sexta-feira, 27 de junho de 2014

COROINHA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS



São Pio de Pietrelcina
13 min ·


COROINHA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Obs.: Padre Pio recitava esta coroinha diariamente, por todos os que pediam suas orações. Os fiéis, por isso, são convidados a rezá-la todos os dias, para se unir espiritualmente à oração de Padre Pio

I – Ó meu Jesus que dissestes: “Em verdade eu vos digo, pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e vos será aberto!”, eu bato, procuro e peço a graça…
1 Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós.


II – Ó meu Jesus que dissestes: “Em verdade eu vos digo, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos concederá!”, ao vosso Pai, em vosso nome, eu peço a graça…
1 Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós.

III – Ó meu Jesus que dissestes: “Em verdade eu vos digo, passará o Céu e a Terra, mas minhas palavras não passarão!”, apoiado na infalibilidade de vossas palavras, eu peço a graça…
1 Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós.

Ó Sagrado Coração de Jesus, a quem é impossível não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de nós, pobres pecadores, e concedei-nos as graças que vos pedimos, por meio do Imaculado Coração de Maria, vossa e nossa terna Mãe.

São José, Pai adotivo do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós.

Salve Rainha.



10 promessas do Coração de Jesus



Amor do Coração de Jesus, abrasai meu coração.

Você conhece as doze promessas do sagrado coração de Jesus?

1ª Promessa:“Eu darei aos devotos de meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”.


2ª Promessa:“Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias ”.

3ª Promessa:“Eu os consolarei em todas as suas aflições”.

4ª Promessa:“Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”.
5ª Promessa:“Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”.

6ª Promessa:“Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias”.

7ª Promessa:“As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”.

8ª Promessa:“As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição”.

9ª Promessa:“A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração”.

10ª Promessa:“Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”.

11ª Promessa:“As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no meu Coração”.

12ª Promessa:“A todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.



Sagrado Coração de Jesus, fazei que eu  vos ame cada dia mais!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Antífona I das Primeiras Vésperas do Sagrado Coração de Jesus


"Com eterna caridade nos amou o nosso Deus;
e exaltado sobre a terra,
atraiu-nos para o seu compassivo Coração." 



Vos amo e vos espero, permaneça comigo, seja o meu guia, meu protetor e minha fortaleza por todos os dias da minha vida.

A infalibilidade Papal


Infalibilidade Papal

“A doutrina da infalibilidade do Papa foi definida no 4º capítulo da 4ª sessão do Concílio Vaticano I, realizado de 1869 a 1870 durante o pontificado do Papa bem-aventurado Pio IX; ela diz ser o Santo Padre isento erro. Mas, muitos, por desconhecimento dessa doutrina ou por má fé, questionam aos Católicos menos esclarecidos como pode o Papa ser isento de erro se ele peca. Para isso é necessário elucidar que infalibilidade é diferente de impecabilidade.
A doutrina da Infalibilidade do Papa diz que o Sumo Pontífice é infalível quando fala nas condições "ex-cathedra", isto é:
1. Quando, na qualidade de Pastor Supremo e Doutor de todos os fiéis, se dirige a toda a Igreja;
2. Quando o objeto de seu ensinamento é a moral, fé ou os costumes;
3. Quando manifesta a vontade de dar decisão dogmática e não simples advertência, instrução de ordem geral.
Em suma, o Papa é infalível quando se dirige, como tal, a toda a Igreja; quando o objeto de seu pronunciamento é moral, fé ou os costumes e quando pronuncia que dará decisão dogmática, ou seja, ele define, manifesta tal decisão. Em outras palavras, o Papa esta passível de falha fora dessas três condições. É necessário elucidar, no entanto, que quando dissemos que o Santo Padre faz um pronunciamento passível de falha, não significa necessariamente que ele falhou, apenas que tal ensinamento ou pronunciamento não foi emitido nas condições ´ex-catedra´”.
Ensina o Catecismo da Igreja Católica:
“Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade.Pelo "sentido sobrenatural da fé", o Povo de Deus "se atém indefectivelmente à fé", sob a guia do Magistério vivo da Igreja. (§ 889)
A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço,Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades. (§890)
"Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargoquando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes...A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro", sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, por seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa "a crer como sendo revelada por Deus" como ensinamento de Cristo, "é preciso aderir na obediência da fé a tais definições. Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da Revelação divina. (§ 891)
A assistência divina é também dada aos sucessores dos apóstolos, ao ensinarem em comunhão com o sucessor de Pedro e, de modo particular, com o Bispo de Roma, Pastor de toda a Igreja, quando, mesmo sem chegar a uma definição infalível e sem se pronunciar de "forma definitiva", propõem no exercício do magistério ordinário um ensinamento que leva a uma compreensão melhor da Revelação em matéria de fé e de costumes. A este ensinamento ordinário os fiéis devem "ater-se com religioso obséquio do espírito" [eique religioso obsequio adhaerere debent] qual, embora se distinga do assentimento da fé, o prolonga. (§892)”
É importante salientar que não só o Magistério Extraordinário (“ex-catedra”) é infalível, mas também o Ordinário universal, dosBispos reunidos com o Papae reiterando a doutrina que sempre fora professada pela Igreja.

DEUS É SUAVE COMO UMA BRISA




31 min · 


DEUS É SUAVE COMO UMA BRISA

Um viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo.

Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.


A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta.

A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:

“Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção”.

“Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”
Deus é nobre e suave, por isso a natureza, que saiu das suas mãos é assim.

Um dia Deus quis mostrar ao profeta como Ele é. Diz a narração da Bíblia que o Senhor disse a ele:

“Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna” (1 Reis 19,11-13).

O grande profeta do Antigo Testamento entendeu que Deus não age pela força, mas pela verdade, justiça, direito e amor. É melhor assim.



O oculto e o revelado




11 h · 


O oculto, para Deus e o revelado, para nós... - 2

Eis! O que realmente importa que saibamos, o que realmente nos salva e basta para dar sentido à vida, o Senhor nos revelou, são para nós e para que ensinemos àqueles que virão depois de nós!

O Senhor não nos revela aquilo que não nos pertence.
O Senhor não nos dá satisfação!
Revela-nos o essencial, o suficiente para que compreendamos que Ele é presença, que é amor, que é Deus fiel. Basta!
Aquilo que nos revelou não é para matar nossa curiosidade, mas para nos comprometer com Ele, no seguimento da Sua santa vontade.


Seus preceitos não são um fardo, mas setas que indicam o caminho da vida e descortinam, pouco a pouco, para quem se põe a segui-Lo, o sentido verdadeiro, simples e profundo da existência.
Por isso mesmo, valem aquelas duas bênçãos presentes no judaísmo, e que tanto me comovem: a primeira: "Bendito sejas Tu, Senhor nosso Deus, que guardas os segredos!" a segunda: "Bem-aventurados somos nós, ó Israel, pois a nós foram reveladas as coisas que agradam a Deus!" (Br 4,4)

O oculto e o revelado






Pediram que eu postasse novamente... Lá vai:

O oculto, para Deus e o revelado, para nós... - 1

"As coisas ocultas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas são para nós e nossos filhos para sempre" (Dt 29,28).
Que palavras, essas da Escritura Santa; sempre me comoveram!


Neste mundo, nesta vida há tantas realidades que não conseguimos compreender; tanto nos acontece, ocorre ao nosso redor e nos deixa com a sensação de vazio, de absurdo, de total falta de sentido!
São tantos os por quês e os para quês!
Tantas perguntas; tão parcas respostas!
Pobres filhos de Adão e filhas de Eva!

Nem toda a ciência,
nem todo o progresso tecnológico conseguirão elucidar o mistério da existência e os tantos enigmas que a povoam!
Não me refiro aos pequenos mistérios das incríveis leis da natureza... Esses são mistérios menores...
Refiro-me àqueles grandes, indecifráveis:
Por que existimos?
Para que vivemos?
Qual o sentido de tudo?
Por que a dor, o amor, a sede danada de felicidade, realização e plenitude?
Qual o sentido último da história humana?
Qual o sentido daqueles que mal nasceram e já morreram ou, ainda nascituros, foram arrancados criminosamente do ventre materno?
Qual o sentido dos que passam a vida sofrendo, alquebrados pelas tremendas vicissitudes da existência?
Por quê? Para quê? Que sentido?
Que consolo saber que há um Deus no céu: "As coisas ocultas pertencem ao Senhor nosso Deus!"
Ele tudo sabe, Ele tudo pode, Ele tudo tem nas Suas mãos benditas. E isto me basta!
E eu, que nem criança manhosa, descanso Nele, repouso no Seu coração divino, amoroso e sábio e me abandono docemente nas Suas mãos carinhosas.
Não sei; Ele sabe.
Não posso; Ele pode.
Não compreendo. Ele tem tudo em Suas mãos providentes.
"As coisas ocultas pertencem ao Senhor nosso Deus!" não a ti, homem teimoso e orgulhoso, que gostas de brincar de ser Deus e não passas de um ídolo bobo!
"Mas, as reveladas são para nós e nossos filhos para sempre!"

terça-feira, 24 de junho de 2014

"Eu sei o quanto Deus me ama,
ainda que lágrimas banham minh'alma
Ele jamais me desampara
e cuida-me de forma tão linda,
me direciona a um Jardim particular, 
onde me diz em todo tempo:
Suas flores estão sendo germinadas
e quando chegarem
serão as mais lindas do lugar".

quinta-feira, 19 de junho de 2014



O DEVIDO RESPEITO PARA COM A SAGRADA EUCARISTIA

Apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda hoje Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia Santa

Os Sacramentos que Cristo deixou na Igreja transmitem a graça da salvação que Ele conquistou pela sua morte e ressurreição; mas a sagrada Eucaristia vai mais além, porque é o centro da fé católica; é o maior de todos os Sacramentos porque nele Cristo está vivo, em corpo, sangue, alma e divindade.

Há dois mil anos, desde que pela primeira vez Jesus celebrou a Eucaristia na Santa Ceia, nunca mais a Igreja deixou de realizá-la. Além disso, Cristo na Hóstia sagrada, vítima oferecida em sacrifício, é guardado nos Sacrários para ser adorado pelos fiéis e levado aos doentes. Mas, apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia santa.

Uma dessas profanações acontece quando alguém, ciente de que está em pecado grave, comunga sem se confessar com o sacerdote. São Paulo nos lembra da gravidade de Comungar sem estar em condições para isso. Ele diz: “Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos”. (1 Cor 11,26-30)

É claro que não devemos deixar de Comungar por qualquer falta cometida, mas quando o pecado é grave, mortal, é indispensável a Confissão. Não se pode receber Aquele que é Santo em um coração que não esteja purificado.

Outra profanação seríssima contra a Eucaristia é o uso de Hóstias consagradas para a chamada “missa negra” realizada em cultos demoníacos. São Paulo fala da grandeza do Corpo de Cristo na Eucaristia: “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?… As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”. (1Cor 10,16-21).

Só para dar um exemplo recente, cito a notícia da Gaudim Press (12/5/2014): “A Arquidiocese de Boston emitiu um comunicado oficial no qual rejeitou os planos para a realização de uma “Missa Negra”, no campus da Universidade de Harvard, em 12 de maio. cpa_segredo_da_sagrada_eucaristia“Para o bem dos fiéis católicos e de todas as pessoas, a Igreja oferece um ensinamento claro sobre o culto ao demônio. Esta atividade separa as pessoas de Deus e da comunidade humana, e põem os seus participantes perigosamente próximos dos trabalhos destrutivos do mal”, advertiu a Arquidiocese.

Em vários lugares têm havido terríveis profanações da Eucaristia com arrombamentos de Sacrários, roubo de Hóstias e até pisoteamento delas. Diante de tudo isso, é preciso o máximo de cuidado com a proteção da Sagrada Eucaristia nos Sacrários. Esses devem ser muito bem fixados, fechados e protegidos. Quando há adoração do Santíssimo Sacramento exposto no Ostensório, nunca se pode deixar o mesmo sem alguém em adoração e vigilância.

Outro cuidado deve ser ao ser distribuída a Comunhão aos fiéis: é preciso observar se os mesmos as colocam na boca na frente do ministro, como obriga a Igreja. Alguém deve estar ao lado do ministro para verificar isso e proibir que alguém esconda a Hóstia e a leve para casa.

Além disso, todo respeito deve ser observado na Igreja diante do Sacrário. Ao se passar diante dele devemos fazer a genuflexão com um dos joelhos em um ato de adoração. Se passarmos diante do Santíssimo exposto, então, devemos nos ajoelhar com os dois joelhos para esse ato de adoração. Não podemos deixar que a Presença de Deus no meio de nós se torne algo trivial, banal, sem merecer a devida atenção e respeito. Diante Dele é preciso silêncio, adoração e todo respeito.

Prof. Felipe Aquino
Fonte: Ed. Cléofas
O AMOR E O ZELO PELA EUCARISTIA

Alguns meses antes de sua morte, o grande Bispo americano, Fulton J. Sheen, foi entrevistado pela rede nacional de televisão: "Bispo Sheen, milhares de pessoas em todo o mundo inspiram-se em você. Em quem você se inspirou? Foi por acaso em algum Papa?".

O Bispo Sheen respondeu que sua maior inspiração não foi um Papa, um Cardeal, ou outro Bispo, sequer um sacerdote ou freira. Foi uma menina chinesa de onze anos de idade. Explicou que quando os comunistas apoderaram-se da China, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria, próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo e dirigiram-se ao santuário. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, pegaram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam-se as hóstias consagradas. 

Eram tempos de perseguição e o sacerdote sabia exatamente quantas hóstias havia no cálice: trinta e duas. Quando os comunistas retiraram-se, talvez não tivessem percebido, ou não prestaram atenção, a uma menininha, que rezando na parte detrás da igreja, viu tudo o que ocorreu. À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo. Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato de ódio. Depois de sua Hora Santa, entrou no santuário, ajoelhou-se, e inclinando-se para frente, com sua língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. Naquele tempo não era permitido aos leigos tocar a Eucaristia com suas mãos.

A pequena continuou regressando a cada noite, fazendo sua Hora Santa e recebendo Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a, e golpeou-a até matá-la com a parte posterior de sua arma.
Este ato de martírio heroico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava da janela de seu quarto convertido em cela.

Quando o Bispo Sheen escutou o relato, inspirou-se de tal maneira que prometeu a Deus que faria uma Hora Santa de oração diante de Jesus Sacramentado todos os dias, pelo resto de sua vida. Se aquela pequena pôde dar testemunho com sua vida da real e bela Presença do seu Salvador no Santíssimo Sacramento então, o bispo via-se obrigado ao mesmo. Seu único desejo desde então seria atrair o mundo ao Coração ardente de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A pequena ensinou ao Bispo o verdadeiro valor e zelo que se deve ter pela Eucaristia; como a fé pode sobrepor-se a todo medo e como o verdadeiro amor a Jesus na Eucaristia deve transcender a própria vida.

quarta-feira, 18 de junho de 2014


  1. Pensamentos Consoladores de São Francisco de Sales.

  2. 6/14 - Não desejamos nem recusemos os alívios na doença.

  3. Nosso Senhor, estando na cruz, fez-nos compreender bem como devemos mortificar os sentimentos naturais que nos tornam muito compassivos conosco; porque, tendo grande sede, não pediu para beber, mas manifestou somente a sua necessidade: "Tenho sede". E depois fez um ato de grande submissão, porque sendo-lhe apresentada na ponta duma lança uma esponja embebida em fel e vinagre, colou a ela os seus benditos lábios.
  4. Caso estranho! Não ignorava que era uma bebida que aumentaria o seu tormento; contudo bebeu simplesmente sem nada dizer, para nos ensinar com que submissão devemos receber o que nos dão, quando estamos doentes, sem mostrarmos repugnância, desgosto, ou enfado. Ah! se estamos um pouco incomodados, em vez de imitarmos o nosso doce Mestre, não cessamos de nos lamentar e queixar; o nosso mal, seja qual for, é incomparável, e o que os outros sofrem nada é; estamos impacientes e tristes o mais possível e nada achamos que nos possa prontamente aliviar. Enfim custa a ver como imitamos tão pouco a paciência do nosso Salvador, que esquecendo as suas dores não procurava torná-las conhecidas, mas contentava-se em que seu Pai celeste, por cuja ordem sofria, as considerasse e derramasse o fruto sobre os homens por quem sofria.
  5. A humildade, a paciência e o amor d'Aquele que nos envia as cruzes, requerem que as recebamos sem nos queixar; mas, notai há muita diferença entre contar os seus males e lamentar-se deles. Podemos contá-los assim em muitas ocasiões, somos obrigados a contá-los e a dar-lhes remédios; mas isto deve-se fazer com calma, sem o exagerarmos por palavras ou por lamentações.
  6. É isto que diz a Santa Tereza; porque lamentar-se não é narrar o seu mal, mas contá-lo com lamentações e testemunhos de aflição.
  7. Narrai pois simples e verdadeiramente, sem escrúpulo; mas de maneira que proveis sujeitar-vos a ele docemente. Gravai na vossa memória estas duas queridas frases que tantas vezes vos tenho recomendado: Nada desejeis e nada recuseis. Nestas duas palavras esta dito tudo. Contemplai o Menino Jesus no presépio; recebeu a pobreza, a nudez, a companhia dos animais, e as injúrias do tempo, o frio e tudo que seu Eterno Pai permitiu que lhe acontecesse. Não esta escrito que estendesse as mãozinhas para pedir o seio de sua Mãe. Entregava-se completamente ao seu cuidado e previdência. Não recusava os pequenos alívios que ela proporcionava e recebia os serviços de São José, as adorações e presentes dos pastores e dos reis, e tudo isto com igualdade perfeita. Devemos fazer o mesmo, e a exemplo do divino Salvador, nada pedirmos e nada recusarmos, mas sofrer e receber igualmente tudo o que a Providência de Deus permitir que nos suceda. Conceda-nos Deus esta graça.
  8. Encontro no Evangelho um modelo perfeito desta virtude na sogra de São Pedro. Esta boa enferma, atacada por uma grande febre, ficara tranquila e sem inquietação alguma, e mesmo sem a causar aos que a serviam. Contentava-se com sofrer o seu mal com paciência e doçura. Oh! Deus quanto era ela feliz e como merecia que cuidassem dela, como fizeram os Apóstolos, que trataram dela sem que lhes pedisse, mas por caridade e compaixão!
  9. Esta boa, enferma, bem sabia que Nosso Senhor estava em Cafarnaum e que curava os doentes; contudo não se apressou a ir dizer-lhe que sofria... Mas o que é ainda mais admirável é que o viu em sua casa, onde Jesus a viu e ela a Ele, e contudo não lhe disse uma única palavra para o excitar à compaixão, nem o tocou com intenção de ser curada.
  10. Ainda mais: parece não fazer caso da doença, não se enternece a contá-la, não se lamenta, nem pede que lamentem e lhe busquem o remédio. Contenta-se com que Deus o saiba e os que a governam. Considera a Nosso Senhor, não só como o seu soberano médico mas ainda como Deus, a quem pertence tanto na saúde como na doença, estando tão contente, sã como enferma. Oh! quantas pessoas teriam usado de finura para serem curadas por Nosso Senhor, e teriam dito que pediam a saúde para o servir melhor, temendo que lhe não faltasse alguma coisa. Mas esta Santa mulher não pensava nisto; fazendo ver a sua resignação, e nada pedindo a Nosso Senhor senão a sua santíssima vontade.
  11. Não quero com isto dizer que a não possamos pedir a Deus como a quem no-lo pode dar, com a condição de nos submetermos à sua vontade.
  12. Não basta estar doente, porque Deus o quer, mas também como Deus o quer, quando Deus o quer, e da maneira que quiser, não escolhendo doença alguma, por abjeta e humilhante que seja; porque muitas vezes o mal sem abjeção entumece o coração em vez de o humilhar: mas quando padecemos o mal e a confusão ao mesmo tempo, que ocasião para exercermos a paciência, a humildade e a doçura da alma!
  13. Tenhamos um grande cuidado, imitando aquela santa mulher, mantendo nosso coração em doçura, aproveitando-nos como ela das nossas doenças; porque ela se levantou logo e serviu a Nosso Senhor, não usando da sua saúde senão para seu serviço. E nisto não fez como os mundanos, que tendo estado doente alguns dias, precisam de semanas e meses inteiros para se restabelecerem.
  14. Não vos lamenteis pois, obrigai vosso coração a sofrer tranquilamente; e se tiverdes alguma impaciência, logo que notardes, conservai o vosso coração em paz e doçura. Crede-me; Deus ama as almas agitadas pelas ondas e tempestades do mundo, contanto que recebam das suas mãos os trabalhos e como guerreiros valentes, se exercitem a guardar fidelidade entre os assaltos e combates.
  15. Se estais algumas vezes pouco tratável nas vossas enfermidades, isso passará pouco a pouco. O espírito humano muda muitas vezes sem que o pensemos e aquele que menos perturbações sente, é o melhor.
  16. Quanto a vós, suponho que agora a idade e a fraqueza da vossa compleição vos tornarão fraco e lânguido; é por isso, que vos aconselho que vos exerciteis em acatar a amabilíssima vontade de Deus, e na abnegação das alegrias exteriores e na doçura entre as amarguras; é este o sacrifício mais excelente que podeis fazer.
  17. Praticai não só o amor sólido, mas o amor terno, doce e suave para com os que vos cercam; o que eu digo pela experiência que tenho, que as doenças, não nos tirando a caridade, tiram-nos contudo a suavidade para com o próximo, se nos não prevenirmos.
  18. É preciso que nos soframos a nós próprios até que Deus nos conduza ao céu, e enquanto nos suportamos, nada que presta suportamos... Tenhamos pois paciência. As doenças do espírito, bem como as do corpo, chegam as corridas, mas vão-se a passo. Convém pois, ó Filotéia que sejas corajosa e paciente nesta empresa.
  19. Estas doenças longas são uma escola de caridade para os que lhes assistem e de amorosa paciência para os que as sofrem; porque uns estão aos pés da cruz como Nossa Senhora e São João, cuja compaixão imitam, e outros estão na cruz como Nosso Senhor, imitando-lhe a paixão.
  20. Muitas vezes sai-se destes acidentes com uma vantagem dupla, porque a febre dissipa os maus humores do corpo e purifica os do coração.



  21. Read more: http://www.saopiov.org/2014/06/pensamentos-consoladores-de-sao_18.html#ixzz350Mb4Rbz

terça-feira, 17 de junho de 2014



Catecismo da Igreja Católica

7. Preguiça: quando temos todo tempo do mundo a nossa disposição e mesmo assim deixamos de fazer as boas coisas em função de Deus e do próximo. (Eclesiástico 33,28-29; Provérbios 24,30-31; Ezequiel 16,49; Mt 20,6)

3.7 Acédia ou Preguiça Espiritual

A acédia é um dos principais pecados contra o amor a Deus, é um vício diretamente oposto ao amor de Deus e a alegria santa que resulta d'Ele. Provém da falta de gosto pelos valores espirituais, o desânimo no empenho pela santificação devido ao esforço que este requer e a lerdeza e o torpor na vida espiritual. É não encontrar prazer em Deus e considerar as coisas que a Ele se referem como algo triste e sem sabor. É um desgosto pelas coisas espirituais, que leva a executá-las mal, ou omiti-las sob vãos pretextos.


Esta tristeza deprimente, esse desgosto são bem diferentes da aridez espiritual ou dos sentidos que, em provações divinas, é acompanhada de contrição verdadeira por nossos pecados, de temor de ofender a Deus, de um novo desejo de perfeição, de uma necessidade de solidão, de recolhimento, e da oração de simples contemplação.

Segundo ensino de S. J. da Cruz, na aridez espiritual, a secura não vem da frouxidão e tibieza, pois apesar desta secura, tem solicitude interior pelas coisas de Deus, aliás tem solicitude com cuidado e pena de que não serve a Deus, tem desejos de servir a Deus. A parte sensitiva fica muito decaída, frouxa e fraca para operar, pelo pouco gosto que acha; o espírito, contudo está pronto e forte.

Na acédia, a secura vem da frouxidão, da negligência, não tem solicitude interior pelas coisas de Deus, remissa na vontade e no ânimo, tudo se vai em desgosto e estrago do natural. Ex.: na secura uma pessoa sofre porque tem distrações e luta para diminuí-las, no estado de preguiça espiritual a pessoa as acolhe, deixa-se levar por pensamentos usuais.

Conseqüências da Preguiça Espiritual

- Desistência das tarefas religiosas necessárias para a nossa salvação e santificação.

- As más tendências tendem a aumentar pouco a pouco, manifestando-se por numerosos pecados veniais que nos dispõem a cometer graves faltas.

- Busca de consolações materiais, prazeres inferiores com a finalidade de fugir da tristeza e desgosto, pela privação da alegria espiritual através da sua própria negligência e preguiça.

- Tristeza maligna que oprime a alma, dela nascem a malícia, o rancor sobre o seu próximo, desencorajamento, torpor espiritual mesmo pelo esquecimento de preceitos e, finalmente, procura de coisas proibidas, que levam à curiosidade, loquacidade, inquietude, instabilidade e agitação infrutífera. Desta forma a pessoa chega a uma cegueira espiritual e a um progressivo enfraquecimento da vontade.






segunda-feira, 16 de junho de 2014


















DEZ PENSAMENTOS DE SÃO JOÃO DA CRUZ

1 - O mais leve movimento de uma alma animada de puro amor é mais proveitoso à Igreja do que todas as demais obras reunidas.

2 - Não faça coisa alguma, nem diga palavra alguma, que Cristo não faria ou não diria se encontrasse nas mesmas circunstâncias.


3 - Renuncie aos desejos e encontrará o que o seu coração deseja.

4 - Quem não procura a Cruz de Cristo não procura a glória de Cristo.

5 - Quem se queixa ou murmura não é cristão perfeito, nem mesmo um bom cristão.

6 - Um coração puro encontra em tudo o conhecimento de Deus.

7 - As criaturas são os vestígios das pegadas de Deus, pelas quais se reconhece sua grandeza, poder e sabedoria.

8 - Os incomensuráveis bens de Deus só podem ser acolhidos por um coração vazio.

9 - Verbo Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, está essencial e realmente escondido no íntimo de cada ser.

10 - Se a alma procura desapegar-se de todas as coisas e permanecer vazia e despojada de tudo - tendo feito tudo o que era de sua parte - é impossível que Deus deixe de fazer a dele, de comunicar-se a ela pelo menos em segredo e no silêncio.





sábado, 14 de junho de 2014



SANTO DO DIA

DATA: 14-JUN - Santa Clotilde, marcou a história política cristã da França

A santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da França, já que era filha do rei Ariano. Santa Clotilde nasceu em Leão – França – no ano de 475, e ao perder os pais muito cedo, acabou sendo muito bem educada pela tia que a introduziu na vida da Graça.


Clotilde era ainda uma bela princesa que interiormente e exteriormente comunicava formosura, quando casou-se com um rei pagão, ambicioso e guerreiro, tendo com ele cinco filhos que acabaram herdando o gênio do pai. Como rainha Clotilde foi paciente, caridosa, simples e como mãe e esposa investiu tudo na conversão destes que amava de coração, por amor a Deus.

O soberano se propôs à conversão caso vencesse os alemães que avançavam sobre a França; ao conseguir este feito cumpriu sua palavra, pois tocado por Jesus e motivado pela esposa entrou na Catedral para receber o batismo e começar uma vida nova. O esposo morreu na Graça, ao contrário dos filhos revoltados e mortos a espada em guerras. Desta forma Santa Clotilde mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas, e ajudou na construção de igrejas e mosteiros, isto até entrar no Céu em 545.

Santa Clotilde, rogai por nós!

Como entender que a Igreja não erra?


Como entender que a Igreja não erra?
Categoria: Artigos

Publicado em 19 de maio de 2014

A palavra “Igreja” pode ser utilizada de duas maneiras: a primeira quando designa a sua totalidade, e a segunda quando se refere ao Magistério enquanto tal. Ambas realidades são infalíveis. No primeiro caso, como afirmar que ela não erra?

O Credo professado aos domingos na Santa Missa diz: “Creio na Igreja UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA”, ora, “esses quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si, indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. A Igreja não os confere a si mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una, santa, católica e apostólica, e é ainda Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”, assim ensina o Catecismo da Igreja Católica em seu número 811.

Infelizmente, nos dias atuais, é comum se ouvir que a Igreja é “santa e pecadora”. Tal pensamento não poderia ser mais errôneo e falacioso. A Igreja é verdadeiramente santa e imaculada, mas os seus membros é que são pecadores. O Catecismo, por meio do “Credo do Povo de Deus”, do Papa Paulo VI, ensina que:

A Igreja é santa, mesmo tendo pecadores em seu seio, pois não possui outra vida senão a da graça: é vivendo de sua vida que seus membros se santificam; é subtraindo-se à vida dela que caem nos pecados e nas desordens que impedem a irradiação da santidade dela. É por isso que ela sofre e faz penitência por essas faltas, das quais tem o poder de curar seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo. (CIC 827)

Assim, a Igreja, Corpo de Cristo, imaculado, é como um núcleo e do qual cada católico é um membro, podendo livremente aproximar-se ou afastar-se dele. Ao aproximar-se da Igreja, o católico é cada vez mais santificado pela Graça que dela emana. Da mesma forma, se livremente o católico decide afastar-se, por sua própria responsabilidade pessoal, afasta-se da da vida da Igreja, da comunhão com o Corpo de Cristo.

A Igreja, que é mãe, quer que seus filhos estejam em comunhão com ela, por isso, seus membros santos fazem penitência e pedem perdão a Deus pelos pecados daqueles membros que se afastam do núcleo. A Igreja, portanto, é santa. Esta realidade pode ser também observada em outros aspectos: ela é infalível em matéria de fé. O próprio Cristo cuidou para que assim fosse:

“Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o povo de Deus «se atém indefectivelmente à fé», sob a guia do Magistério vivo da Igreja.” (CIC 889)

Haverá fé sobre a terra quando o Filho do Homem retomar, pergunta Jesus. Sim, isso é certo. Mas, onde essa Igreja será reconhecida? Naqueles que continuarem a fé dos Apóstolos ao longo dos séculos, mesmo sob tribulações.

Não se trata de quantidade, mas sim de qualidade. Serão pessoas comprometidas com a fé, unidas à vida da graça, àquela santidade e santificação promovida pela união com o Corpo de Cristo. Serão os indefectíveis na fé.

Sabendo que a Igreja como um todo não erra, resta responder de que modo o Magistério também é indefectível. O Catecismo da Igreja Católica, ensina que “a missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com o seu povo” (CIC 890). Deus tem uma aliança com o seu povo e prometeu que estaria com o seu povo todos os dias. É função do Magistério a manutenção dessa aliança, embora membros possam sair dela.

O Catecismo prossegue dizendo que “deve protegê-Io dos desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica.” A dificuldade da Igreja consiste também na perda do élan, quando tudo se torna fácil, o que leva também à perda da radicalidade evangélica. O povo, olhando para o Magistério, enxerga um serviço. A Igreja é infalível e dentro dessa infalibidade existe o serviço do Magistério.

“O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades.” (CIC 890)

A Igreja possui o Magistério: o Papa e os Bispos, os quais recebem o carisma das coisas seguras na fé. Esse carisma pode ser exercido de forma solene, nas chamadas declarações ex cathedra do Papa ou nos Concílios Ecumênicos, quando esse carisma é exercido para confirmar a fé dos católicos. Mas, também de modo comum e ordinário no ensinamento do dia-a-dia, pois quando o Papa e os Bispos em comunhão com ele expõem a fé católica, estão também reproduzindo a fé recebida dos Apóstolos.

Deste modo, quando existe uma dúvida acerca de um ensinamento, o Magistério propõe uma declaração ex cathedra, mas quando é somente para reforçar o que se tem certeza, utiliza-se o modo ordinário. O que varia, portanto, é modalidade do pronunciamento.

Quando o pronunciamento é feito de forma oficial não resta dúvida de que se trata de um Magistério infalível. Contudo, no dia a dia fica mais difícil perceber essa infalibilidade. O primeiro critério é observar se o pronunciamento ou o documento contém o que a Igreja prega semper, ubique ET ab amnibus, ou seja, se está de acordo com a Tradição. Qualquer documento da Igreja só tem valor se estiver em sintonia com a Igreja de sempre, com a fé de dois mil anos.

O Magistério é infalível quando está unido continuamente à fé dos apóstolos, contudo, podem ocorrer imprecisões ou palavras mal empregadas que precisem de adequação, revisão ou esclarecimento. Pior ainda, os membros do Magistério são tão capazes de pecar quanto os demais, podendo assim cair na heresia, na apostasia ou no cisma. A História da Igreja está recheada desses exemplos e essa é grande dificuldade na aceitação da infabilidade do Magistério.

Todos os homens, inclusive os membros do clero, conforme dito, são pecadores e é preciso um esforço conjunto para que cada um mantenha-se em comunhão com a fé de sempre, com os santos, com a Tradição. Os fiéis, em sua totalidade, estão obrigados a obedecer aos membros do Magistério, conforme diz o Código de Direito Canônico:

Cân. 212 § 1. Os fiéis, conscientes da própria responsabilidade, estão obrigados a aceitar com obediência o que os sagrados Pastores, como representantes de Cristo, declaram como mestres da fé ou determinam como reitores da Igreja.

§ 2. Os fiéis têm o direito de manifestar aos Pastores da Igreja as suas necessidades e os seus anseios.

§ 3. De acordo com a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, tem o direito e, às vezes, até o dever de manifestar aos Pastores sagrados a própria opinião sobre o que afeta o bem da Igreja e, ressalvando a integridade da fé e dos costumes e a reverência para com os Pastores, e levando em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas, deem a conhecer essa sua opinião também aos outros fiéis.

Isso significa que é possível a colaboração dos fiéis leigos com o Magistério. Faz parte da constituição da Igreja esta ajuda. Uma vez alcançada a maioridade dentro da Igreja, cada um na sua função, todos são responsáveis em colaborar para que ela continue sendo a Esposa Santa de Cristo na Terra e, portanto, indefectível na fé.

Retirado do livro: A Resposta Católica, de Padre Paulo Ricardo

O que a Igreja liga na Terra, Jesus liga no céu


O que a Igreja liga na Terra, Jesus liga no céu
Categoria: Artigos

Publicado em 18 de março de 2014

Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. (Mt 18,18)

Parece que há alguns católicos que não entenderam ainda as promessas que Jesus fez à Igreja que Ele instituiu sobre Pedro de os Apóstolos. Entre outras Ele lhes disse: “Quem vos ouve a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou”. (Lc 10,16).

Esta é a bela lógica que Deus escolheu para salvar a humanidade: o Pai enviou o Filho como salvador e Redentor; e o Filho enviou a Igreja. É preciso ter com clareza que a Igreja é o “prolongamento da presença de Cristo no meio da humanidade”. “A Igreja é o Corpo do Senhor, e o ostensório do Seu coração”, disse Maurice Zundel. Bossuet preferiu dizer que: “A Igreja é Jesus Cristo derramado e comunicado a toda a terra”.

Os grandes Santos Padres da Igreja, doutores da Igreja, como São Basílio Magno, São Gregório de Nissa, São Gregório de Nazianzo, Santo Agostinho, São Jerônimo, etc., tinham esta certeza: “Ubi Petrus, ibi Ecclesia; ubi Ecclesia ibi Christus” (Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Jesus Cristo). Santo Inácio de Antioquia (†110), mártir no Coliseu de Roma, disse: “Onde está o Cristo Jesus está a Igreja Católica”. A Lumen Gentium do Concílio Vaticano II, disse que “Deus estabeleceu congregar na Santa Igreja os que creem em Cristo” (LG, 2).

Uma promessa que Jesus fez à Igreja, a Pedro (Mt 16,19) e aos Apóstolos unidos a Pedro (Mt 18,18), é que tudo o que eles ligarem na Terra, Ele ligaria no céu. E aí está a infalibilidade da Igreja: como no céu não pode ser ligado nada errado, então, o Espírito Santo assiste e guia a Igreja para não ligar nada de errado na Terra, pois isto terá de ser ligado no céu, por força de promessa de Jesus.

Desta certeza vem toda a beleza, por exemplo, da Liturgia. Ou ainda, quando a Igreja celebra o Natal aqui, no dia 25 de dezembro, o céu também o celebra neste dia. Se a Igreja celebra o dia do nascimento de Nossa Senhora no dia 8 de setembro, o céu o celebra no mesmo dia, e assim por diante. E quando celebramos essas datas e todas as outras festas litúrgicas, solenidades e memórias de santos, no dia fixado pela Igreja, as graças desse acontecimento se tornam atuais e as recebemos em sua celebração como no acontecimento original. De modo especial, quando celebramos a Santa Missa, torna-se presente a nossa Redenção. Daí vem toda a beleza, profundidade e espiritualidade da Liturgia.

É de causar admiração o poder que Jesus confiou a Pedro, o Papa, e à sua Igreja. Quando o Papa confirma, por exemplo, que alguém é santo, e o canoniza, não há dúvida de que aquela pessoa está no céu, “intercedendo por nós sem cessar”, como diz a Liturgia eucarística. Esta é a beleza de nossa fé; desde aqui da Terra já participamos da glória do céu, como que por antecipação.

Prof. Felipe Aquino

O que é o Mistério da Santíssima Trindade?


O que é o Mistério da Santíssima Trindade?Categoria: Artigos
Publicado em 13 de junho de 2014

O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d’Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.

Santo Agostinho (†430) dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47). O Santo disse que Deus não é para ser compreendido, mas adorado. “Se o compreendesses era não seria Deus”.

Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).

A Profissão de Fé do Papa Dâmaso, diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71. A Igreja ensina que as pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:

Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava:

“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe… A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro… Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).

O primeiro catecismo chamado Didaqué, do ano 90 dizia:

“No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Didaqué 7,1-3).

São Clemente de Roma, papa no ano 96, ensinava: “Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça” (Carta aos Coríntios 46,6). “Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo” (Carta aos Coríntios 58,2).

Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, dizia: “Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda” (Carta aos Efésios 9,1).

São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: “Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos” (I Apologia 61).

S. Irineu de Lião, ano 189: “Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus…” (Contra as Heresias I,10,1).

“Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto dele antes de toda a criação” (Contra as Heresias IV,20,4).

E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:

“Cremos… em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas” (Credo de Nicéia).

Prof. Felipe Aquino

Lendo o Catecismo



Lendo o Catecismo

J.8.8 Efeitos da justiça

§2304 O respeito e o desenvolvimento da vida humana exigem a paz. A paz não é somente ausência de guerra e não se limita a garantir o equilíbrio das forças adversas. A paz não pode ser obtida na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, sem a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos, a prática assídua da fraternidade. E a "tranqüilidade da ordem", "obra da justiça" (Is 32,17) e efeito da caridade.