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E o Autor sagrado continua observando, de coração apertado, como o nosso tantas vezes: parece que a vida humana não tem sentido, de tão passageira que é...
Passamos... E o que será de nossos sonhos, nossos amores, nosso ideal, o tanto de esforço e cansaço que investimos?
Tudo passa: torna-se uma saudade, depois uma lembrança e, finalmente, um esquecimento...
E sem contar a monotonia, a mesmice da existência: nada de novo debaixo do sol! Isto mesmo!
O que há de novo, que depois não descubramos que é velho, que é a mesma e antiga tentativa do coração humano de encontrar a felicidade?
Pense na novidade do automóvel, de tantos eletrodomésticos modernos, dos computadores, da internet, do aparelhos eletrônicos, de tantas descobertas da ciência...
Tudo isto é novidade velha, que faz sucesso e, depois, vira óbvio, rotineiro!
E descobrimos que a vida continua a mesma e o nosso coração continua mendigo de sentido, plenitude, eternidade...
Nada de novo debaixo do sol: como os rios correm para o mar sem nunca fazê-lo transbordar, todas as novidades correm para o nosso coração e ali se tornam velhas, sem nunca preenchê-lo de verdade!
Vamos tendo, vamos acumulando, vamos conquistando, vamos realizando sonhos, mas o coração, teimoso, fica insistindo, sussurrando, incomodando: “Ainda não é isso, ainda não é a plenitude, ainda não é a felicidade... É mais além, é mais na frente, quero mais, muito mais, quero o Tudo!”
Eta, coração, mais imenso que o mar que rio algum pode preencher!
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