domingo, 12 de janeiro de 2014

Oração no Antigo e Novo Testamentos

Oração no Antigo e Novo Testamentos

Jesus a rezar no Monte das Oliveiras, pedindo ajuda e força a Deus Pai, mesmo antes de ser traído por Judas Iscariotes.
No Antigo Testamento, a oração já estava presente, como por exemplo, nos vários episódios importantes de personagens bíblicos (nomeadamente deAbraãoMoisésDavidIsaías, etc.) e do próprio povo de Deus, sendo os Salmos um exemplo da sua expressão. Já no Novo Testamento, Jesus, apesar de estar em íntima comunhão com Deus Pai, é considerado o perfeito modelo e mestre de oração, rezando muito ao Pai, principalmente nos momentos mais importantes da sua vida, desde o seu batismo no Jordão à morte no Calvário.180
Jesus, para além de ensinar o Pai Nosso, ensinou também aos seus discípulos a rezar com devoção e persistência,180 transmitindo-lhes as disposições necessárias para uma verdadeira oração.184 Jesus garantiu-lhes também que seriam ouvidos sempre que rezas­sem bem,180 porque a oração humana "está unida à de Jesus mediante a fé. N’Ele, a oração cristã torna-se comunhão de amor com o Pai". Aliás, é o prórpio Jesus que manda rezar: "Pedi e recebereis, assim a vossa alegria será completa" (Jo 16,24).185

Oração na vida da Igreja[editar | editar código-fonte]

Espírito Santo é o "mestre interior da oração cristã", porque faz com que a Igreja reze muito e entre em contemplação e união com o insondável mistério de Cristo.186 Por isso, a oração é indispensável ao progresso espiritual da Igreja e de cada católico.187 Logo, pouco a pouco, a liturgia foi-se desenvolvendo e tornou-se na oração oficial da Igreja, com particular destaque para a Liturgia das Horas e a missa. Por sua vez, a lituriga centra-se na Eucaristia, que é um sacramento que exprime todas as formas de oração 188 Além da liturgia, desenvolveu-se também a piedade popular, praticada em comunidade ou individualmente.180
Apesar de toda a oração ter como destino final a Santíssima Trindade, isso não impede os crentes de prestarem devoção e de rezarem a Nossa Senhora, aos anjos e aos santos comointercessores junto de Deus.180 Aliás, a Igreja gosta de orar à Virgem Maria, porque ela é considerada a orante perfeita e a melhor indicadora do caminho para o seu filho Jesus, o único mediador entre os homens e Deus. Orações como a Avé Maria e o Rosário são exemplos disso.189
A oração, que pressupõe sempre uma resposta decidida da parte de quem reza, é também considerada um combate contra si mesmo, contra o ambiente e contra Satanás.187 Ele tenta a todo o custo retirar o crente da oração, através da distração, da preguiça, das dificuldades e dos insucessos aparentes.190

Pai Nosso: a síntese do Evangelho[editar | editar código-fonte]

No Sermão da Montanha, Jesus ensinou o Pai Nosso 159 , que é considerada "a síntese de todo o Evangelho" (Tertuliano) e "a oração perfeitíssima" (São Tomás de Aquino).191 No Pai Nosso, os católicos pedem as sete petições a Deus Pai, que são a santificação do nome de Deus, a vinda do Reino de Deus, a realização da vontade divina, o alimento quotidiano, o perdão divino dospecados e a possibilidade de livrarem-se das tentações e do Maligno.192 Os católicos acreditam que essas sete petições serão plenamente realizadas na Parusia.193
Para além destas petições, o Pai Nosso, que faz parte da liturgia 193 , revela também à humanidade a sua relação especial e filial com Deus Pai. A partir de então, os homens podem invocar a Deus como Pai, "porque ele nos foi revelado por seu filho feito homem e porque o seu Espírito no-lo faz conhecer. […] Ao rezarmos a oração do Senhor, estamos conscientes e absolutamente confiantes de sermos filhos de Deus194 e de sermos amados e atendidos por Deus Pai.195

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