não se fechava. Era um chaga produzida pela justiça de Deus, chaga que levou o operário a uma morte horrível.

Postado por Jesuan às 11:19

Marcadores: Tesouro de Exemplos






               

                CONTRACEPÇÃO - PECADO MORTAL


Os que usam do matrimônio, empregando meios para evitar a geração, cometem um gravíssimo pecado mortal. Enumeremos as razões:

1º - É contra a mente de Deus

O ato sexual foi instituído por Deus para a geração. Para isto criou o homem e a mulher... Aparelhou-os orgânica e psicologicamente para o nobre mister da reprodução. Associou-os à Sua obra de Criador, porque os pais geram o corpo e Deus infunde a alma a cada novo homem que vem ao mundo. Atraiu-os e compensou-os dos encargos da geração com os prazeres dos sentidos e as alegrias espirituais da vida conjugal. Portanto, transformar o ato sexual em meio de prazer, impedindo-lhe a finalidade geradora, é agir contra a mente de Deus.

2º - É contra a natureza

A natureza indica o fim da união dos sexos. Estão no homem e na mulher, os germes de uma nova vida. Entre os animais a união só se dá para a geração: realizada esta, a fêmea se recusa sistematicamente. O ato, é, pois, realizado primariamente para a geração, embora não o seja unicamente para isto. Admite fins secundários; mas não admite que se impeça e destrua o fim primeiro. Não se pode proceder contra a natureza.

O Catecismo, na sua linguagem enérgica, enumera o pecado sensual contra a natureza entre os "pecados que bradam aos céus e pedem vingança a Deus." Para que se lhe aquilate melhor da perversidade, basta considerar que a prostituição ou mesmo a infidelidade conjugal - embora pecados mortais - são menos graves do que ele.

3º - É contra o matrimônio

No contrato matrimonial faz-se a doação dos corpos em vista da geração dos filhos, portanto. Os cônjuges se unem no matrimônio para o exercício da função sexual. Ela constitui matéria e finalidade do próprio contrato matrimonial. O cônjuge, dá-se ao outro para colaborarem ambos na procriação, que é o termo natural da função conjugal. E não se dá para nenhum ato contrário à natureza mesma do contrato - como seria realizar a união excluindo por meios positivos o seu fim natural.

4º - É contra o amor

Os homens corrompidos acordaram em chamar amor à função sexual. A sublimidade da palavra escusa-lhes a baixeza dos sentimentos. É-lhes vantajoso o disfarce. Mas a dignidade do amor não se compadece. É o amor conjugal um misto das atrações da carne e de aspirações morais. O amor tem no homem outras faces e se pode elevar às alturas do puro espiritual. Não é esta a natureza do amor conjugal. Mas seria bestial colocá-lo na esfera do instinto e confiná-lo ao sexo.

Mesmo entre cônjuges chega-se ao amor espiritual, sem o sexo; mas nunca merecerá o nome de amor a fome de sensualidade que tanto se sacia com a esposa como procura a mercenária.
Amor...

"Amor" comprado a dinheiro nas feiras da volúpia!

"Amor" que abandona a esposa, quando esta não ceva a besta humana!

"Amor" que só vê o sexo, e despreza a pessoa!

Se fosse isto o amor, como chamaríamos à dedicação desinteressada das almas nobres, ao devotamento de uma esposa cujo marido a moléstia inutilizou para tais funções, ao afeto espiritualizado de dois velhinhos em quem a idade extinguiu o fogo da paixão? A verdade é que a função sexual é separável do amor - e os que a procuram por ela não sabem o que é o amor. São tremendos egoístas - e nada mais contrário ao amor do que o egoísmo.

CONSEQÜÊNCIAS

Gravíssimo pecado mortal, tão contrário às leis divinas e naturais, à própria condição do matrimônio e do amor, é ainda o neo-maltusianismo uma sementeira de males.

1. A ciência médica condena os vários processos anti-concepcionais como nocivos à saúde, principalmente da esposa. Distúrbios nervosos e psíquicos, perturbações do aparelho genital, repercussões patológicas no sistema glandular, fibromas, adenoma uterino, etc., além dos inevitáveis perigos de infecção local, são o triste cortejo desses degradantes processos.

Copio de Ensaios de Biologia, do capítulo "A esterilidade voluntária e sua patologia", de Barbosa Quental, algumas opiniões.

"A mulher está toda organizada em vista da maternidade; a falta de reprodução ou a insuficiência de reprodução vicia todo o seu metabolismo". (Dutalollis, em Troubes, Funcionels et Dystrophies en Gynecologie)

"Todas as vezes que o útero não produz filhos tende a fazer fibromas". (Pinard)

"Todos os processos anti-concepcionistas são de natureza a lesar a saúde daqueles que os usam regularmente". (Max Marcuse)

"O uso repetido dessas práticas não pode deixar de influenciar a saúde num sentido desfavorável e de provocar perturbações mentais".(Max Cann)

"Sabido como é... que no útero e no colo uterino uma tal irritação é produzida pela introdução de produtos químicos, pelas injeções anti-sépticas e pela presença prolongada de corpos estranhos como pessários oclusivos, etc., há sérias razões para crermos que o aumento acusado dos cânceres genitais esteja ligado às práticas desta natureza".

Os que desejarem um conhecimento mais largo do assunto vejam La Limitation des Naissances de Raoul de Guchteneere e La Vie Intime des Époux de Gaston Monin. Aliás, é fácil perceber que a natureza nunca deixa violar impunemente as suas sábias leis.

2. As conseqüências sociais são igualmente graves. Alarmam-se sociólogos e moralistas com a crescente diminuição da natalidade. Os que aprofundaram o assunto ficaram horrorizados ante as perspectivas. (Ver L'Indiscipline de Moeurs de Paul Bureau, talvez o mais completo estudo sobre a questão) A derrota da França, minada de anti-concepcionismo, era prevista desde há muito, não somente por Mussolini e Rommel, mas pelos franceses a quem o vício não cegara.

No Brasil já temos centros em que o neo-maltusianismo, de mãos dadas às misérias físicas, leva o nível demográfico abaixo da necessidade de estabilidade da população. [NB: Essa preocupação não é algo relativo apenas a década de 50, comprove) Os sociólogos chamam "família normal" a que tem três filhos: dois respondem pela falta dos pais e um representa o aumento da população. Menos do que isto constitui inevitável baixa demográfica, verdadeiro suicídio de uma nação. Não estamos considerando agora o aspecto moral, mas o demográfico, deste importante problema.

E mesmo assim vemos que é criminoso o procedimento dos cônjuges que ficam no segundo filho, quando não se contentam com o "filho único", de tão perigosas perspectivas.

Os neo-maltusianistas pretendem que a limitação na natalidade diminuirá a porcentagem da mortalidade infantil. Enganam-se. Diminuirá evidente e conselheiralmente o número de crianças mortas: nascem menos, morrem menos. Mas até aumentará a porcentagem. De fato, o birth-control elimina precisamente os filhos da classe em que morrem menos crianças. As classes mais desfavorecidas de meios econômicos, educação higiênica, etc. são os que mais procriam, e onde há maior coeficiente de crianças mortas. A razão da mortalidade infantil é outra, se morrem de preferência as crianças da classe mais prolifera não é porque a mortalidade esteja na proporção da natalidade e sim por falta de educação, higiene e meios econômicos.

O remédio está não em estancar as fontes da vida, mas em acudir as classes abandonadas com assistência social, educação e recursos necessários à condigna subsistência. (A comparação entre a natalidade e a mortalidade infantil de vários países mostra precisamente o que acabamos de dizer. Países com natalidade fraca (como a França) têm grande percentil de mortos, enquanto outros, cuja natalidade é bastante forte (Holanda) têm um baixo nível de mortalidade. Países há (Alemanha, Itália) em que, ao mesmo tempo que a natalidade cresceu, a mortalidade diminuiu, graças à divulgação dos meios de proteção à vida infantil. Esses meios, divulgados entre as classes proliferas, têm conseguido em toda parte, uma sensível diminuição na mortalidade).

Se os neo-maltusianos argumentassem de verdade, deviam proceder de outra maneira. Estão sendo dizimadas as crianças? Corre risco a manutenção do nível demográfico - e então é necessário intensificar a natalidade. Imaginem um economista que reclamasse diminuição de produção por ver escassear o artigo...

Não: o remédio está em eliminar as causas das mortes das crianças - tal como tem feito a ciência com crescente eficácia. E não na solução simplista de eliminar preventivamente os filhos. Assim, ter-se-ia de eliminar muita coisa. Para evitar desastre de avião, suprimia-se a aviação...

3. Do ponto de vista moral são múltiplas as conseqüências, e cada qual mais grave.

a) Já insinuamos quanto se rebaixa o homem que faz o amor apenas a função sexual. Agravemo-lo agora com a degradante circunstância de desvirtuar esta função, arrebatando-a do serviço da espécie para o desfrute pessoal.

b) Precisaria de apontar a degradação da esposa, transformada em mera ceva de incontestável paixão sedenda de prazeres e trânsfuga das responsabilidades? Basta pensar no que exigem da mulher certas práticas anti-concepcionais, mesmo fisicamente...

c) A experiência ensina que a provocação de abortos acompanha quase sempre os cuidados neo-maltusianos. E os crimes vão se acumulando, cada qual mais grave. Abyssus abyssum invocat.

d) O egoísmo passional dos fraudadores vai-se alimentando. A diuturnidade os caleja. Embotam-se os sentimentos elevados. Recurvados sobre si, como um caracol moral, só enxergam a si próprios, seus interesses e seus sentidos, num criminoso desprezo da sociedade, do próximo e dos próprios bens superiores.

e) Atentem os maridos nestas duas últimas considerações que lhes vamos apresentar, sem pretendermos esgotar o assunto:

1) Os desentendimentos a que dá lugar a limitação da natalidade. É este um aspecto que pouco tem preocupado os maridos, e, no entanto, é importante e grave. As mulheres se tornam, com os processos anti-concepcionais, insatisfeitas, irritadiças - nevropatas. Vai-se a paz, a harmonia do lar. Diminui a resistência espiritual, a capacidade de tolerância, e multiplicam-se os atritos.

Afastada dos Sacramentos da Penitência e da Comunhão, a mulher perde o mais forte esteio em que se apoia a alma, e começa a perder o equilíbrio. E ai de um lar cuja esposa perde a linha justa!...

Eis preparado o caminho para desgraças maiores.

2) A infidelidade conjugal é, muitas vezes, o castigos desses pecadores. Vem primeiro a suspeita. Estes processos frequentemente falham. Mas o marido confia cegamente neles. E a mulher aparece grávida!... Conheço verdadeiras tragédias por isto. São fáceis de imaginar, aliás. (Sei de um médico que só se convenceu depois do exame de sangue para prova de paternidade. Avaliemos porém, o estado de espírito deste homem durante todo aquele tempo, e a situação doméstica sob tão opressiva atmosfer. 
3) As conseqüências espirituais já ficaram insinuadas. Afastamento dos Sacramentos; vida em permanente pecado mortal; progressivo abandono das outras práticas religiosas; insensibilidade espiritual, verdade da fé; extinção das inquietações e do próprio remorso - paz em charco que precede a impenitência final! O quadro é horroroso, porém verdadeiro.

Retirado do livro Noivos e esposos - Pe. Álvaro Negromonte - págs 112-119
 CRÉDITOS: BLOG  CATÓLICOS TRADICIONAIS DE RIBEIRÃO PRETO.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


A incrível história da sopa de feto

***Contém imagens fortíssimas... mas não posso deixar de denunciar o que é um crime aos olhos de Deus...
os inocentes clamarão justiça ao Criador...
ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!: AS IMAGENS SÃO FORTES, AINDA QUE PAREÇAM MONTADAS. AOS MAIS SENSÍVEIS, SUGIRO QUE PAREM NO TEXTO.




Eu já havia recebido uma ou outra imagem dessas há tipo uns dois anos, num desses e-mails do conhecido do conhecido que chegam na nossa caixa de entrada e que a gente nem dá atenção de tanto receber spam. Achei de mau gosto. Falava de uma certa sopa de feto, que moradores do Sul da China, provavelmente Guangdong e Taiwan (os caras por lá comem de tudo, eu sei, mas por favor...), tomavam para aumentar a potência sexual. Não dei a mínima e achei que era totalmente lenda urbana e que as fotos eram armação. É aquela coisa de comunista comendo criancinha, pensei.





E qual não foi a minha supresa quando, há coisa de uns meses, me deparei com o blog do estudante Yu Miao, amigo de um jornalista chinês (aqui, mas tem que se registrar), que decidiu ir até a cidade de Foshan, em Guangdong, verificar até que ponto essa história era verdade. Pois o cara viajou até a cidade e conversou com moradores locais, que disseram que não apenas a história é verdade, como muita gente (na região e em Taiwan) toma a sopa de feto numa espécie de ritual macabro, escondidos da polícia.





O jornalista conversou com um sujeito de 62 anos (ao lado de uma garota de 19), me parece que um pequeno empresário taiwanês, que afirma tomar regularmente a sopa, fácil de fazer, segundo ele, porque o aborto é um procedimento usual na China. Algumas mulheres chegam a vender o feto, que deve ter até seis meses. A sopa é feita com ervas da medicina tradicional chinesa que, acredita-se, aumentam a potência sexual, tipo bajitian, dangshen, o conhecido chinese wolfberry, entre outras mais populares, como gengibre. E leva outras carnes também, como galinha e porco.





Em Foshan, ele foi até o restaurante (de fachada tipo cozinha regional), cujo dono, o senhor Li, disse que não tinha costela (a senha para quem quer a tal da sopa) naquele momento. Depois, aos sussurros, avisou que conhecia uma casal de migrantes cuja mulher estava no oitavo mês de gravidez. Como o casal já tinha duas filhas, eles planejavam vender o feto para um laboratório ou para o restaurante, de modo que pudessem pagar pelo aborto e evitar a multa imposta pelo governo chinês para quem burla a política do filho único. A sopa, disse o tal senhor Li, custa 3.500 yuans (US$ 515).




O jornalista passou a semana entrevistando moradores do local e, ainda que poucos tivessem sequer visto a tal da sopa, praticamente todos sabiam que ela existia e algumas pessoas a tomavam. Quando o jornalista estava para deixar a cidade, o tal microempresário falou com ele que uma "mercadoria nova" havia chegado e vários conhecidos estavam prontos para experimentá-la. Na mesa, ele descobriu estarrecido que os fetos custam entre 300 yuans e 500 yuans.





No post, o jornalista disse que visitou a cozinha e, com base no que viu, pode atestar que as imagens divulgadas na internet (de outro momento de preparo da sopa) são verdadeiras. O post provocou uma enxurrada de comentários indignados de chineses horrorizados com a tal sopa de feto macabra. Os que acrditam na história culpam a política do filho único e a forte superstição do povo chinês pela lamentável prática.
Nunca li nada sobre isso na imprensa estatal chinesa e quem me avisou do post e me mandou as imagens foi meu tradutor, dizendo que a história estava repercutindo horrores entre os estudantes da sua universidade.

---Fonte:http://oglobo.globo.com/blogs/gilberto/post.asp t=a_incrivel_historia_da_sopa_de_feto&cod_post=127911&a=25

segunda-feira, novembro 19, 2012

                                               NAJA

De Malo, questão 10, artigo 3 - A inveja é pecado capital. As filhas da inveja:
Murmuração, detração, ódio, exultação pela adversidade, aflição pela prosperidade.
Como dissemos acima, vícios capitais são aqueles que, a título de causa final, geram outros vícios. Ora, o fim tem caráter de bem e, do mesmo modo, a vontade tende ao bem e à fruição do bem, que é o prazer. Por isso, assim como a vontade é movida a agir pelo bem é também movida pelo prazer.
Deve-se também considerar que, assim como o bem é o fim do movimento volitivo de perseguir [prosecutio: tender a um bem para obtê-lo], assim também o mal é o fim do movimento volitivo que é o fugir: do mesmo modo como alguém que quer obter um bem, persegue-o; assim também quem quer evitar um mal, foge dele. E como o prazer é a fruição de um bem, assim também a tristeza é um certo termo do mal que oprime o ânimo. O homem que repudia a tristeza é levado a fazer muitas coisas para afastar a tristeza ou as coisas que inclinam à tristeza.
Ora, sendo a inveja uma tristeza pela glória de outro, considerada como um certo mal, segue-se que, movido pela inveja, tenda a fazer coisas contra a ordem moral para atingir o próximo e, assim, a inveja é vício capital.
Nesse impulso da inveja, há princípio e termo final. O princípio é precisamente impedir a glória alheia, que é o que entristece o invejoso, e isto se faz diminuindo o bem do outro ou falando mal dele: disfarçadamente, pela murmuração [sussurratio, fofoca], ou abertamente, pela detração.
Já o termo final da inveja pode ser considerado de dois modos: um primeiro diz respeito à pessoa invejada e, nesse caso, o impulso da inveja termina, por vezes, em ódio, isto é, o invejoso não só se entristece pela superioridade do outro, mas, mais do que isso, quer seu mal sob todos os aspectos.
De um outro modo, o termo final desse impulso pode ser considerado por parte do próprio invejoso, que se alegra quando consegue obter o fim que intentava: diminuir a glória do próximo e, assim, se constitui esta filha da inveja que é a exultação pela adversidade do próximo. Mas, quando não consegue obter seu propósito - o de impedir a glória do próximo -, então se entristece: é a filha da inveja chamada aflição pela prosperidade do próximo.

Fonte: http://vigariodesinformado.blogspot.com.br/2012/11/as-cinco-provas-da-existencia-de-Deus.html

domingo, 18 de novembro de 2012



            A Salvação é o Negócio mais IMPORTANTE e o mais Descuidado.

Por Santo Afonso Maria de Ligório


Quam dabit homo commnitationem pro anima sua?
“Que dará o homem em troca da sua alma?”
(MT.16,26.)

Coisa estranha! Ninguém quer passar por negligente nos negócios do mundo, e muito não tem pejo de descuidar no negócio da eternidade, o mais importante de todos. Muitos fazem até tudo para perderem a alma, e a maior parte dos cristãos vivem como se as verdades eternas fossem outras tantas fábulas. Nós ao menos não sejamos tão insensatos e pensemos seriamente de que nada nos serviria ganharmos o mundo inteiro, se depois viéssemos a perder a nossa alma.

Perdida alma, está tudo perdido, e para sempre!

A salvação eterna é certamente o negócio que, sobre todos os outros, mais nos interessa, porque dele depende a nossa eterna felicidade ou desgraça. Todavia é deste negócio que os cristãos menos se ocupam.
Não se poupa nenhum cuidado, nem se perde nenhum momento, para chegar a tal dignidade, ganhar tal demanda, concluir tal negócio; que de conselhos então, que de providenciais! Não se come, não se dorme. Mas depois, que se faz para assegurar a salvação eterna? Como é que se vive? Não se faz nada, ou, para melhor dizer, faz-se tudo para a perder, e a maior parte dos cristãos vive como se a morte, o juízo, o inferno, o céu e a eternidade não fossem verdades da Fé, mas sim fábulas inventadas pelos poetas.
Que mágoa não sentimos quando se perde uma demanda, uma colheita! Quantos cuidados para reparar o prejuízo! Quando se perde um cavalo, um cão, quantas diligências para os reaver! Perdemos a graça de Deus, e dormimos e gracejamos e rimos! – Coisa estranha! Cada um tem pejo de passar por negligente nos negócios do mundo; e são inúmeros os que não têm pejo de se descuidar do negócio da salvação, o mais importante de todos! Confessam que os Santos foram verdadeiros sábios, porque só trabalharam para se salvarem, e eles mesmos ocupam-se de todas as coisas do mundo com exceção da sua própria alma!
Mas vós, diz são Paulo, ao menos vós, meus irmãos, aplicai-vos ao grande negócio da vossa salvação eterna, que é o negócio que mais vos interessa:Rogamus vos, ut vestrum negotium agatis. “Por quanto”, exclama Jesus Cristo, “de que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma? ou que dará o homem em troca de sua alma? ” Perdida a alma está tudo perdido, e perdido para sempre.
Persuadamo-nos de que a salvação eterna é para nós o negócio mais importante, por ser irreparável se não o realizarmos. Portanto, afim de o levarmos a feliz êxito, não receiemos trabalhos nem fadigas. “O reino eterno”, diz são Bernardo, “não se dá aos preguiçosos, mas aos que se houverem valorosamente no serviço de Jesus Cristo. ”

Oração:

Ah! meu Deus, graças Vos dou por me achar ainda aqui aos vossos pés não no inferno, tantas vezes por mim merecido. Mas de que me serviria a vida que me concedeis, se eu continuasse a viver privado da vossa graça? Nunca mais isto me suceda! Virei-Vos as costas e Vos perdi, ó meu supremo Bem. Arrependo-me de todo o coração e antes tivesse morrido mil vezes! Eu Vos perdi; mas o Profeta me diz que sois todo bondade e Vos deixais achar pela alma que Vos busca: Bonus est Dominus animae quarenti illum . Se no passado tenho fugido de Vós, ó, Rei de meu coração, agora Vos busco e só a Vós quero buscar. Amo- Vos, † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas, com todo o afeto da minha alma. Aceitai-me e não desprezeis o amor de um coração que algum tempo Vos desprezou. Doce me facere voluntatem tuam – “Ensinai-me a fazer a vossa vontade.” Dizei-me o que devo fazer para vos agradar; quero fazer tudo que desejardes. Meus Jesus, salvai a minha alma, pela qual destes o sangue e a vida; daí-me a graça de Vos amar sempre nesta vida e na outra. Espero tudo pelos vossos merecimentos. Confio também em vossa intercessão, ó grande Mãe de Deus e minha Mãe, Maria Santíssima.

Amém.

Excelente texto para elucidar melhor 

São Leonardo de Porto Maurício

blog: Almas Devotas