quinta-feira, 8 de janeiro de 2015



AMIZADE PARA OS JUDEUS

O SEU SIGNIFICADO



A essência de ser judeu é participar de uma comunidade, e segundo eles, não só para beneficio próprio, mas também para o benefício de todo mundo.

Não faça a seu próximo aquilo que não gostaria que fosse feito a vocês, esse é o centro da lei judaica.

A relação judaica com Deus pode ser vista como uma amizade, uma parceria obviamente, de parceiros desiguais.

A amizade é um aspecto da conexão humano-Divino.

A própria Bíblia diz que “quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro”.

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.

Uma amizade nasce em inúmeras ocasiões e lugares..

Para entender a verdadeira dimensão da amizade, é importante analisar -se a palavra “melech”, rei em hebraico, composta das letras “mem, lamed e caf.

Estas letras constituem a plena definição do homem: men, da palavra moah, cérebro, inteligência, “ lamed”, de lev, coração, sensibilidade, e “caf”, de caved, os sentidos.

Estes três conceitos correspondem aos três níveis da alma do homem

Neshamá, que tem como característica o pensamento, a compreensão superior, Ruach onde se alojam a emoção, Nefesh os instintos.

A verdadeira liberdade é alcançada quando estes três níveis da alma do homem atuam em equilíbrio

Por isso ele se torna um rei e tem o direito de derrubar qualquer barreira.

Por isso, o Talmud afirma que o verdadeiro amigo liberta o outro de todas as suas prisões internas, ao lhe abrir as portas de um universo de pura liberdade.

Por outro lado, o homem que vive aquém da sua plenitude, talvez por não ter um amigo que lhe exija seu desempenho máximo, é apenas um escravo, ao qual se aplicam todas as leis dos escravos.

Vive pobremente, preso a limites que não consegue superar.

Apesar de lhe parecer muitas vezes ter uma vida muito louvável, esta vida, na verdade, anula-o.

Se o ser humano vive a plenitude do seu ser, no nível da alma que D’us lhe deu, ele é um sábio, desde que um “amigo” lhe indique todos os novos atributos que deve adquirir.

Essa análise da primeira dimensão do homem, a “inteligência”, coloca a amizade no seu nível essencial, o da comunicação.

A relação de amizade implica confiança, reciprocidade perfeita, sem que se façam contas. Um poderá ser mais forte que o outro, ou um poderá contar com o outro, depender do outro, mas deverá sempre haver reciprocidade.

Os amigos devem “poder encostar-se um no outro”, contar com outro.

A Tora diz que “dois é melhor do que um, pois se fraquejar, o outro o erguerá, e a Torá ainda diz mais:sofra pelo estiver só, pois ao cair, não terá quem o reerga.





Fim



Geny Bluvol

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