quarta-feira, 29 de maio de 2013



Mariam de Belém e o Espírito Santo




Queridos irmãs, queridas irmãs, a paz! Em Medjugorje, a Gospa nos ensinou que “quem tem o Espírito Santo, tem tudo”.
Recentemente tive a oportunidade de ler um precioso livro sobre uma mística carmelita, Mariam, a beata Maria de Jesus Crucificado. Eis alguns trechos para serem meditados e vividos por nós:
 
“Segundo testemunho das irmãs, Mariam tinha uma devoção extraordinária pelo Espírito Santo e dizia sem cessar:
‘Espírito Santo, inspira-me. Amor de Deus, consome-me. Conduze-me ao verdadeiro caminho. Maria, minha Mãe, socorre-me. Com Jesus, abençoa-me. De todo o mal, de toda a ilusão, de todo o perigo, preserva-me’.
Mariam chamava o Espírito Santo com todo o seu coração, em qualquer lugar e em todas as circunstâncias. Sempre que tinha que tomar uma decisão ou uma iniciativa, quando precisava fazer uma escolha, resolver um problema, ela invocava o Espírito Santo.
Ela chamava-O utilizando uma linguagem de criança: ‘Vem, minha consolação! Vem, minha alegria! Vem, minha paz! Minha força, minha luz, vem, ilumina-me para que eu possa encontrar a fonte onde possa matar a sede!’ Ela dizia: ‘Espírito Santo, não me recuses nada, Espírito Santo, não me recuses nada!’
Um dia, Jesus lhe transmite a seguinte mensagem: Todo aquele que invocar o Espírito Santo, procure-Me e encontrar-Me-á. A sua consciência será delicada como a flor dos campos. Se for um pai ou uma mãe de família, a paz entrará na família e o seu coração ficará em paz neste mundo e no outro. Não morrerá nas trevas, mas na paz.
Eis a parte da mensagem destinada aos sacerdotes: Desejo ardentemente que os padres celebrem todos os meses uma missa em honra do Espírito Santo. Todos os que a celebrarem ou nela participarem, receberão a estima do próprio Espírito Santo. Receberão luz, terão paz. Curarão os doentes, despertarão os que dormem.
     O que tocava a Irmã Maria de Jesus Crucificado era a graça oferecida a todas as almas: a graça de se deixarem inspirar pelo Espírito Santo. E ela gostava de repetir: ‘Temos um Espírito Santo!’. Ela sempre teve pena de ver que o mundo e até mesmo alguns cristãos e membros do clero vivessem como se o Espírito Santo não existisse.
Por exemplo, a propósito das faltas cometidas pelas comunidades religiosas, que ela sabia entristecerem tanto o Senhor, dizia: ‘O mundo e as comunidades religiosas procuram novidades nas devoções e negligenciam a verdadeira devoção ao Paráclito; por isso há erros, desunião e não há paz nem luz’. E sublinhava que nestas comunidades e entre os cristãos não se evocava a luz divina tanto quanto se devia. Ora, dizia ela, ‘é esta luz do Espírito Santo que nos dá a conhecer a verdade. Até mesmo nos seminários se negligencia essa devoção ao Espírito Santo’.
Mariam nunca compreendeu como se pode passar ao lado de um tal dom de Deus. Ela costumava dizer: ‘Todas as pessoas que, no mundo ou na comunidade, invocam o Espírito Santo e Lhe prestam devoção, não morrerão no erro’.
Mariam exprime uma grande esperança em relação aos padres: ‘Todo o padre que pregar esta devoção receberá luz quando falar dela aos outros’.
 
Fonte: “Mariam de Belém, a Pequena Árabe”, de Ir. EmmanueL

terça-feira, 28 de maio de 2013



Quid faciam, cum surrexerit ad iudicandum Deus? Et cum quaesierit, quid respondebo illi? – “Que farei quando Deus se levantar para me julgar? E quando me perguntar, que lhe responderei?” (Iob 31, 14.)
Sumário. Logo que o homem expira, assentar-se-á contra ele o juízo. Virão depois os acusadores, particularmente o demônio, que o tentou durante a vida e o Anjo da guarda, cujas inspirações desprezou. Jesus Cristo mesmo, que a tudo esteve presente, será, ao mesmo tempo, testemunha e juiz. Dize-me: que responderemos a tais acusadores se tivermos a desgraça de morrer em pecado?... E se a morte nos colhesse nesta noite, qual seria a nossa sentença?
I. Logo que o homem expira, assentar-se-á contra ele o juízo e serão abertos os livros (1). Esses livros serão dois: o Evangelho e a consciência. No Evangelho se lerá o que o culpado devia fazer; na consciência, o que tiver feito. – Na balança da divina justiça, não se pesarão as riquezas, nem a dignidade, nem a nobreza das pessoas, mas tão somente as obras. Pelo que Daniel disse ao rei Baltazar: Appensus es in statera, et inventus es minus habens (2) – “Foste pesado na balança e achou-se que tinhas menos do peso”. Notai bem, comenta o Padre Alvarez: não é o ouro, nem o poder de rei que está na balança, mas unicamente a sua pessoa.
Virão depois os acusadores e em primeiro lugar o demônio. O espírito maligno agora engana-nos com mil astúcias; mas ali, diz Santo Agostinho, perante o tribunal de Jesus Cristo: recitabit verba professionis nostrae, representará todas as obrigações que havíamos assumido e deixado de cumprir. Obiciet in faciem nostram,denunciar-nos-á todas as faltas, marcando o dia e a hora em que as cometemos. Depois, segundo diz o mesmo Santo, dirá ao Juiz: Senhor, por este culpado eu não sofri bofetadas como Vós, nem açoites, nem qualquer outro castigo e contudo ele Vos virou as costas, a Vós que morrestes pela sua salvação, para se fazer meu escravo; é, pois, justo que seja meu. Ordenais, pois, que seja todo meu, já que não quis ser vosso: Iudica esse meum qui tuus esse noluit.
Virá em seguida como acusador o Anjo da Guarda, que, na palavra de Orígenes, dirá: Senhor, durante tantos anos me empenhei junto dele, mas desprezou todas as minhas admoestações. Então sucederá o que diz Jeremias; os próprios amigos serão contra a alma culpada: Omnes amici eius spreverunt eum (3).
II. Não serão somente os demônios e os Anjos da guarda os acusadores da alma perante o tribunal de Jesus Cristo. Segundo o profeta Habacuc serão também acusadores as paredes, no recinto das quais se tiver pecado (4); e segundo São Paulo, a própria consciência dará testemunho contra o pecador, e São Bernardo acrescenta que também os pecados falarão e dirão: Sabes que tu nos praticaste, somos, pois, obras tuas; não te deixamos: Opera tua sumus, non te deseremus.
Mas acima de todos, diz São João Crisóstomo, bradarão por vingança as chagas de Jesus Cristo: “Os cravos”, diz o Santo, “queixar-se-ão de ti; as chagas falarão contra ti, a própria Cruz de Jesus Cristo levantará a voz contra ti.”
A tudo isso que poderá responder o pobre pecador?... E tu, minha alma, que é que responderás? Interroga-te a tia mesma e pergunta com o santo Jó: Quid faciam, cum surrexerit ad iudicandum Deus (5) – “Que farei quando Deus se levantar para me julgar?”
Ah! Meu Jesus, se me quisésseis agora pagar segundo as obras que fiz, não receberia em paga senão o inferno. Quantas vezes eu mesmo escrevi a minha condenação àquele lugar de tormentos! Agradeço-Vos a paciência que tivestes em me suportar. Ó meu Deus, se devesse agora comparecer no vosso tribunal, que conta daria de toda a minha vida? Non intres in iudicium cum servo tuo (6) – “Não entreis em juízo com vosso servo”. Esperai, Senhor, um pouco; não me julgueis ainda! Já que tantas misericórdias me tendes prodigalizado até ao presente, concedei-me ainda esta: dai-me uma grande dor de meus pecados. Arrependo-me, ó Bem supremo, de Vos ter tantas vezes desprezado. Amo-Vos sobre todas as coisas. – Perdoai-me, Eterno Pai, pelo amor de Jesus Cristo e pelos seus merecimentos dai-me a santa perseverança. Tudo espero, meu Jesus, do vosso sangue. – Maria Santíssima, em vós confio. Lançai, ó minha Mãe, um olhar sobre a minha miséria e tende piedade de mim. (*II 110.)
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1. Dan. 7, 10.
2. Dan. 5, 27.
3. Thren. 1, 2.
4. Hab. 2, 11.
5. Iob. 31, 14.
6. Ps. 142, 2.

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 146-149.


GRUPO SÃO PIO V

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pela Devoção a Maria Salvaram-se os Bem-aventurados

Os servos de Maria têm um belíssimo sinal de predestinação. Para confortá-los, a Santa Igreja aplica à Mãe de Deus o texto do Eclesiástico: Em todos estes busquei o descanso e assentarei a minha morada na herança do Senhor (24, 14). O Cardeal Hugo comenta: Feliz daquele em cuja morada a Santíssima Virgem encontra o lugar de seu repouso. Maria ama a todos os homens e quereria ver sua devoção reinar no coração de todos os fiéis. Muitos ou não a recebem ou não a conservam. Feliz de quem a recebe e conserva fielmente. “Assentarei a minha morada na herança do Senhor”, isto é, — segundo Pacciucchelli — a devoção à Santíssima Virgem ostenta-se em todos os que no céu formam a herança do Senhor e lá eternamente o louvam. E mais adiante lemos: Aquele que me criou descansou no meu tabernáculo e me disse: Habita em Jacó e possui a tua herança em Israel, e lança raízes nos escolhidos (Eclo 24, 12 e 13). Isto quer dizer: Meu Criador dignou-se vir repousar em meu seio, e quis que eu habitasse no coração de seus eleitos (dos quais Jacó foi figura), que são minha herança. Determinou que deitassem profundas raízes em todos os predestinados a devoção e a confiança para comigo.
Oh! quantos não estariam agora no céu, se Maria, com a sua poderosa intercessão, para ali não os tivesse conduzido. “Eu fiz com que nascesse no céu uma luz que nunca falta” (Eclo 24, 6). O Cardeal Hugo, aplicando esse texto à Santíssima Virgem, fá-la dizer: Faço brilhar no céu tantos luzeiros eternos, quantos são os meus devotos. Por isso ele acrescenta: Muitos santos acham-se no céu pela intercessão de Maria sem ela jamais lá estariam.

Garante S. Boaventura que as portas do céu se abrem para receber a quantos confiam no patrocínio de Maria. S. Efrém diz por isso ser esta devoção a abertura do paraíso. E Blósio assim se dirige à Virgem Maria: Senhora, a vós estão confiadas as chaves e os tesouros do reino celestial. Portanto, continuamente lhe devemos pedir com S. Ambrósio: Abri-nos, ó Maria, a porta do paraíso, já que dele tendes as chaves e sois a porta, como vos chama a Santa Igreja.

O nome de Estrela do Mar também é dado a Maria pela Santa Igreja. Porque assim como os navegantes, diz S. Tomás, são dirigidos ao porto por meio da estrela, também assim os cristãos são guiados para o paraíso por meio de Maria. Igualmente chama-a o Pseudo-Fulgêncio de escada do céu. Isso porque por meio dela desceu o Senhor do céu à terra, para que por ela os homens merecessem subir da terra ao céu. E a este propósito lhe diz S. Atanásio Sinaíta: Senhora, sois cheia de graça para serdes o caminho de nossa salvação e a subida para a pátria celeste. Para S. Bernardo é ela o carro que nos leva ao céu. João, o Geômetra, a saúda como carro resplandecente por meio do qual os seus servos entram no céu. Daí, pois, a exclamação de S. Boaventura: Bem-aventurados os que vos conhecem, ó Mãe de Deus, porquanto conhecer-vos é a estrada da vida imortal, e celebrar vossas virtudes é o caminho para a salvação.

Pergunta Dionísio, o Cartuxo: Quem se salvará? quem conseguirá reinar no paraíso? E responde: Aqueles, sem dúvida, por quem tiver rogado a Mãe de misericórdia. É o que ela mesma afirma com as palavras: Por mim reinam os reis (Pr 8, 15). Por minha intercessão as almas reinarão, primeiramente sobre suas paixões na vida mortal e depois no céu, onde todos são reis, na frase de S. Agostinho. Maria é, em suma, a Senhora do céu, pois que ali manda como quer e nele introduz quem quer. Assim conclui Ricardo de S. Lourenço, que à Virgem aplica por isso as palavras do Eclesiástico. É em Jerusalém o meu poder (24, 15).
 
(Glórias de Maria – Santo Afonso Maria de Ligório)

GRUPO SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO

terça-feira, 21 de maio de 2013







                      HOMENAGEM A DUAS GRANDES AMIGAS IRMÃS, INARA E LEDA.
                                                                                      UM POUCO DE POESIA



Do que é feita a sua amizade?
A minha é feita de CUMPLICIDADES, PARTILHAS E MUITAS risadas, pode ser a coisa mais normal como a mais absurda. E é impressionante como sempre estamos juntas, ou se não estamos, com certeza a primeira coisa que pensamos é em uma de nós. Podemos rir de um simples sapato ou do cabelo novo, como uma quedinha na escada do restaurante, de nós mesmas., do que falamos... Ou talvez de uma onda ate um tombo de patins no gelo, rimos de uma foto que dá medo, e rimos da Vida Loka 100%… As vezes rimos para não chorar, rimos para consolar....
...E o que acontece quando bate aquela saudade de rir? Aquela saudade do abraço, da presença, saudades da rotina, DO TEMPO QUE PASSOU, DAS HISTÓRIAS DE CADA UMA, AH SE EU PUDESSE VOLTAR NO TEMPO… Só para ver o sorriso amarelo de vocês todas as manhãs NOS ENCONTROS, ACAMPAMENTOS, ETC. Lembrar de vocês me faz sorrir, mas não é a mesma coisa que sentir a presença e ouvir aquela gargalhada que para uns é exagero e para nós não passa da nossa realidade, uma realidade inocente, com pessoas inocentes que só querem ser feliz, nada a mais, só ser feliz, só isso. Uma amizade que vai durar a vida inteira, uma amizade que eu não vou deixar o destino deixar pra lá, porque a nossa amizade vale muito, vale mais que ouro ou que qualquer quantia de dinheiro. Não importa o que aconteça, não importa o que mude, não importa NADA, porque eu sempre estarei com vocês, e pode ter certeza que é sempre mesmo. KKKKKK, PAAAAAAAAAAAAAARA SEEEEEEEEEEEEEEEEMPRE! AMO VCS, saudades!!!

INARA TELES XAVIER E LEDA GARCIA GARCIA


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quinta-feira, 16 de maio de 2013







No ano de 1652, Nossa Senhora de Coromoto apareceu aos índios do mesmo nome. Foi declarada Padroeira da Venezuela pelo Episcopado venezuelano no dia primeiro de maio de 1942. O papa Pio XII a declarou "Celeste e Principal Padroeira de toda a República da Venezuela" no dia 7 de outubro de 1944. O Santuário Nacional está construído no local da aparição, perto da cidade de Guanaguanare. O Papa João Paulo II, em fevereiro de 1996, abençoou pessoalmente este Santuário.


Entre os índios que habitavam a região de Guanaguanare, havia um grupo conhecido como "Coromotos". Quando chegaram os colonizadores espanhóis, os Coromotos se embrenharam na selva, montanhas e vales situados a noroeste da cidade de Guanare, nas fontes e margens dos rios Tucupido e Anos.


Os Coromotos moraram muito tempo nesses lugares distantes e sua memória foi sendo perdida, até que chegou o momento de sua conversão, graças a poderosa mediação da Santíssima Virgem.


Um espanhol honrado e bom cristão, chamado Juan Sánchez, possuía as férteis terras de Soropo, situadas a quatro ou cinco léguas de Ganare. A ele se uniram para trabalhar a terra e tratar do gado dois colonizadores: Juan Sibrián e Bartolomé ánchez.


Descansando de uma longa viagem em certo dia, do ano de 1651, o Cacique dos Coromotos, acompanhado de sua mulher e filhos, eis que lhes aparece uma formosíssima Senhora de incomparável beleza, que trazia em seus braços um preciosíssimo Menino, caminhando sobre as cristalinas águas da corrente. Maravilhados, contemplam a majestosa Dama; esta lhes sorri amorosamente e fala ao Cacique em sua própria língua, dizendo-lhe que ali fora procurar água para colocar sobre a cabeça e assim poder subir aos céus.


Estas palavras foram ditas com tal unção e força que comoveram o coração do Cacique. Ele se dispôs a cumprir os desejos de tão encantadora Senhora...


No mês de novembro do citado ano, Juan Sánchez passava perto daquela região seguindo a estrada denominada "Cauro", quando ia em viagem para El Tocuyo. A certa altura, encontra o chefe dos Coromotos, que lhe conta que uma belíssima Mulher, com uma criancinha formosa havia-lhe aparecido pedindo-lhe que fosse ao local onde moravam os brancos para buscar água para molhar sua cabeça, antes de ir para o céu. E acrescentou o Cacique que tanto ele como todos os de sua tribo estavam dispostos a atender os desejos de tão excelsa senhora. Juan Sánchez, gratamente surpreendido pelo relato do índio, disse-lhe que estava indo de viagem para um povoado chamado El Tocuyo. A oito dias estaria de volta. Quando retornou, Juan Sánchez juntou-se aos Coromotos. Toda tribo partiu com o espanhol.


Seguindo as indicações de Juan Sánchez, a caravana se deteve no ângulo formado pela confluência dos rios Tucupido e Guanaguanare, num lugar que foi chamado de Coromoto. Juan Sánchez foi imediatamente à vila do Espírito Santo de Guanaguanare e avisou as autoridades sobre o ocorrido.


Os alcaides Dom Baltazar Rivero De Losada e Dom Salvador Serrada Centeno, que governavam a Vila, dispuseram que os índios permanecessem em Coromoto e ofereceram-lhes Juan Sánchez para demarcar terras para seus trabalhos e para doutriná-los nos rudimentos da religião cristã. O abnegado espanhol cumpriu sua missão cuidadosamente, fazendo de tudo para tornar feliz a permanência dos índios naquela região.


Os indígenas construíram seus ranchos, receberam as terras e, contentes, ouviam as explicações doutrinárias que lhes dava o espanhol, ajudado por sua esposa e os outros dois companheiros. Este trabalho apostólico foi sendo coroado de êxito. Pouco a pouco os índios iam sendo batizados.


O Cacique, a princípio, assistia com gosto às instruções, mas começou a se desgostar e a sentir falta de seus bosques. Não mais frequentou as reuniões promovidas por Juan, não quis mais aprender a doutrina cristã e se recusou a ser batizado.


No dia 8 de setembro de 1652, Juan Sánchez convidou os índios que trabalhavam em Soropo para assistirem a alguns atos religiosos que haviam sido preparados. O Cacique Coromoto recusou este convite. Ainda assim, seus companheiros honraram com humildes preces a Virgem. Isso deixou o Cacique enraivecido que fugiu para Coromoto.


A cabana do Cacique era a maior entre todas as choças indígenas, mas era pequena e pobre em comparação às casas dos espanhóis. Naquela noite se encontrava na cabana uma irmã do Cacique, chamada Isabel e seu filho, de doze anos e outras duas índias. O Cacique Coromoto chegou muito triste e calado. Imediatamente deitou-se na esteira.


Vendo o seu estado, ninguém lhe dirigiu a palavra. Passou-se um longo tempo de silêncio. O Cacique tentava dormir, mas dentro de sua memória não saía aquela Senhora. Ouvia sua doce, contudo, outros pensamentos turvavam seu triste e melancólico caráter: seu orgulho humilhado pela obediência e sua desenfreada liberdade, clamava por uma completa emancipação; certa raiva interna e inexplicável lhe pintava o batismo e a vida dos branco como insuportáveis.


Em poucos minutos, a Virgem Santíssima apareceu na cabana do Cacique, em meio a invisíveis legiões de anjos que formavam seu cortejo. Dela saíam raios de luz que inundaram a choça.
Segundo o testemunho da índia Isabel a luz era tão potente que parecia a luz do sol ao meio-dia. Mas não cansava a visão daqueles que a contemplavam tão grande maravilha.


O Cacique reconheceu a mesma bela mulher que, meses antes, contemplara sobre as águas. O índio pensava, provavelmente, que a Senhora viera reprovar seu comportamento. Passados alguns segundos, o Cacique rompeu o silêncio e dirigindo-se à Senhora disse enfurecido: Até quando irás me perseguir?" Estas palavras impensadas e desrespeitosas mortificaram a esposa do Cacique, que o consolou: "Não fales assim com a bela mulher. Não tenhas tanto mal em teu coração". O Cacique, encolerizou-se e não pôde mais suportar a presença da Divina Senhora que permanecia à porta dirigindo-lhe um olhar tão terno e carinhoso, capaz de comover o coração mais duro. Desesperado, o Cacique saca de um arco com uma flecha e chegando ao auge de sua loucura ameaça matá-la. Nesse instante, a Excelsa Senhora entra na choça, sorridente e serena, aproxima-se dele que lança o arco contra o chão. O Cacique tenta abraçar a Senhora que desaparece, deixando a cabana iluminada apenas pela luz do fogão.


Fora de si e mudo de terror, ele ficou alguns minutos imóvel, com os braços estendidos e entrelaçados, na mesma posição em que estavam quando tentara agarrar a Virgem. Ele tinha uma mão aberta e a outra fechada, que apertava o máximo. Ele sentia que a bela mulher a havia fechado.


Cheio de temor, o índio disse à sua mulher: "Aqui a tenho!". As mulheres disseram em coro: "Mostre-nos". O Cacique abriu a sua mão e os quatro indígenas reconheceram ser aquela uma imagem e acreditaram que era a "Bela Mulher". Quando o índio abriu a mão, a pequena imagem lançou raios luminosos que causaram grande esplendor. O Cacique começou a suar frio. Com a mesma fúria de antes, envolve a milagrosa imagem em uma folha e a esconde no teto de palha de sua casa dizendo: "Aí tu te queimarás, para que me deixes".


O indiozinho, que interiormente desaprovava a torpe conduta do tio, prestou bem atenção no esconderijo da imagem e resolveu avisar Juan Sánchez sobre o que ocorrera. Escapou da casa por volta da meia-noite em direção a Soropo, enfrentando com coragem todos os riscos. Ao chegar, todos dormiam. Ele sentou-se à beira da porta e esperou o amanhecer.


A esposa de Juan Sánchez, ao abrir a porta de sua casa na madrugada do domingo, surpreendeu-se ao ver o menino. Ele contou-lhe tudo que havia acontecido. A mulher chamou o marido. Juan sorriu e não deu crédito ao relato do indiozinho, que repetiu sua história veementemente: "Podem ir a Coromoto agora mesmo e vocês irão comprovar o que digo".


Bartolomé Sánchez, Juan Sibrián, Juan Sánchez e o indiozinho se puseram sem demora a caminho de Coromoto. Quando chegaram perto do povoado os três espanhóis se esconderam a três quadras da casa. O menino se encarregou de ir à choça do tio apanhar a imagem. Felizmente, o Cacique e as duas mulheres estavam fora da casa. Sem que ninguém o visse, o menino entrou na casa. Com o coração em júbilo pegou a imagem e a levou para Juan que, ao recebê-la, sentiu profunda emoção. Na imagem reconhecera a efígie de Maria Santíssima, a Mãe de Deus. Com muito respeito a colocou em um relicário de prata que costumava carregar.


Retornando à sua casa em Soropo, Juan Sánchez colocou a pequena imagem, que já começava a ser chamada de Nossa Senhora de Coromoto, em um altarzinho, alumiando-a com uma vela de cera escura. Esta humilde luminária ardeu dia e noite, sem consumir-se desde as doze horas da noite de domingo até à tarde de terça-feira. Este fato foi declarado milagroso, pois o pedaço de vela deveria arder, no máximo, uma meia hora.


Terça-feira, à tarde, Juan Sánchez foi à Vila de Guanaguanare (Guanare) onde revelou ao Padre Dom Diego Lozano, tudo quanto sabia sobre a imagem. Mas este não lhe deu crédito, dizendo que aquela estampa deveria ser obra de algum viajante. Juan Sánchez, sem se lastimar por isso, regressou feliz a Soropo, pois comprara o necessário para manter uma lamparina acesa diante da imagem, que ficou em sua casa até primeiro de fevereiro de 164, isto é, um ano e quatro meses.


No dia 9 de setembro, domingo, o Cacique resolveu ir aos montes com alguns índios. Mal entrou no bosque foi mordido por uma cobra. Vendo-se mortalmente ferido e reconhecendo no acontecimento um castigo do céu pela sua péssima conduta com relação à Senhora, começou a se arrepender, pedindo em altos gritos que lhe administrassem o Batismo.


A casa de Juan Sánchez se transformou num pequeno santuário. Para aí acorreu toda a população de Guanare atraída pelos milagres, graças e favores que eram alcançados por intercessão de Nossa Senhora de Coromoto.


No dia primero de fevereiro de 1654 a imagem foi trasladada solenemente para a igreja de Guanare por ordem do pároco Diego de Lozano. A devoção popular foi crescendo espantosamente até a coroação pontifícia em 1952.


A força histórica do fato coromotano repousa principalmente no testemunho do povo. Uma tradição jamais interrompida. Na década dos anos 20, houve um evidente ressurgir do movimento coromotano, mas não se pode dizer que tenha sido o ressurgir de algo morto, pois desde sua aparição até os nossos dias, o povo da Venezuela jamais deixou de peregrinar a Guanare para honrar sua padroeira.


Atualmente pode-se afirmar que não existe um só templo católico venezuelano que não possua uma imagem de Nossa Senhora de Coromoto, sempre amada e homenageada pelos fiéis.


BLOG: DEFENSORES DA SAGRADA CRUZ


Uma das minhas paixões bordados, óbviamente que esse blog não foi destinado a trabalhos manuais, porém aqui foi a forma que eu encontrei de registrar, muito em breve será excluído! obrigada!

Richelieu
Valorize seu bordado
Você vai usar linha perlé (ou dois fios de linha mouliné), ag. nº 7 para costura ou nº 26 sem ponta; bastidor; tesoura de ponta fina.
Passo-a-passo
1. Transfira o risco para o tecido.2. Espete a agulha e puxe a linha sem nó.


3. Volte a agulha para o outro lado e alinhave toda a volta.4. Retorne para o início e alinhave novamente até o 1º palito. Passe a agulha por dentro do alinhavo.


5. Passe a linha novamente por mais 2 vezes, retornando ao alinhavo e formando 3 fios no palito.6. Caseie o 1º palito.


7. Repita todo o processo, cerzindo os 3 palitos.8. Continue o alinhavo até chegar novamente ao início.


9. Faça o caseado em toda a volta.

10. Recorte.


11. Recorte.12. Para fazer o palito cerzido cruzado, repita os passos de 2 a 4. 


13. Faça o cerzido de um lado até o meio e passe a agulha por dentro do alinhavo. Repita até obter 3 fios no palito e faça o cerzido até o meio.14. Continue fazendo o cerzido no outro lado. Faça o caseado em toda a volta.


15. Ele ficará assim.16. Para a borda de acabamento, faça 2 alinhavos com uma distância maior e em duas fileiras diferentes. Faça o caseado comum e recorte.


sábado, 11 de maio de 2013

PARTE III - SOBRE AS INDULGÊNCIAS...
PIEDOSAS INVOCAÇÕES-


Sobre cada piedosa invocação note-se o seguinte:

1. A invocação, quanto à indulgência, não se considera mais como obra distinta ou completa, mas como complemento da obra, com a qual o fiel eleva o espírito a Deus com humilde confiança no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida. A piedosa invocação completa essa elevação do espírito: ambas são como uma pérola que se insere nas atividades humanas e as adorna, ou como o sal que tempera e dá gosto.

2. Deve-se preferir a invocação que melhor concorda com as circunstâncias das ações e da pessoa: ela espontaneamente brota do coração e escolhem-se as que o uso antigo mais aprovou; delas se acrescenta uma lista, abaixo.

3. A invocação pode ser brevíssima, expressa em uma ou poucas palavras ou só concebida na mente.
Apraz dar alguns exemplos: Deus meu. Pai. Jesus. Louvado seja Jesus Cristo (ou outra saudação em uso). Creio em vós, Senhor. Espero em vós. Eu vos amo. Tudo por vós. Eu vos agradeço ou Graças a Deus. Bendito seja Deus ou Bendigamos ao Senhor. Venha a nós o vosso reino. Seja feita a vossa vontade. Seja como Deus quiser. Ajudai-me, Senhor. Confortai-me. Ouvi-me ou Atendei à minha oração. Salvai-me. Tende piedade de mim. Perdoai-me, Senhor. Não permitais separar-me de vós. Não me abandoneis. Ave, Maria. Glória a Deus nos céus. Senhor, vós sois grande.

INVOCAÇÕES EM USO
(que se dão como exemplo)

1. Abençoe-nos com seu dileto Filho a bem-aventurada Virgem Maria.
2. Amado, Senhor Jesus, dai-lhes o descanso eterno.
3. Bendita seja a Santíssima Trindade.
4. Coração de Jesus que tanto me amais, fazei que eu vos ame cada vez mais.
5. Coração de Jesus confio em vós.
6. Coração de Jesus, tudo por vós.
7. Coração sacratíssimo de Jesus, tende piedade de nós.
8. Cristo vence! Cristo reina! Cristo impera!
9. Dignai-vos que eu vos louve, ó Virgem santa, dai-me força contra vossos inimigos.
10. Doce Coração de Maria, sede a minha salvação.
11. Ensinai-me a fazer a vossa vontade, porque sois o meu Deus.
12. Enviai, Senhor, operários à vossa messe.
13. Ficai conosco, Senhor.
14. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
15. Graças e louvores sejam dados a todo momento ao santíssimo e diviníssimo Sacramento.
16. Jesus, Maria, José.
17. Jesus, Maria, José, eu vos dou meu coração e minha alma!
18. Jesus manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso.
19. Mãe dolorosa, rogai por nós.
20. Meu Deus e meu tudo.
21. Meu Senhor e meu Deus!
22. Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
23. Ó Deus, compadecei-vos de mim, pecador.
24. Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito.
25. Rainha, concebida sem pecado original, rogai por nós.
26. Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
27. Salve, ó Cruz, única esperança.
28. Santa Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, intercedei por nós.
29. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
30. Senhor, aumentai a nossa fé.
31. Senhor, faça-se a unidade das mentes na verdade, e a unidade dos corações na caridade.
32. Senhor, salvai-nos, pois perecemos.
33. Sois minha mãe e minha confiança.
34. Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós.
35. Vós sois o Cristo, Filho de Deus vivo.


INDULGÊNCIAS DO ROSÁRIO



a) Os fiéis quando recitarem a terça parte do Rosário com devoção podem lucrar:

Uma indulgência de 5 anos (Bula "Ea quae ex fidelium", Sixto IV, 12 de maio 1479 ; S. C. Ind., 29 de agosto 1899 ; S. P. Ap., 18 de março 1932).



- Uma indulgência plenária  nas condições usuais, se eles rezarem [o terço] durante o mês inteiro (Pio XII ,22 de janeiro1952.)

b) Se rezarem a terça parte do Rosário em companhia de outros 
podem lucrar:

- Uma indulgência de 10 anos, uma vez ao dia; 

- Uma indulgência plenária no ultimo Domingo de cada mês, juntamente com confissão, Comunhão e visita a uma igreja ou oratório público, se realizarem tal recitação ao mês três vezes em alguma das semanas precedentes. 

Seja em público ou privado.



Se, de qualquer forma, rezarem juntos em família, além da indulgência parcial de 10 anos, lhes é concedido:

- Uma indulgência plenária duas vezes ao mês, se realizarem a recitação diariamente durante um mês, forem à confissão, receberem a Santa Comunhão e visitarem alguma igreja ou oratório. (S. C. Ind., 12 de maio de 1851 e 29 agosto de 1899; S. P. Ap., 18 de março de 1932 e 26 de julho de 1946).

- Os fiéis que diariamente recitam a terça parte do Rosário com devoção em um grupo familiar além das indulgências concedidas em b) também lhes é concedida uma Indulgência Plenária sob condição de Confissão, Comunhão a cada Sábado, em dois outros dias da semana  e em cada uma das Festas da Beatíssima Virgem Maria no Calendário Universal, nomeadamente – A Imaculada Conceição, a Purificação, a Aparição da Beata Senhora em Lourdes, a Anunciação, as Sete Dores (sexta-feira da semana da paixão), a Visitação, Nossa Senhora do Carmo; Nossa Senhora das Neves, a Assunção, o Imaculado Coração de Maria, a Natividade da Santíssima Virgem, as Sete Dores (15 de setembro), Nossa Senhora do Sacratíssimo Rosário, a Maternidade da Beata Virgem Maria, a Apresentação da Beata Virgem Maria (S.P. Ap. 11 de outubro d e 1959)

c) Aqueles que piamente recitarem a terça parte do Rosário napresença do Santíssimo Sacramento 
poderão lucrar:

- Uma indulgência plenária, sob condição de confissão e Comunhão (B. Apostólico, 4 de setembro de 1927) , publicamente exposto ou mesmo reservado no tabernáculo, nas vezes que o fizerem.


Notas:
1. As dezenas podem ser separadas se o terço todo for completado no mesmo dia (S. C. Iml.., 8 de julho de 1908.)

2. Se, como é o costume durante a recitação do Rosário, os fiéis fizeram uso do terço, eles podem lucrar outras indulgências em adição àquelas enumeradas acima, se o terço for abençoado por um religioso da Ordem dos Pregadores ou outro padre tendo faculdades especiais. (S. C. Ind., 13 de abril de 1726. 22 de Janeiro de 1858 e 29 de Agosto de 1899). Raccolta 395.

EXERCÍCIOS DE DEVOÇÃO
   Os fiéis que a qualquer tempo do ano devotamente oferecerem suas orações em honra a Nossa Senhora do Rosário, com a intenção de continuar as mesmas por nove dias consecutivos, podem lucrar:  
- Uma indulgência de 5 anos uma vez a qualquer dia da novena;  


- Uma indulgência plenária sob as condições usuais no encerramento da novena.  (Pio IX, Audiência de  3 de Janeiro de 1849; S. C. dos Bispos e Religiosos, 28 de Janeiro de 1850; S. C. Ind., 26 de novembro de 1876; S. P. Ap., 29 de junho de 1932) V Raccolta 396

   Os fiéis que resolverem realizar um exercício de devoção em honra a Nossa Senhora do Rosário por quinze ininterruptos Sábados (ou sendo impedidos, por quantos respectivos Domingos imediatamente seguintes), se devotamente recitarem no mínimo a terça parte do Rosário ou meditarem seus mistérios em alguma outra maneira, podem lucrar:  
- Uma indulgência plenária sob as condições usuais, em qualquer destes quinze Sábados ou Domingos correspondentes (S. C. Ind., 21 de setembro de 1889 e 17 de setembro de 1892; S. P. Ap.. 3 de agosto de 1936). Raccolta 397

   Os fiéis que durante o mês de Outubro recitarem no mínimo a terça parte do Rosário, publica ou privadamente, podem lucrar:  
- Uma indulgência de 7 anos por dia;
- Uma indulgência plenária, se realizarem este devoto exercício na Festa do Rosário e em sua Oitava, e além disso, forem à confissão, receberem a Santa Comunhão e visitarem uma igreja ou oratório público;  

Se realizarem a mesma recitação do Santo Rosário por no mínimo dez dias depois da Oitava da supracitada Festa:
- Uma indulgência plenária, juntamente com confissão, Santa Comunhão e visita a uma igreja ou oratório público,  ((S. C. Ind.,  23 de Julho de 1898 e 29 de Agosto de 1899; S. P. Ap., 18 de Março de 1932). Raccolta 398

Uma indulgência de 500 dias pode ser lucrada uma vez ao dia pelos fiéis que, beijando o Santo Rosário que carregam consigo, ao mesmo tempo recitarem a primeira parte da Ave Maria até “Jesus”, inclusive. (Sagrada Congregação da Penitenciária Apostólica. 30 de março de 1953)



INDULGÊNCIAS DA VIA SACRA

    
    Concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer o exercício da via-sacra, piedosamente. Com o piedoso exercício da via-sacra renova-se a memória das dores que sofreu o divino Redentor no caminho do pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até ao monte Calvário, onde morreu na cruz para a nossa salvação. Para ganhar a indulgência plenária, determina-se o seguinte:



1. O piedoso exercício deve-se realizar diante das estações da via-sacra, legitimamente eretas.



2. Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém.


3. Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais. Requer-se piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação.



4. Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas se a via-sacra se faz publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.


5. Os legitimamente impedidos poderão ganhar a indulgência com uma piedosa leitura e meditação da Paixão e Morte do Senhor ao menos por algum tempo, por exemplo, um quarto de hora.


6. Assemelham-se ao piedoso exercício da via-sacra, também quanto à aquisição da indulgência, outros piedosos exercícios, aprovados pela competente autoridade: neles se fará memória da Paixão e Morte do Senhor, determinando também catorze estações.


   No ano 1837, a Sagrada Congregação para as Indulgências precisou que ainda que não tinha obrigação, é mais apropriado que as estações comecem no lado em que se proclama o Evangelho. Mas isto pode variar segundo a estrutura da igreja e a posição das imagens nas Estações. A procissão deve seguir a Cristo. 
  Compreendendo a dificuldade de peregrinar à Terra Santa, o papa Inocêncio XI em 1686 concedeu aos franciscanos o direito de erigir Estações em suas igrejas e declarou que todas as indulgências anteriormente obtidas por devotamente visitar os lugares da Paixão do Senhor em Terra Santa as podiam em adiante ganhar os franciscanos e outros filiados à ordem fazendo as Estações da Cruz em suas próprias igrejas segundo a forma acostumada. Inocente XII confirmou este privilégio em 1694 e Benedicto XIII em 1726 estendeu-o a todos os fiéis.      Em 1731 Clemente XII estendeu-o ainda mais permitindo as indulgências em todas as igrejas sempre que as Estações fossem erigidas por um pai franciscano com a sanção do ordinário (bispo local). Ao mesmo tempo definitivamente fixou em catorze o número de Estações. Benedicto XIV em 1742 exortou a todos os sacerdotes a enriquecer suas igrejas com o rico tesouro das Estações da Cruz. Em 1773 Clemente XIV concedeu a mesma indulgência, baixo certas circunstâncias, aos crucifixos abençoados para a reza das Estações, para o uso dos doentes, os que estão no mar, em prisão ou outros impedidos de fazer as Estações na igreja. A condição é que sustentem o crucifixo em suas mãos enquanto rezam Pai Nosso, a Ave María e a Glória um número determinado de vezes. Estes crucifixos especiais não se podem vender, emprestar nem se presentear sem perder as indulgências já que são próprias para pessoas em situações especiais. Em 1857 os bispos da Inglaterra receberam faculdades da Santa Sé para erigirem eles mesmos as Estações com indulgências quando não tivessem franciscanos. Em 1862 tirou-se esta última restrição e os bispos obtiveram permissão para erigir as Estações já seja pessoalmente ou por delegação sempre que fosse dentro de sua dioceses. 
Regulações actuais sobre as indulgências 
Publicadas no Enchiridion Indulgentiarum Normae et Concessiones, em maio de 1986, Livraria Editrice Vaticana (Tradução não oficial do inglês pelo Pe. Jordi Rivero) 
Concede-se indulgência plenária aos fiéis cristãos que devotamente fazem as Estações da Cruz.
  O exercício devoto das Estações da Cruz ajuda a renovar nossa lembrança dos sofrimentos de Cristo em seu caminho desde o praetorium de Pilatos, onde foi condenado a morte, até o Monte Calvário, onde, por nossa salvação, morreu na cruz.

As normas para obter estas indulgências plenárias são: 
1. Devem fazer-se diante das Estações da Cruz erigidas segundo a lei.
2. Devem ter catorze cruzes. Para ajudar na devoção, estas cruzes estão normalmente adjuntas a catorze imagens ou tabelas representando as estações de Jerusalém. 
3. As Estações consistem em catorze piedosas leituras com orações vocais. Mas para fazer estes exercícios só se requer que se medite devotamente a paixão e morte do Senhor. Não se requer a meditação da cada mistério das estações. 
4. O movimento de uma Estação à outra. Se não é possível a todos os presentes fazer este movimento sem causar desordem ao se fazer as Estações publicamente, é suficiente que a pessoa que o dirige se mova de Estação a Estação enquanto os outros permanecem em seu lugar. 
5. As pessoas que estão legitimamente impedidas de satisfazer os requisitos anteriormente indicados, podem obter indulgências se ao menos passam algum tempo, por exemplo, quinze minutos na leitura devota e a meditação da Paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo. 
6. Outros exercícios de devoção são equivalentes às Estações da Cruz, ainda quanto a indulgências, se estes nos recordam a Paixão e morte do Senhor e estão aprovados por uma autoridade competente. 
7. Para outros ritos. Os patriarcas podem estabelecer outros exercícios devotos em memória da Paixão e morte de nosso Senhor, em maneira similar às Estações da Cruz. 

   Os requisitos de acima são necessários para obter as indulgências, mas sempre que se fazem as Estações com devoção em qualquer lugar, seja publicamente ou em privado, obter-se-ão muitas graças. Claro que devem se fazer de coração, com sincera intenção de conversão. 

  As Estações da Cruz podem-se fazer com grande benefício todo o ano e são especialmente significativas durante a Quaresma. A cada Sexta-Feira Santa, o Papa dirige as Estações da Cruz desde o Coliseu em Roma para recordar os mártires e nosso chamado a seguir seus passos. 

ESTAÇÕES 


    Às etapas da Via Crucis denominam-se-lhe estações e tradicionalmente contam-se 14, ainda que o papa João Paulo II acrescentasse a Ressurreição em último lugar. Listam-se a seguir: 

• Primeira Estação: Jesus é condenado a morte. 
• Segunda Estação: Jesus carrega a cruz. 
• Terceira Estação: Jesus cai pela primeira vez. 
• Quarta Estação: Jesus encontra a seu santísima mãe Maria. 
• Quinta Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus a levar a cruz. 
• Sexta Estação: Verônica limpa o rosto de Jesus. 
• Sétima Estação: Jesús cai por segunda vez. 
• Oitava Estação: Jesus consola as mulheres de Jerusalém. 
• Nona Estação: Jesus cai pela terceira vez. 
• Décima Estação: Jesus é despojado de suas vestes. 
• Undécima Estação: Jesus é pregado na cruz. 
• Duodécima Estação: Jesus morre na cruz. 
• Décima terceira Estação: Jesus é descido da cruz e posto em braços de Maria, sua mãe. 
• Decima quarta Estação: Jesus é sepultado. 

O caminho da Cruz
Ajoelha-te ante o altar, fazei um Ato de Contrição, e faz a intenção de ganhar as indulgências para vosso bem, ou para as almas no purgatório. 
Depois dizei: 
Senhor meu Jesus Cristo, Vós percorrestes com tão grande amor este caminho para morrer por mim, e eu vos tenho ofendido tantas vezes apartando-me de Vós pelo pecado; 
Mas agora vos amo com todo meu coração, e porque vos amo, me arrependo sinceramente de todas as ofensas que vos tenho feito. 
Perdoai-me, Senhor, e permita-me que vos acompanhe nesta viagem. 
Vais morrer por meu amor, pois eu também quero viver e morrer pelo vosso, amado Redentor meu. 
Sim, Jesus meu, quero viver sempre e morrer unido a Vós.

Para alcançar as indulgências da Via Sacra:

Rezar pelo Santo Padre: 
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. 
Rezar o salmo: 50, 21, 129. 
Senhor Jesus, Rei de dores, chegamo-nos para perto de Vós e suplicamos que nos admitas na vossa companhia, juntamente com aqueles que vos acompanharam, ao longo deste caminho doloroso. 
Somos pobres criaturas, só temos o nosso pecado para vos apresentar. 
É na confusão das nossas misérias e faltas, que queremos fazer Contigo esta Via-Sacra. 
Dignai-vos abençoar-nos e fazer chegar aos nossos corações o toque da vossa graça, que nos faça ver aquilo que em nós vos desagrada, e nos dê a força do vosso Amor para que nos convertermos e vivermos daqui para frente, e cada vez mais, no cumprimento da vossa Vontade. Amém.


CONDIÇÕES DAS INDULGÊNCIAS DA VIA CRUCIS


   As condições são de que, enquanto detentor do crucifixo em suas mãos, eles devem dizer o "Pater" e "Ave" catorze vezes, então o "Pater", "Ave", e "Gloria" cinco vezes, e o mesmo cada vez mais uma vez para as intenções do papa. 


   Se uma pessoa segurar o crucifixo, um número maio ganhar presentes desde o indulgências as outras condições sejam cumpridas por todos. 


 Tais crucifixos não podem ser vendidos, emprestados, ou distribuídas, sem perder a indulgência. A seguir estão as principais regras universalmente em vigor no momento actual no que diz respeito às estações: 


Se um pastor ou um superior de um convento, hospital, etc, gostaria de ter Estações erguidas em seu lugar, ele tem que pedir permissão do bispo. 


Se existem padres franciscanos na mesma localidade ou cidade, os seus superiores devem ser convidado para abençoar as estações, ou delegar algumas sacerdote, quer do próprio mosteiro ou um sacerdote secular. 


Se não existirem padres franciscanos no lugar que os bispos que tenham obtido a partir da Santa Sé, o extraordinário do Formulário pode delegar a qualquer sacerdote erigir as Estações. 


Esta delegação de um certo padre para a benção das estações devem necessariamente ser feito por escrito. 


O pastor de uma igreja tal, ou a superioridade de um tal hospital, convento, etc, devem ter cuidado ao assinar o documento, o bispo ou o superior do mosteiro envia, para que assim ele pode expressar o seu consentimento para que o ergueu Estações em seu lugar, a do bispo e do pastor ou o respectivo consentimento deve ser superior a tinha antes do Estações são abençoados, caso contrário, a bênção é nula e de nenhum efeito; 


Imagens ou tableaux das várias estações não são necessárias. 


É a cruz colocada sobre eles que a indulgência é anexada. 


Estes devem ser cruzes de madeira; nenhum outro material fará. 

Se apenas pintado na parede da edificação é nulo (Cong. Ind., 1837, 1838, 1845). 
Se, para restaurar a igreja, para colocá-las numa posição mais cômoda, ou por qualquer outro motivo justo, os cruzamentos são movidos, isto pode ser feito sem a indulgência sendo perdida (1845). 
Se qualquer um dos cruzamentos, por algum motivo, têm de ser substituídos, nenhum novo bênção é exigido, a menos que mais de metade deles são tão substituído (1839). 
Não deve ser possível se separar uma meditação sobre cada um dos catorze incidentes da Via Crucis, e não uma meditação sobre a Paixão geral, nem sobre outros incidentes não foram incluídas na Estações. 
Número especial orações estão ordenadas.
A distância exigida entre as estações não está definido. 
Mesmo quando só o clero passar de uma estação para outra o fiel ainda pode ganhar a indulgência sem movimento. 
É necessário fazer todas as Estações ininterruptamente (SIC, 22 de janeiro, 1858). 
Confissão ou Comunhão entre estações não é considerado uma interrupção. 
De acordo com muitas das estações pode ser feita mais de uma vez no mesmo dia, a indulgência pode ser adquirida de cada vez; mas isso não é de forma certa (SIC, 10 Setembro, 1883). 
Confissão e comunhão no dia da tomada a Estações não são necessárias desde que a pessoa que a faz esteja em estado de graça; 
Normalmente as estações deverão ser erguidas dentro de uma igreja ou oratório público. Se a Via Sacra vai lá fora, por exemplo, em um cemitério ou claustro, deve-se possível começar e terminar na igreja. 

  Em conclusão, pode ser afirmado com segurança que não há mais nenhum desvelo suntuosamente dotada de indulgências do que a Via Crucis, e nada mais que nos permite literalmente que obedecer cristos liminar para assumir a nossa cruz e segui-La. Uma leitura cuidadosa das orações normalmente dadas para esta devoção em todo o manual vai mostrar o que abundantes graças espirituais, para além das indulgências, podem ser obtidos através de uma utilização correcta dos mesmos, bem como o facto de as estações podem ser feitas, quer público ou privado, de qualquer igreja torna especialmente adequado à devoção para todos. 
Um dos mais populares Caminhos da Cruz nos dias atuais é o Coliseu em Roma, onde cada sexta-feira, a devoção das Estações é conduzida publicamente por um padre franciscano. 




Publicação informações escritas por G. Cipriano Alston. 
Transcritas por Marie Jutras. A Enciclopédia Católica, volume XV. 
Publicado 1912. 
New York: Robert Appleton Company. 
Nihil obstat, 1 º de outubro de 1912. 
Remy Lafort, STD, Censor. 
Imprimatur. + Cardeal John Farley, Arcebispo de Nova York



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Manual das Indulgências