segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Escapulário - Proteção Contra o Demônio - Relatos São João Maria Vianney


Um dia uma jovem, antes de entrar na vida religiosa, foi ver o Santo Cura de Ars, que, durante a conversa, lhe perguntou: “Lembras-te, minha filha, de um certo baile à noite, em que estiveste? Estava lá um jovem desconhecido, muito bem parecido, distinto, admirado, e todas as jovens queriam dançar com ele.” “Sim, e lembro-me que quando ele não me pediu para dançar, fiquei triste, porque todas as outras jovens tinham tido o privilégio de dançar com ele.” ”Gostarias de ter dançado com ele, não gostarias?”“Sim.” “Recordas-te de que, quando esse jovem ia a sair do salão de baile, viste debaixo dos pés dele duas chamas azuis? E que pensaste que era uma ilusão dos teus olhos? Quando viste esse jovem deixar o salão de baile, viste fogo debaixo dos pés dele! Não era uma ilusão dos teus olhos, minha filha. Aquele homem era um demónio. e se não foi ter contigo a pedir-te que dançasses, foi por uma razão: estava a usar a veste de Nossa Senhora do Carmo.”

Créditos: O Segredo do Rosário

O Escapulário do Carmo


Quem não o trará consigo como penhor de salvação eterna e proteção nos perigos, se Deus o concedeu ao mundo para honrar Sua Mãe e ajudar a salvar e proteger os seus filhos justos e pecadores? 

Foi em 16 de julho de 1251 que Nossa Senhora, aparecendo a S ão Simão Stock, superior geral dos Carmelitas, lho entregou dizendo: "Recebe meu filho, este Escapulário da tua Ordem, como sinal distintivo da minha confraria e selo do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas. O que com ele morrer, não padecerá o fogo eterno. Este é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos e prenda de paz e de aliança eternas". 

Setenta anos mais tarde, aparece a Vírgem ao Papa João XXII, confirma esta promessa e acrescenta outra, chamada a do privilégio sabatino, em que, mediante determinadas condições, a alma do confrade Carmelita será livre do Purgatório se lá estiver, no sábado a seguir à sua morte. Os Soberanos Pontífices consideram como pertencentes à Ordem do Carmo, todos os que recebem o seu escapulário. Para que todos possam usufruir das graças inerentes ao Escapulário, Sua Santidade, o Papa PIO X, em 16 de Dezembro de 1910, concedeu que o Escapulário, ema vez imposto, pudesse ser substituído por uma medalha que tenha dum lado Nossa Senhora sob qualquer invocação (Carmo, Dores, Conceição, Fátima, etc.) e do outro lado, o Coração de Jesus, e benzida com o simples sinal da cruz, na intenção de substituir este Escapulário. 

Em 28 de Janeiro de 1964, o Papa Paulo VI concedeu ainda que todos os Sacerdotes pudessem impor o Escapulário e substitui-lo pela respectiva medalha, pois até aí era um privilégio dos Padres Carmelitas e de outros Sacerdotes que o pedissem à Santa Sé, e nisto se mostra o desejo da Santa Igreja de que todos o tragam. 


CONDIÇÕES 


· Para a 1* graça (ser livre do fogo do Inferno, a mais importante de todas): 
Ter recebido este Escapulário imposto pelo Sacerdote e trazê-lo, ou a medalha que o substitui. Morrer com ele ou com a medalha, o que significa que se saiu deste mundo em estado de graça santificante. 

· Para a 2* graça (isto é, o privilégio sabatino: ser liberto do Purgatório no primeiro sábado, depois da morte, se para lá se foi): 

Além das condições para a primeira graça, que é a mais importante, guardar ainda a castidade própria de cada estado, que aliás, já obrigatória para todos por mandamento divino; rezar, sabendo ler, todos os dias, o pequeno Ofício de Nossa Senhora, ou, não sabendo, abster-se de comida de carne nas quartas-feiras e sábados. 

Estas obrigações podem ser comutadas (a reza do Ofício e da abstinência de comida de carne) por um Sacerdote, o que impôs o Escapulário ou o Confessor, por outra obra pia, por exemplo: a reza de 7 (sete) Pai-Nossos, 7 Ave Marias e 7 (sete) Glórias, ou pela reza do Terço ou por outra mais fácil. 

Quem reza o Terço todos os dias, esse vale sem ser preciso mais nada, podendo aplicá-lo por todas as intenções de costume. O Sacerdote, que reza o Ofício divino, também já cumpre sem ser preciso outra comutação. Aos homens e às crianças, que normalmente rezam menos que as mulheres, pode-se comutar por 3 Aves Marias, rezadas diariamente. Assim aconselha o Santo Padre Cruz, que foi um grande Apóstolo do Eascapulário. 


QUEM O PODE RECEBER? 


Todos os Católicos que o peçam, o podem receber, imposto por um Sacerdote. Podem-no receber ainda as crianças batizadas, mesmo inconscientes e os doentes destituídos dos sentidos, pois, parte-se do princípio que, se conhecessem o seu valor, o quereriam receber. 
É ótimo o costume de o por logo no dia do Batismo. 

O Escapulário é de tecido de lã de cor castanha ou preta, mas o mais comum é o de cor castanha. O Escapulário, uma vez benzido, não precisa de nova bênção quando se substitui por outro; a medalha sim, precisa de nova bênção. 

O valor do Escapulário está no tecido de lã com a bênção própria e não nas imagens que costuma ter. Pode ser lavado, podem-se mudar os cordões, pode ser revestido de plástico para não sujar, etc. Devemos andar sempre com ele ou com a medalha, e sobretudo, tê-lo à hora da morte. Nunca o deixemos, mesmo ao tomar o banho. Quem o recebeu e deixou de traze-lo consigo, basta que comece de novo a usá-lo, ou à medalha, sem precisar de nova imposição. 

Sua Santidade Pio X concedeu que os militares em campanha possam impor a si próprios o Escapulário ou a medalha, uma vez benzidos pelo Sacerdote, e que tendo acabado a sua missão, continuem a usufruir de todas as graças e privilégios a ele inerentes, sem o terem de receber de novo. 

Certamente que o Escapulário não dispensa dos Sacramentos, que são os meios instituídos por Nosso Senhor como via normal para nos santificar, nem dispensa das práticas das virtudes. Não coloca no Céu as almas em pecado mortal, mas ajuda a bem receber os Sacramentos e à conversão da alma e a perseverar no bem. Ajuda a sair do estado de pecado mortal, onde houver um mínimo de boa vontade. 

O Escapulário do Carmo é um dom misericordioso do Céu, obtido por intercessão da Mãe da Misericórdia, já que os justos e os pecadores custaram o Sangue de Jesus e as Lágrimas e Dores de Maria Santíssima. 


ALGUNS EXEMPLOS 


· Proteção nos perigos - Há alguns anos, 3 (três) mocinhas foram passar uma tarde n a praia da Costa de Caparica ( Portugal) . Era num tempo em que as roupas de banho e as praias não tinham descido à degradação dos tempos atuais. Todas tinham o Escapulário do Carmo e nenhuma sabia nadar. Só uma persistiu em o levar, as outras, por respeito humano, tiraram-no. 

Brincavam alegres à beira da água, quando uma onda perdida sobreveio inesperadamente e as levou. O povo acorreu em grande gritaria. Surge outra onda que deposita na praia uma delas, precisamente a que levava o Escapulário e se salvou. As outras duas pereceram. Os seus corpos foram encontrados já em estado de putrefação depois de três dias, junto ao Cabo de Espichel. 

· Proteção contra o demônio - Assisti um dia aos exorcismos feitos por um Sacerdote sobre um rapaz possesso do demônio. O diabo foi obrigado a confessar que se aquele rapaz tivesse recebido antes o Escapulário, não poderia ter entrado nele. 

· Livra do Inferno - Fui chamado para dar os últimos Sacramentos a um homem que tinha alta patente na Maçonaria. Dissera a um amigo meu: "Quem me dera ver-me livre da Maçonaria". 

Rezava todos os dias com os netos. Tinha recebido o Escapulário em pequeno, pois fora aluno dos Padres Jesuítas, que o impunham sempre. Cheguei, dei-lhe os Sacramentos e impus-lhe o Escapulário, pois não o trazia consigo. Começou aos urros como um leão preso na jaula e a cama rangia fortemente. Depois, tudo acalmou. Não duvido moralmente da salvação eterna desta alma. 

A um outro doente, com fama de muita virtude e a quem visitei, pus-lhe o Escapulário. Pediu-me logo para se confessar. Tinha passado a vida cometendo sacrilégios, pois tinha vergonha de confessar os seus desmandos sexuais. Morreu santamente, louvando cheio de alegria a Misericórdia Divina. 

E tantos e tantos são os prodígios que teria para contar! Ah! Recebamos todos o Escapulário do Carmo, porque ele é dádiva misericordiosa de Maria, obtida do seu Filho Jesus! O Escapulário, o Terço e a Devoção ao Coração Imaculado de Maria fazem parte da Mensagem de Fátima. Tantos Papas e tantos Santos têm falado dele, que será tristeza, para não se dizer loucura, não lhe ter apreço. Leão XIII beijava-o repetidas vezes na agonia. Pio XII trazia-o desde a infância, e queria que todos o soubessem. João XXIII e Paulo VI consideram-no como grande graça concedida ao mundo - P.O.J.R. 


IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO POR UM SACERDOTE 


- Senhor Jesus Cristo, Salvador dos homens, † abençoai este hábito de Nossa Senhora de Carmo, que, como sinal de Consagração a Maria, vai ser imposto ao vosso servo, para que pela intercessão de Maria Santíssima, possa alcançar maior plenitude de graça. 


(Asperge o Escapulário com água benta) 


[IMPOSIÇÃO:] - Recebe este santo hábito para que, trazendo-o com devoção, te defenda do mal, e te conduza à vida eterna. - Amém. 

(Coloca-o ao pescoço de cada pessoa) 

- Participas desde este momento de todos os bens espirituais, de que gozam os religiosos do Carmo, em Nome do Pai † e do Filho e do Espírito Santo. 

- Amém. 

- O Senhor que se dignou admitir-te entre os confrades do Carmo, † te abençoe; e mediante este sinal de Consagração, te faça forte na luta desta vida, e te conduza à felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

- Amém. 

(Asperge o Confrade com água benta) 

[Com Aprovação Eclesiástica]

São João Maria Vianney sobre os atos devocionais




São João Maria Vianney sobre os atos devocionais


"Podemo-nos oferecer como vítimas durante oito ou quinze dias pela conversão dos pecadores. Sofremos o frio, o calor; privamo-nos de olhar alguma coisa, de ir visitar uma pessoa que causaria prazer; fazemos uma novena; ouvimos missa todos os dias da semana nessa intenção, mormente nas cidades onde se tem facilidade disso. Mas há muita gente que não daria cem passos para ir à missa. Os que têm a felicidade de comungar amiúde, podem fazer uma novena de comunhões. Não somente se contribui para a glória de Deus por essa santa prática, mas se atrai para si grande abundância de graças".

(Santo Cura D'Ars)
Fonte: Católicos Tradicionais

terça-feira, 17 de setembro de 2013

sábado, 14 de setembro de 2013



                O PEQUENO PRÍNCIPE



“Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...”

terça-feira, 10 de setembro de 2013


Sinais de amor a Jesus Cristo



Santo Afonso, a partir de comentários à primeira carta de São Paulo aos Coríntios 13, 1-13, aponta os sinais dados por aquele que ama verdadeiramente a Jesus Cristo. São 14 sinais. Sinais que devem aparecer em nossas atitudes. Você já os leu e refletiu sobre seu alcance. Mas é bom relê-los para que eles se gravem em suas vidas. Vejamos resumidamente os 14 sinais dos que amam a Jesus Cristo:


— Quem ama a Jesus Cristo, de verdade, ama o sofrimento porque descobre sua dimensão salvífica e purificadora. 
— Quem ama a Jesus Cristo não tem inveja dos grandes e poderosos do mundo, mas inveja tão somente os que o amam ardentemente. 
— Quem ama a Jesus Cristo é manso, porque procura retratar em sua vida aquilo que luziu na pessoa de Jesus Cristo, a mansidão: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. 
— Quem ama a Jesus Cristo foge da tibieza e mediocridade, porque estas coisas empestam e apagam o amor. 
— Quem ama a Jesus Cristo ama aquilo que ele muito amou: a humildade. Amar é ser humilde. 
— Na vida de quem ama a Jesus Cristo não existe ambição desmedida pelas coisas materiais. Sua ambição é o próprio Jesus Cristo. 
— O desprendimento, o desapego das coisas desse mundo é a força daquele que ama realmente a Jesus Cristo. 
— Quem ama a Jesus Cristo não conhece o egoísmo, mas é totalmente desprendido de si mesmo. 
— A irritação, a ira não cabe no coração de quem ama a Jesus Cristo. 
— Fazer única e exclusivamente o que Jesus quer que seja feito é a marca daquele que o ama de verdade. 
— Quem ama de fato a Jesus Cristo é capaz de suportar todo e qualquer sofrimento por amor a ele. 
— Crer no que diz a pessoa amada é crer na própria pessoa. E só quem ama, crê. Então crerem tudo que Jesus disse é amá-lo. 

Quem ama a Jesus Cristo, dele espera tudo e nunca o deixa de amar.

Olhe e veja: que sinal ainda falta em você para que você ame mesmo a Jesus Cristo?


__________
Excerto do Livro: A Prática do Amor a Jesus Cristo - Santo Afonso Maria de Ligório - Editora Santuário - 1982 - Páginas 253-254

Créditos: Almas Devotas e O Segredo do Rosário

São Nicolau - Patrono das Almas do Purgatório.



São Nicolau Tolentino

A prodigiosa notícia que temos de são Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico.

Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela cidade viveu grande parte da sua vida. Desde os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado sacerdote.

Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria.

Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem.

No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de peregrinação e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de 1446, são Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte.

- Alguns fatos da vida de São Nicolau




S. Nicolau Tolentino teve uma visão de um imenso vale onde multidões de almas se retorciam de dor num braseiro imenso e gemiam de cortar o coração.
Ao perceberem o Santo, bradavam suplicantes, estendendo os braços e pedindo misericórdia e socorro:


"Padre Nicolau, tem piedade de nós! Se celebrares a Santa Missa por nós, quase todas seremos libertadas de nossos dolorosos tormentos."


São Nicolau celebrou sete missas em sufrágio dessas almas. Durante a última Missa apareceu-lhe uma multidão de almas resplandecentes de glória que subiam ao céu.




São Nicolau Tolentino salvando um afogado.
A tradição diz que o demônio uma vez bateu nele com uma vara . A vara foi mostrada em sua igreja por vários anos.




Ele teria ressuscitado mais de uma centena de crianças já mortas inclusive algumas que se afogaram juntas.


Uma vez muito doente ele teve uma visão da Virgem Maria, Santo Agostinho e Santa Mônica.

Eles disseram a ele para comer certo tipo de pãozinho mergulhado em água benta.

Curado, ele começou a curar outros administrando o pãozinho e orando preces a Virgem Maria.

Os pãezinhos passaram a se chamar “Os pães de São Nicolas” e ainda são distribuídos em seu Santuário.


Ele teve visões de anjos recitando “para Tolentino”.

Ele interpretou como sendo um sinal para se mudar para a cidade de Tolentino e o fez em 1274, onde ele viveu o resto de sua vida.

Trabalhou como um pacificador numa cidade envolvida pela guerra civil.

Pregava todos os dias e fazia milagres e curava doentes, sempre que precisava demonstrar o poder de Deus.

Ele sempre dizia a todos que curava apenas com sua benção e preces : “Não contem nada disso”.

Recebeu visões inclusive imagens do Purgatório e fazia jejuns de longa duração pelas as almas do Purgatório.

Ele tinha uma grande devoção aos recem falecidos, pregando e orando para as almas do Purgatório sempre que viajava em sua paróquia e com freqüência até tarde da noite.



Oração de São Nicolau de Tolentino
Oh! glorioso Taumaturgo e Protetor das almas do purgatório, São Nicolau de Tolentino!


Com todo o afeto de minha alma te rogo que interponhas tua poderosa intercessão em favor dessas almas benditas, conseguindo da divina clemência a remissão de todos os seus delitos e suas penas, para que saindo daquele tenebroso cárcere de dores, possam a ter no céu a visão beatífica de Deus.

E a mim, teu devoto servo, alcançai-me, oh! grande santo!, a mais viva compaixão e a mais ardente caridade até aquelas almas queridas.
Amém.

São Nicolau de Tolentino, rogai por nós.
São Nicolau de Tolentino, rogai vos pedimos pelas Santas Almas do purgatório.




Créditos: Ir. Ivan Souza

Beata Alexandrina: "Jesus, eu quero amar-Vos até morrer de amor"


Ao olhar para ela, vemos claramente espelhado o seu lema de vida: AMAR, SOFRER, REPARAR. Numa carta ao Pe. Mariano Pinho, primeiro Diretor espiritual, revela o que ouve de Jesus:


É pouco, porque não posso, mas queria-lhe pedir explicação destas palavras que lhe vou dizer, porque não me lembrei quando me perguntava o que N. S. (Nosso Senhor) me dizia. Muitas vezes me lembro de dizer assim:

'Ó meu Jesus, que quereis que eu faça?' e, sempre que digo isto, não ouço senão estas palavras:

'Sofrer, amar e reparar'. Creio que me entende.”


Alexandrina dá-nos agora a conhecer como amava o projeto de Deus para si: 


“Deu-me Nosso Senhor a pérola mais preciosa, a riqueza maior que me podia dar neste mundo. Como é feliz quem sofre com Jesus! [...] Sofrer por amor! Sim, por amor, porque conheço que amo a Nosso Senhor no meio do sofrimento. Muito sofro, mas muito mais quero sofrer, amar, reparar.”

“O tudo desceu ao nada. A grandeza desceu à pobreza. O amor desceu à frieza, à tibieza, à miséria, à indignidade. Que grande amor é Jesus. Desceste do mais alto ao mais baixo. Jesus, dai-me fogo, dai-me amor; amor que me queime, amor que me mate. Eu quero viver e morrer de amor. Jesus, seja o Vosso Divino amor a minha vida! Seja ele, e só ele, a minha morte! Jesus, eu quero amar-Vos, amar-Vos até à loucura, amar-Vos até morrer de amor. Jesus, quero ser a predileta, a loucura do Vosso amor, perder-me na imensidade do Vosso amor.”

Alexandrina oferece-se continuamente como vítima de reparação. Sua grande mensagem é a sua vida eucarística. Desde criança que sente uma especial união com Jesus Eucaristia. Será o centro de toda a sua vida e espiritualidade. Será a vítima e a mensageira da Eucaristia. Alegra-se em receber Jesus na doença. Um sacerdote levava-lhe a Sagrada Comunhão diariamente, mas, a partir de 1933, o Pe. Leopoldino, pároco de Balasar, fazia-o com menos frequência. Mais tarde, voltaria a receber diariamente a Sagrada Comunhão.Quando se via privada de receber Jesus diariamente, ficava muito triste. Ela participou verdadeiramente, no seu corpo e no seu espírito, na Paixão de Jesus. Jesus foi preparando-a para esta grande co-redenção e esta vivência mística, embora fosse evoluindo, esteve presente em sua vida até à sua morte. Viveu, desde o dia 27 de março de 1942, mais de treze anos em jejum e anúria. O seu alimento foi exclusivamente a Eucaristia.
Fonte: Santidade Salesiana

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DOS ENSINAMENTOS DA VERDADE




1. Bem-aventurado aquele a quem a verdade por si mesma ensina, não por figuras e vozes que passam, mas como em si é. Nossa opinião e nossos juízos muitas vezes nos enganam e pouco alcançam. De que serve a sutil especulação sobre questões misteriosas e obscuras, de cuja ignorância não seremos julgados? Grande loucura é descurarmos as coisas úteis e necessárias, entregando-nos, com avidez, às curiosas e nocivas. Temos olhos para não ver (Sl 113,13).


2. Que se nos dá dos gêneros e das espécies dos filósofos? Aquele a quem fala o Verbo eterno se desembaraça de muitas questões. Desse Verbo único procedem todas as coisas e todas o proclamam e esse é o princípio que também nos fala (Jo 8,25). Sem ele não há entendimento nem reto juízo. Quem acha tudo neste Único, e tudo a ele refere e nele tudo vê, poderá ter o coração firme e permanecer em paz com Deus. Ó Deus de verdade, fazei-me um convosco na eterna caridade! Enfastia-me, muita vez, ler e ouvir tantas coisas; pois em vós acho tudo quanto quero e desejo. Calem-se todos os doutores, emudeçam todas as criaturas em vossa presença; falai-me vós só.


3. Quanto mais recolhido for cada um e mais simples de coração, tanto mais sublimes coisas entenderá sem esforço, porque do alto recebe a luz da inteligência. O espírito puro, singelo e constante não se distrai no meio de múltiplas ocupações porque faz tudo para honra de Deus, sem buscar em coisa alguma o seu próprio interesse. Que mais te impede e perturba do que os afetos imortificados do teu coração? O homem bom e piedoso ordena primeiro no seu interior as obras exteriores; nem estas o arrasam aos impulsos de alguma inclinação viciosa, senão que as submete ao arbítrio da reta razão. Que mais rude combate haverá do que procurar vencer-se a si mesmo? E este deveria ser nosso empenho: vencermo-nos a nós mesmos, tornarmo-nos cada dia mais fortes e progredirmos no bem.


4. Toda a perfeição, nesta vida, é mesclada de alguma imperfeição, e todas as nossas luzes são misturadas de sombras. O humilde conhecimento de ti mesmo é caminho mais certo para Deus que as profundas pesquisas da ciência. Não é reprovável a ciência ou qualquer outro conhecimento das coisas, pois é boa em si e ordenada por Deus; sempre, porém, devemos preferir-lhe a boa consciência e a vida virtuosa. Muitos, porém, estudam mais para saber, que para bem viver; por isso erram a miúdo e pouco ou nenhum fruto colhem.


5. Ah! Se se empregasse tanta diligência em extirpar vícios e implantar virtudes como em ventilar questões, não haveria tantos males e escândalos no povo, nem tanta relaxação nos claustros. De certo, no dia do juízo não se nos perguntará o que lemos, mas o que fizemos; nem quão bem temos falado, mas quão honestamente temos vivido. Dize-me: onde estão agora todos aqueles senhores e mestres que bem conheceste, quando viviam e floresciam nas escolas? Já outros possuem suas prebendas, e nem sei se porventura deles se lembram. Em vida pareciam valer alguma coisa, e hoje ninguém deles fala.


6. Oh! Como passa depressa a glória do mundo! Oxalá a sua vida tenha correspondido à sua ciência; porque, destarte, terão lido e estudado com fruto. Quantos, neste mundo, descuidados do serviço de Deus, se perdem por uma ciência vã! E porque antes querem ser grandes que humildes, se esvaecem em seus pensamentos (Rom 1,21). Verdadeiramente grande é aquele que a seus olhos é pequeno e avalia em nada as maiores honras. Verdadeiramente prudente é quem considera como lodo tudo o que é terreno, para ganhar a Cristo (Flp 3,8). E verdadeiramente sábio aquele que faz a vontade de Deus e renuncia a própria vontade.


A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - Livro 1 - cap. 3


AS QUATORZE REGRAS PARA SOFRER À MANEIRA DE JESUS CRISTO - III




Publicarei uma regra a cada dia, porque é mais útil, uma vez que (quase) ninguém mais lê atentamente o que se publica na net, e até mesmo nos livros de papel. É uma série tão preciosa para a alma que deve ser lida em pílulas, em conta-gotas. E deve ser aprendida de cor, para nunca mais esquecer. Se alguém se queixava de que não há um manual simplificado para a felicidade, pronto! Agora há!






(...) Não é, porém, suficiente sofrer: o demônio e o mundo têm, seus mártires; é preciso sofrer e levar a cruz nas pegadas de Jesus Cristo: - sequatur me! que me siga! - ou seja, da maneira que Ele a carregou. E eis, para isto, as regras que deveis seguir:



Admirar, sem pretender atingi-la, a sublime virtude dos santos.


3º: Apesar de alguns santos e pessoas importantes terem pedido, procurado e, por meio de ações ridículas, atraído sobre si mesmos cruzes, desprezos e humilhações, adoremos e admiremos apenas a ação do Espírito Santo sobre suas almas, e humilhemo-nos diante de tão sublime virtude, sem ousar voar tão alto, um vez que, comparados a essas rápidas águias e rugidores leões, não passamos de criaturas sem coragem e sem força de vontade. (93).




CONTINUA AMANHÃ... 




Extraído de "Carta Circular aos Amigos da Cruz" - São Luis Maria G. de Montfort. 


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

WILLIAM SHAKESPEARE




                                                            QUATRO ESTAÇÕES...

WILLIAM SHAKESPEARE



Aprendi que Amores eternos podem acabar em uma noite.

Que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos.

Que o amor sozinho não tem a força que imaginei.

Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno, 

Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira 

para conhecer a nós mesmos. 

Que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos 

que te empurram.

Que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba. Que minha

 família com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso.

Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de Mãe desde que o mundo é mundo.

Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo.

Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido TUDO." 

Estamos aqui de passagem.. 




William Shakespear

terça-feira, 3 de setembro de 2013


Felizes efeitos das tentações nas almas negligentes.



                                 


CAPITULO XII


FELIZES EFEITOS DAS TENTAÇÕES NAS ALMAS NEGLIGENTES


As tentações, que parecem dever perder as almas negligentes, muitas vezes têm sido um meio de que Deus se tem servido para retirá-las do estado de displicência em que elas viviam, e para lhes fazer praticar a virtude com um fervor porfiado. Há almas que levam uma vida esmorecida nas vias da piedade. Na verdade, não há desordem assinalada na conduta delas; mas também elas não dão atenção à sua perfeição. Se não cometem dessas faltas graves que as afastariam de Deus, fazem pouco bem, pelo pouco cuidado que têm de praticar a mortificação dos sentidos e das paixões mesmo honestas e, em certo sentido, inocentes, ou que lhes parecem tais; e de agirem habitualmente num espírito de fé. A sua vida, todo natural na maioria das suas ações, bem pouco mérito tem perante Deus. Elas são como uma nau que, em tempo de calmaria, quase não faz caminho.


Por misericórdia, Deus perturba essa calmaria por tempestades. A tentação desperta a piedade adormecida nessa alma, que Deus ilumina nesse momento e que atrai a si por sua graça. Ela se vê de repente à borda de um precipicio que
lhe faz horror. Vê-se a braços com inimigos que empregam alternativamente a doçura e o terror para seduzi-la ou intimidá-la. A Religião age então no coração dela com mais força. Assustada com o perigo, ela recorre ao seu Deus, em quem põe toda a sua confiança, para sair vitoriosa do combate. Se os assaltos se renovam, para evitar perder-se ela pensa seriamente em se fortificar contra os ataques reiterados dos seus inimigos, por todos os meios que a Fé lhe fornece.


Destarte, aplicada à oração, que deve alcançar-lhe as graças de força de que ela precisa para resistir; unida a Deus, a quem o perigo em que ela se acha a reconduz sem cessar; vigilante sobre si mesma, para não cair nas ciladas que lhe são armadas, ela não age mais senão por motivos de piedade, coloca-se num exercício continuo de virtude. Tudo o que deseja, tudo o que faz, quer que seja uma homenagem que o seu coração preste a Deus. Quanto mais premida se sentir pelas paixões que a atacarem, tanto mais se firmará na determinação de nunca se afastar dessa trilha, a única que pode pô-la coberto dos ataques dos seus inimigos. Assim, de uma vida negligente ela passa logo a uma vida de fervor, em que todos os seus momentos são consagrados a Deus.


Essa mudança deve ocorrer se essa alma, até então tíbia e displicente, for fiel
à sua graça. Porquanto, assim atacada pela tentação, vendo a sua salvação em perigo, querendo evitar a desgraça irreparável da sua perdição, por pouco que raciocinar segundo os princípios da Fé ela compreenderá desde logo que haveria presunção, e uma presunção bem culpada, se esperasse de Deus a vitória sem empregar, para alcançá-la, nenhum dos meios a que Deus a ligou. Uma alma que, a pretexto da misericórdia de Deus, pretendesse ter os socorros para resistir às paixões que a atacam embora levasse uma vida dissipada e omitisse ou cumprisse com negligência os exercícios de piedade; embora se aproximasse dos sacramentos ou raramente ou com pouca preparação, e não quisesse incomodar-se para evitar as faltas leves; essa alma tentaria a Deus: tornar-se-ia indigna do seu socorro; mereceria que Deus permitisse que ela experimentasse toda a sua fraqueza, que se tornasse escrava de todas as suas paixões.


Com tais disposições, poder-se-ia dizer com verdade que essa alma tíbia e covarde não quereria sinceramente resistir: porquanto querer o fim sem empregar os meios é realmente não o querer. Deus lhe diria com justiça, como dizia ao seu povo: A vossa perdição vem de vós, ó Israel (Os 13, 9). Não falo, pois, de uma alma desse caráter: falo daquela que, apesar da sua negligência, teme bastante o pecado, ama bastante o Senhor, para estar na disposição sincera de não o ofender mortalmente e, conseguintemente, de empregar os meios que Deus lhe deu para obter a sua proteção. A tentação é utilíssima a essa alma para tirá-la da sua indolência e para lhe fazer renascer o seu fervor.


Os Padres, na vida espiritual, convêm que Deus permite às vezes que uma alma
que está na tibieza caia em alguma falta grave, para tirá-la do seu torpor pelo horror que ela sente dessa falta.



(Tratado das Tentações – PADRE MICHEL da Companhia de Jesus)